Habemus papam

Gosto de fumo branco?

Não! Direi mesmo que detesto. Tanto, que sempre que algum técnico de luzes de palco começa a abusar com a maluqueira dos fumos, chego mesmo a parar de cantar e pedir para desligarem aquilo... tal é a aversão.

Gosto de jesuítas?

Nem por isso. Há dezenas de bolos de que gosto muito mais!

Gosto do nome “Francisco”?

Sim. Aqui começamos a entrar em terreno mais positivo. Conheço de facto alguns “franciscos”, como o Francisco Fanhais, o Francisco Nuno Gomes dos Santos, para lembrar apenas dois... que compensam largamente os vários “franciscos” de quem não gosto.

Gosto de homens que sorriem e o fazem com ar de estarem a ser sinceros? Gosto de homens que falam sem terem que aflautar a voz com aquele som abominável de santinho com que o anterior papa e tantos antes dele falavam? Gosto de simplicidade? Sim!

Se for sanada a possível contradição entre a sua simpatia pela justiça social e a alegada relação com a antiga ditadura militar argentina (desmentida pelo próprio, diga-se!)... se tudo aquilo que lhe apontei antes for verdadeiro e sincero neste novo papa, a simplicidade e tudo o resto e, sobretudo, se o "rolo compressor" do Vaticano e dos seus multimilionários interesses terrenos não acabarem por cilindrá-lo...

Então, parabéns aos católicos sinceros... em particular aos meus amigos e amigas que sei que o são!