quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Relvas e a arte de desvarrer




O Relvas (desculpem-me a familiaridade, mas não estou a ver o que é que ele é mais do que o Álvaro) resolveu tirar um novo coelho da gigantesca cartola de onde o neoliberal bando de que faz parte tem tirado coelhos “colossais”... e outros que nem tanto.
Claro que o bando tinha jurado não assentar a sua política na exploração das estórias menos edificantes do bando anterior... mas, como seria de esperar, isso era uma rematada mentira, tal como foi com o bando de Sócrates, Santana, Barroso... e como tem sido com os bandos que os precederam nos vários governos das últimas décadas.
Desta vez calhou ao Relvas divulgar a descoberta de uma resma de facturas muito suspeitas, encontradas “debaixo do tapete” do Instituto do Desporto. Segundo afirma, aquilo é pra cima de uma data de milhões de euros inexplicáveis, que muito provavelmente envolvem trafulhices várias... ou, na melhor das hipóteses, não passaram de mais um processo de “martelar” as contas públicas. O trivial!
Claro que sua ex-excelência anteriormente responsável pela coisa, o Laurentino, não sabe de nada. Além disso (segundo o ouvi dizer na Antena 1) acha muito feio que se vá espreitar debaixo dos tapetes e contar o que se viu... sem primeiro avisar.
Devo dizer que esta atitude do Relvas e do seu bando é bastante perigosa. Atendendo à já tão velha mania de varrer para debaixo dos tapetes este tipo de inconveniências... se o Relvas se “estica” demasiado na bisbilhotice sob as pesadas tapeçarias dos ministérios e secretarias de Estado, ainda se arrisca a encontrar restos muito recentes das estórias dos submarinos do Portas, um ou outro pedaço de alguma “luva”, detritos mal destruídos dos milhares de fotocópias, pedaços de sobreiros da Portucale, algum envelope extraviado pelo super-simpatizante Jacinto Capelo Rego...
E isto só para falar nos parceiros do CDS, porque com um golpe de azar, ainda sai lá de baixo alguma prova (oh... horror!) capaz de atascar definitivamente Cavaco Silva no pantanal dos crimes do BPN e das “habilidades” urbanísticas da Coelha, parente muito próxima dos coelhos que habitam a gigantesca cartola.
E depois? Com que cara é que ficariam o Relvas e o seu neoliberal bando?
Todo o cuidado é pouco!

8 comentários:

Maria disse...

Lembrei-me do outro daqui do país vizinho que disse, quando tomou posse, "voy a quitar toda la mierda bajo la moqueta"... e viu-se o que fez...

Abreijos.

do Zambujal disse...

Também acho!
Isto de se descobrirem carecas quando se usa capachinho, ou desatar a atirar pedras aos telhados de vidro dos vizinhos, quando os da casa são tão estilhaçáveis é, na verdade, um grande risco.
Mas eles lá sabem das diversões de que necessitam...

Muito bom.
Um abraço

Anónimo disse...

Boa,em cheio!!!...
Saudações
Vicky

José Rodrigues disse...

Ficaria tudo enCAVACADO que é o mesmo que,amuado,envergonhado(?)e zangado,e o povo como se dizia lá minha terra a rir:"isto é o fim do mundo em cuecas".Boa malha!


Abraço

LAM disse...

...e na febre arqueológica descobre mesmo, por pagar, faturas de 2004 e 2005. Como a minha memória já teve melhores dias, qual era mesmo o governo em 2004 e 2005?

trepadeira disse...

Isso já eles viram,se calhar até ajudaram a varrer.
Antes de levantarem os tapetes põem óculos selectivos,só deixam ver o que lhes convem.

Um abraço,
mário

Anónimo disse...

Foi o António Figueira?

Fernando Samuel disse...

Os tapetes são inesgotáveis depósitos de sujidades, está lá (quase) tudo. Por isso, espreitem, espreitem...

Um abraço.