Cuba, apesar de figurar na iníqua lista de países “terroristas” elaborada pelos santinhos que mandam na Casa Branca, no Pentágono e na CIA... é, como bem se sabe, um país que não ameaça nenhum outro, como aliás nunca ameaçou. Antes, como é reconhecido por quem quer ver, empenha os seus parcos recursos em acções de solidariedade fora das suas fronteiras, que vão sendo devidamente registadas, ou ignoradas, conforme os interesses e simpatias dos “observadores”.
Vem isto a propósito da simbólica vitória da Palestina na recente votação nas Nações unidas, que lhe deu o estatuto de “Estado observador não-membro”.
A palestina conseguiu uma esmagadora maioria de votos a favor da sua pretensão e apenas 9 votos contra.
É aqui que a diferença se mostra. Enquanto que nas sucessivas votações pelo fim do criminoso e anacrónico “Embargo” imposto pelos EUA a Cuba, todos os votos são expressos no sentido do fim do embargo, havendo apenas os votos de Israel, dos próprios EUA e de três ou quatro “infelizes” que não podem votar contra a vontade dos EUA... nesta votação a favor da Palestina houve umas dezenas de países que não tiveram nem a coragem de votar a favor, nem a coragem de votar contra.
Pelos vistos, um comprometimento político com a Palestina, ao contrário da inofensiva Cuba, ainda suscita muitas cobardias... se bem que de sinais contrários.
Claro que, sem surpresa, o Governo proto-fascista de Israel já respondeu a esta votação com mais uma provocação: a decisão de instalar mais colonatos ilegais no território da Palestina.
Seja como for, saúde-se esta votação das Nações Unidas, fazendo votos para que, tal como disse Abbas, este acto possa ser o “certificado de nascimento” da Nação da Palestina!