Chamava-se Manuel Maria Barbosa du Bocage. Para além de tudo o que possa ter feito, escrevia. Teve “encontros” infelizes com o obscurantismo, a estupidez, a “Santa Inquisição”, Pina Manique... mas foi sempre lutando por permanecer um espírito livre.
Dizem que costumava parar por este café da baixa de Lisboa. Ainda hoje espantaria e incomodaria os pacatos turistas e clientes, se por lá aparecesse, dando um ar dos seus versos e dos seus modos inconvenientes. Esquivava-se de apertos com a graça que o tornou célebre. Entre versos sensuais, que o levavam a paraísos inconfessáveis, misturava outros, que o levavam à prisão.
"Reclama o teu poder e os teus direitos
Da Justiça despótica extorquidos."
(Bocage)
5 comentários:
Já faltou mais para que nos voltem a mandar prender pelas mesmas razões. Intendente já temos...
Abraço.
Não há coincidências...
Acabo de chegar de um local (o costume) onde, entre cantigas, foram ditas poesias do Bocage...
:)))
Abreijos
«Liberdade querida e suspirada,
que o Despotismo acérrimo condena»...
Um abraço.
Mas o Bocage até preferiu que o entregassem à Inquisição em vez de estar por conta das cadeias do Pina.
Salvoconduto:
É por aí...
Maria:
Pois... parece que não há! :-)
Fernando Samuel:
"Mãe dos prazeres, doce Liberdade!"
Muito bom!
Daniel:
Ele lá sabia...
Abreijos colectivos!
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