sexta-feira, 23 de julho de 2010

Isabel Alçada, escola fechada! *





Como o “Cravo de Abril” demontra neste texto, os nobres e patrióticos objectivos do Governo de Sócrates quanto ao ensino, a saber (entre outras coisas), poupar uns cobres e transformar milhares de crianças numa espécie de excursionistas forçados e sonolentos, percorrendo todos os meses milhares de quilómetros de caminhos que ligam as suas pequenas terras às localidades onde serão empilhados em grandes escolas superlotadas... vão de vento em popa. De 500 escolas para destruir, passámos a 701!


Ocorrem-me três comentários:

1. De Sócrates e do seu historial académico, não seria de esperar um grande apego ao ensino.

2. De Isabel Alçada, pelos vistos, é melhor não esperar coisa nenhuma.

3. Enquanto quase todos os países fazem por ter um nível de ensino elevado, nós contentamo-nos em ter um ensino... “alçado”.


* Novo ditado popular

8 comentários:

maia disse...

Que respeito terá esta mulher, contadora de histórias para crianças, pelas crianças? Ah! estes livros dão dinheiro! Bolsos cheios, agora sacrificam-se as crianças, para poupar, por causa do défice, do raio que os parta. Ainda não terão percebido, nem ela, escritora de contos infantis, que a maior riqueza de um país é o investimento nas crianças? Esta falinhas mansas, de cabeça alçada, pensa no ar. O sócrates toca a banda e estes alçados só têm que dançar! Uma dança das bruxas, que temos de varrer para o fim do mundo, lá onde quer que ele seja.

Antuã disse...

Temos uma aventura na escuridão.

Elísio Alfredo disse...

Ela terá sido mãe? Foi? Ah, se foi, os seus fifis têm carroça com chófer fardado à porta. Que lhe interessa ou sabe ela o que é sair, com 6 anitos, a chover e com frio, ou um calor de esturricar durante o dia, de casa às 6 da manhã e regressar a casa às 20 depois de um dia passado numa escola a 30 Km de distância? Ela não sabe, mas eu conheço uma Assistente Social, sempre maltratada por estes "cafanhotos", que passava a hora do almoço num refeitório a acompanhar - ia escorregando a utilizar a criminosa palavra CARIDADE - esses miúdos, para os ajudar a comer uma mal amanhada refeição servida por uma dessas modernices que inventaram na figura de empresas concessionadas...
Ela não sabe. Mas gostava que um dia viessem a saber. Na própria carne, para sorrirem, ao menos uma vez, da vergonha que não têm.

Nocturna disse...

Que dizer deste estado de coisas ?
Todos os dias nos chegam notícias mais apavorantes. Agora fecham-se um porção delas ,provavelmente dão prejuizo , são muito caras para poucas crianças.Não lhes interessa nada mais a não ser a política economicista.
Alguém se admirará se mais mês mes mês, a escola seja semi-privatizada. Esta limpeza das escolas mais pequena , não me ugura nada de bom.
Já tínhamos a "outra" que dizia : quer quer saúde , paga-a.
Em breve teremos : ..."quem quer educação paga-a "
Um desolado abraço

Graciete Rietsch disse...

É mesmo triste pensar como as crianças menos favorecidas são tratadas neste país!!!!!!!
Temos que urgentemente criar um novo futuro!!!!!!!!!

Um beijo triste a pensar nas crianças , nos jovens, nos desempregados, nos velhos....em todas as vítimas deste maldito sistema político.

Suq disse...

Ela afinal é a súmula da "credulice" nos indivíduos feita, de modo quase espontâneo, pelos Democratas Tolerantes e Solidários.

Parece difícil encarar a comparação mas, todos sem excepções, transferimos alguma parte de nós para aqueles com quem sentimos empatia!

O facto de por algum tempo termos desmobilizado, permitiu a entrada de um magote de oportunistas, cujas "qualidade" são sobejamente conhecidas de todos.

Pior ainda é que já entrámos nas gerações com toda esta vilanagem adquirida e consciente. A mentalidade mesquinha, assumida à luz da incompetência, desligou-se há muito da tal "empatia" de que falava. Cercados por uma realidade adversa e fazendo crer estar à altura das situações - "cultivam" o individualismo e não olham a meios para "implementar" a sua prepotência - fruto da sua mediocridade consciente - "credulidades" ao cumprir um "dever" para o qual nunca foram talhados! Mas que importa - ser protagonista e oportunista, etc....

Fernando Samuel disse...

Aí está um ditado muitíssimo apropriado...

Um abraço.

Op! disse...

Virá o dia em que ao caminhar na rua ver-me-ei dentro do livro de Soeiro Pereira Gomes «Esteiros»