quinta-feira, 22 de julho de 2010

O fascismo económico



Enquanto existir em Portugal um euro da Segurança Social que ainda não tenha ido parar aos bolsos dos bancos e seguradoras privadas e aos seus “Fundos de Pensões” com que jogam diariamente o futuro de milhões de trabalhadores; enquanto o filão dos cuidados de saúde e do ensino não estiverem nas mãos dos privados; enquanto existir em Portugal um resquício de recurso, de bem público, de independência energética ou alimentar, que ainda esteja na posse do Estado, a “nova ordem mundial” neoliberal, essa espécie de fascismo económico que assola o mundo, não nos dará um dia de descanso.

O cerco está montado. A tropa de choque a postos. Todos os dias chega mais um aperto de mais uma qualquer agência de rating, mais um qualquer teste de stress para os bancos, mais aumentos dos juros que o Estado tem que pagar para se financiar, mais ameaças do FMI. Todos os dias chegam notícias da capitulação dos dirigentes políticos europeus perante a prepotência de figuras como Angela Merkel, que vai intercalando exigências de sacrifícios, com “elogios” pelos esforços efectuados, seguidos de novas exigências de mais sacrifícios.

Enquanto por cá, Governo e PSD fazem o que podem para lançar fumo sobre a situação, recorrendo às mais variadas manobras de diversão, sob a capa mentirosa da “democracia”, avança, inexorável, o fascismo económico... PEC ante PEC... pela calada.

"Eles não sabem, nem sonham..." mas não passarão!

5 comentários:

alex campos disse...

Como dizia o grande poeta e professor de História: "O que faz falta é avisar a malta".
Agora mais do que nunca.

um abraço

poesianopopular disse...

Tens razão!
A Alemanha está a conseguir com o fascismo económico, aquilo que não conseguiu com o fascismo bélico, cabe a cada um de nós - perceber e dizer, não passarão!
Abraço

Coirão disse...

Quando pensamos nos aproximar alguém para o ajudar - logo diz - estás a invadir a minha privacidade!

Os manipuladores sabem bem com quem lidam. A parvoíce global, tolheu principalmente os mais jovens, nascidos com direitos na barriga e que foram suados por gerações e gerações.

Alinham, como a juventude fascista, em esquemas e propagandas, qual moda a cumprir para melhor se "sair".

Determinados e individualistas sincronizados com o seu egoísmo estão dispostos se "submeter" (como prostitutas) para ficarem, (pensam eles) mais além do que o seu semelhante.

Da aceitação das regras deste jogo passam também a manobrar com elas - os seus sentimentos, e actuando sobre os outros da mesma forma.

Quando alguém deles se tenta aproximar, verificam logo o prazo de validade, e mais ainda, se lhes está a desmascarar as suas "realidades".

Diria que o fascismo voltou a instaurar-se entre a juventude, mas não me façam de bode expiatório.

Fernando Samuel disse...

Não deixaremos que passem.

Um abraço.

Antuã disse...

Lutaremos com as armas que temos na mão.