Foram já tantas as vezes em que, depois de alguém apelar, pateticamente, à «união de todos os portugueses», veio alguém explicar que em liberdade e democracia, os avanços fazem-se com rupturas com as políticas erradas e não com consensos acarneirados, que aquilo que abre novos caminhos é a clarificação, definição e discussão franca de projectos divergentes e não o lamaçal de indiferença em que chafurdam e se “orientam” os chicos-espertos do “centrão”, foram já tantas as vezes, como dizia, que se fica perplexo ao ver uma figura com a experiência política de Aníbal Cavaco Silva vir exactamente apelar a que os portugueses «esqueçam as suas diferenças».
É perfeitamente natural que, lembrando a "profundidade" que normalmente caracteriza as declarações e pensamentos do actual PR e, sobretudo, olhando para a sua cara coberta de “sinais exteriores de falta de inteligência”, se caia na tentação de classificar apelos como este, como simples e pedestre estupidez.
Nada mais errado! Neste caso, Cavaco Silva não podia estar a ser mais ideológico e calculista. É exactamente assim, no lamaçal do “centrão” e na desistência de todos aqueles que acham que “eles” acabam sempre por se “arranjar” uns com os outros, que sobrevive gente do calibre de um Cavaco, de um Sócrates, de um Passos Coelho... e, obviamente, a menina dos seus olhos, a política de direita.
9 comentários:
Nem mais, nem menos!
É o que lhe passa pela cabeça... e é tudo.
Abraço
Já não há pachorra, francamente!
Será que o elegem de novo?
Abraços para vós.
De admirar seria exactamente o contrário.
Um abraço.
Vai ser algarvio,o presidente da república secular no dia 5 de Outubro.
Teofilo Braga era açoreano.
É chato não haver coincidência.
rosamarela não o quer lá de novo, não, não.
A besta sabe o que quer.
O Francisco Lopes vai ter que desancar a sério neste pau mandado dos "heil-rrropeístas"...
Abraço
Ele é coerente pois quer juntar na mesma gamela toda a gente com provas dadas na defesa dos interesses que importa proteger e que tão bem têm sido protegidos.
Claro que poderia aproveitar a oportunidade para falar do BCP, do BPN, do BPP, mas quem sabe se não o fará no decurso da campanha em que já está envolvido. Não me recordo já muito bem mas quem foi o conselheiro de estado nomeado pelo candidato que ainda não se anunciou e que só ao fim de um longo tempo renunciou? É preciso unidade e entendimentos, assim se fez a União Nacional sempre a Bem da Nação.
Um abraço do Norte
Excelente e oportuníssimo texto.
Um abraço.
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