sábado, 4 de setembro de 2010

Honduras – Um golpe fascista e tantas perguntas!




O blogue “Cravo de Abril” tem prestado um verdadeiro serviço público, ao não se cansar de denunciar o golpe fascista ocorrido nas Honduras, as sequelas mortais desse golpe e, é bom não esquecer, o papel miserável dos EUA e de Barack Obama em todo o golpe, logo, também nos crimes a ele ligados.

Tem-no feito repetidamente, em textos como este. Aqui trata-se de mais um assassinato de um jornalista incómodo. Mais um, destaque-se, entre muitos jornalistas, entre dezenas de activistas contra o golpe, entre centenas de cidadãos!

Isto leva-me a várias perguntas, que na verdade são mais uma perplexidade generalizada sobre o que se passa no meio jornalístico internacional, mas particularmente no português, no que diz respeito a esta sucessão de crimes que começaram com o golpe militar fascista nas Honduras. Melhor dito, que começaram com a conspiração dos EUA e os militares fascistas hondurenhos, para depor o Presidente legítimo, Manuel Zelaya. As perguntas são, resumidamente, estas:

- Sendo verdade que ainda existem em Portugal jornalistas livres e comprometidos com a verdade, a justiça e a liberdade, onde é que eles estão?

- Se alguns deles ainda trabalham em jornais, revistas e televisões, porque é que em todos estes meios de comunicação não há uma palavra sobre estes crimes?

- Porque é que um "bom dia!" menos "amistoso" a um jornalista da Venezuela, por parte de Hugo Chavez, contitui um "intolerável ataque à liberdade de imprensa", imediatamente estampado em todos os jornais, enquanto vários assassinatos de jornalistas, nas Honduras, não têm direito a umas linhas, sequer, nesses mesmos jornais?

- Se alguns desses jornalistas querem falar sobre isso e não podem, quem são os responsáveis pela censura?

- Porque é que os jornalistas "se ficam"?

- Perante a realidade actual, no que respeita à detenção pelos grandes grupos económicos de quase toda a comunicação social, que passou a ser considerada um simples negocio, um simples meio de influenciar decisões do “poder” político, que sejam favoráveis aos detentores desses grupos, quando começaremos a tomar consciência de que este novo fascismo económico não fica a dever nada em selvajaria, ao outro fascismo que já conhecíamos?

- Que fazer... para além, obviamente, de nunca desistirmos da denúncia dos crimes e divulgação da verdade e da silenciada, mas heróica resistência do povo hondurenho?

2 comentários:

Fernando Samuel disse...

Lutar, lutar sempre, até à conquista da liberdade de informação.

Um abraço.

duarte disse...

visto a quantidade de comentários, devo concluir que a maioria dos devidamente esclarecidos, estavam ausentes : Na Atalaia(que tambem é um espaço de luta antifascista, anti-monopolista), onde, como sempre, os devidamente esclarecidos (e interessados) cultivam o que neles(em nós) reside de resistencia e inconformismo. VIVE LA LIBERTÉ.
abraço do vale.