Mário Soares, um velho pantomineiro que por estes dias andará, talvez, ressabiado com a idade e a crescente diminuição de protagonismo, vai-se desdobrando em tentativas de “aparição”. Ora alinhando-se com Obama (enquanto isso der lucros) de uma forma já algo babosa, ora fazendo comentários à situação política e económica interna, muitas vezes de forma contraditória, mas sempre, sempre, como ao longo de toda a vida, no seu estrito interesse pessoal.
Assim, tanto pode criticar o Governo e José Sócrates, como a seguir tecer-lhe elogios; “defender” os mais necessitados e a seguir aprovar o aumento dos impostos «se for necessário»; de manhã demarcar-se de Sócrates sobre o orçamento, para à tarde dizer que o chumbo desse mesmo orçamento seria «crime de lesa-Pátria».
Numa das suas manobras sujas mais recentes e que toda a gente implicada pretendia muito confidencial, “inventou” a candidatura movida a “cidadania” do populista barato Fernando Nobre (na “vida real” uma excelente pessoa, estou certo). Não porque alguma vez tenha imaginado Fernando Nobre como Presidente da República, mas unicamente motivado pelo ódio cego que o move contra Alegre. Agora, certamente já pouco confiante na dimensão da mossa que a candidatura de Nobre pode fazer à votação em Alegre, uma vez que os numerosos apoios que o homem da AMI vai recolhendo vêm mais da área da Igreja Católica e das suas organizações sociais, somados ao tal populismo barato e bafiento que aposta num discurso anti-partidos e que recolhe, por isso, mais simpatias em sectores mais incultos, despolitizados e mesmo reaccionários, em vez de virem da tão propalada “área da cidadania”, eis que Soares, de maneira sonsa, faz agulha... e é vê-lo a fazer sorrateiramente campanha por Cavaco Silva. Por ódio pessoal a Manuel Alegre, repito, mas talvez também por estar convencido, tal como muita gente dentro do Partido Socialista (e com Sócrates no primeiro lugar, digo eu...), de que Cavaco em Belém é muito melhor e mais confortável para o governo do PS.
E é “isto” o proclamado “pai da democracia portuguesa”! Talvez... desta democracia que temos, sim. Não admira que ela esteja tão infestada de vícios e defeitos, mantendo apenas as poucas qualidades que custaram anos e anos de luta a tantos que, por vezes pagando com a própria vida, a fizeram sair das prisões do fascismo. Qualidades que ainda sobrevivem hoje, mas à força do empenhamento e do trabalho diário daqueles (felizmente muitos) que ainda as defendem, uma a uma, sem desânimo.
Mário Soares tornou-se num tão evidente entorse na História da luta pela liberdade e pelo socialismo, que se pode resumir numa pequena frase: é um político asqueroso!
12 comentários:
Estava tão bem o post abaixo... tinhas que estragar a tua página com esta fotografia...
:))))
Abreijos.
"Maquiavelismo de fancaria"? Boa! Sem ofensa para os da Rua dos Fanqueiros...
Um abraço
Inteiramente de acordo contigo e, ainda mais ; foi sempre um político hipócrita,como pessoa é péssimamente "mal" formado.
Um abraço.
Boa malha!Resumindo: o homem "não vale a ponta dum corno"...
Abraço
É isso mesmo que ele é.
Um abraço.
COMPLETAMENTE!....
Um abraço
É um homem de muito 'alimento' de muito poder e poucos escrúpulos.
Abraço
Asqueroso, sim, ou mesmo pior. "Político"... nem por isso. É antes um dos muitos famigerados oportunistas reles que o comboio nos trouxe a Santa Apolónia naquela (pouco) leda madrugada. A estupidez, a cretinice, o chico-espertismo e a falta de tomates deste povo fez o resto.
E o resto foram, são, a enorme quantidade de asquerosos parasitas e sanguessugas que, em nome de uma falsa democracia, infestam e infectam este país a partir de então e vindos de todos os quadrantes!
E o resto é este buraco fedorento, esta fossa pestilenta em que todos estes energúmenos nos enfiaram a todos durante os últimos trinta e tal anos, sem esperança de salvação à vista!
E o resto é também, Samuel, tê-lo aqui agora a dar uma no cravo e outra na ferradura... longínquos que vão já aqueles saudosos tempos do PREC, não é?!
Do mal o menos... apesar de tudo, parabéns pelas que vai dando na ferradura. Mesmo que agora não ajudem a sair da fossa!...
Milan Kem-Dera:
Há muitos anos, alguém no parlamento, disse ao velho republicano Afonso Costa:
-Vossa Excelência dá uma no cravo e outra na ferradura!
Resposta de Afonso Costa:
-Vossa Excelência não pára quieto com a pata...
Passe a histórica anedota, nem eu sou o republicano Afonso Costa, nem acho que a piada se possa aplicar a si... mas confesso que não entendi parte do comentário. :-)
Saludos.
Não haveráoutra palavra pior para o classificar?
Ele, com capa de democrata,apoiou-se nos piores inimigos da democracia (CIA, p.e.).
Beijos.
Ainda perdes tempo com esse aborto da brava natureza?!....
TENS RAZÃO SAMUEL O HOMENZINHO É IGUAL A SI MESMO,CHEIO DE TELHADOS DE VIDRO,TÃO ESCAQUEIRADOS QUE SÓ O ORÇAMENTO GERAL DE ESTADO LHE PODE ACUDIR
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