segunda-feira, 30 de abril de 2012

Serviço Nacional de Saúde – Pequeno “ensaio” com alguns insultos


Nota prévia: Defendo que os actos de violência, física, verbal, ou de qualquer outro tipo, praticados contra profissionais da saúde, devem ser punidos exemplarmente e em tempo útil, sendo apenas de relevar aqueles cometidos sem a total consciência dos autores. Ou em que existam factores atenuantes muito fortes.
E assim passamos ao extraordinário protagonista do post de hoje.
O imbecil acha que a violência dos adeptos da bola, nos estádios, é comparável às agressões de que são vítimas as mulheres e os homens que prestam cuidados de saúde.
O bandalho acha, portanto, que um velho cheio de dores que, depois de várias horas sem ser atendido numa urgência, perde as estribeiras e agride um enfermeiro que vai a passar... é igual ao jovem e abrutalhado latagão de cabeça rapada e pose nazi, que vai para o estádio com o fim confesso de agredir todo e qualquer “adversário” que encontre no seu caminho.
A besta defende que, da mesma maneira que os vândalos dos estádios acabam banidos dos espectáculos “desportivos”, os doentes que por qualquer razão (ainda que injustificável) agridam um médico ou enfermeiro, devem ser afastados dos centros de saúde e hospitais. Banidos do Serviço Nacional de Saúde.
O canalha acha que um “utente” agressor deve ser, portanto, condenado à morte por falta de assistência.
Ah... falta dizer que o estúpido em causa se chama Jorge Roque da Cunha e chegou a Secretário Geral do Sindicato Independente dos Médicos... o que quer dizer que a cavalgadura conseguiu empinar um curso de medicina... mas nenhuma das cadeiras o conseguiu transformar num ser humano decente.
Quer dizer também que este país é um país de grandes oportunidades... até para trogloditas desta estirpe.
O que é uma verdadeira desgraça é que as tais grandes oportunidades são, vezes demais, para trogloditas desta estirpe. 

11 comentários:

Anónimo disse...

Olhando para a cara do bicho nota-se que é um burguês de meia tigela, um fino médico e sobretudo privilegiado. São sacanas como este que a comunicação social se aproveita para que os jornais estejam cheios de opiniões fracas e miseráveis.

Graciete Rietsch disse...

Só que a besta e outras que tal não falam nos médicos que agridem os doentes por falta de carinho, atendimento apressado após horas de espera e até erros de diagnóstico que podem causar a morte.

Um beijo.

Anónimo disse...

E alguns causam mesmo Graciete. Uma falta de atenção, um esquecimento algumas vezes é a morte do doente.

AnaMar (pseudónimo) disse...

Dado que as barbaridades proferidas por este ***** são uma autêntica agressão física, moral e outras tantas que , deveria ser penalizado com castigos corporais (duros!) e afastado sim não só do cargo, como da possibilidade de qualquer assistência de qualquer Serviço de Saúde, nacional, internacional...

trepadeira disse...

Cada vez mais,enquanto deixarmos,energúmenos destes vão chegando aos poderes.

Um abraço,
mário

lino disse...

Este gajo devia ser punido pela Ordem dos Médicos!
Abraço

Anónimo disse...

Existem seres que nunca deviam ter visto a luz do dia e aquele tão bem cognominado de "troglodita" devia levar com um "latagão" que o fizesse sentir o maior dos vermes.
Haja força para mandar todos estes sujeitos pelos boeiros!
Hoje, vamos dizer basta!Viva o 1º de Maio!
Vicky

Antuã disse...

Os barões da medicina...

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Um "bétinho" insensível...

Anónimo disse...

Esta coisa de comparar o futebol ao país é muito comum na mentalidade de direita. É uma mentalidade quadrada, embrutecida, já não pelas touradas, mas por muitas idas aos estádios de futebol, como é o caso do Sr. Roque da Cunha.

Anónimo disse...

Sou enfermeiro em urgências e todos os dias sou agredido verbalmente por doentes, por mais profissionalismo, e atenção que tenhamos no cuidado da doença, há sempre alguém que quer ser mais que os outros, passar à frente de todos, exigir tempo e atenção para além da medida e que acaba por roubar o nosso tempo para tratarmos outros que precisam. Em situação de atendimento hospitalar, toda a gente critica, porque não sabem avaliar a qualidade na saúde. somos sujeitos a enorme degaste fisico e psicológico, mas ninguém se importa connosco. Para além disso, agressões fisicas, embora menos frequentes também acontecem, quando somos confrontados por pessoas que não fazem a minima intenção de usufruir dos nossos serviços e que só vêm para o hospital arranjar confusão.
Sabiam que em caso de agressão temos de nos deixar bater porque se nos defendemos, passamos nós a ser os culpados?
E ao fim do dia quando vamos para a nossa casa e no seio da nossa familia revelamos que estivemos a cuidar de pessoas, mas que levámos porrada e que nada foi feito em nossa defesa, que acham que pensa a nossa familia?
O trabalho na saúde envolve imensa responsabilidade, competências técnicas e humanas, não devemos estar sujeitos às agressões como sendo "normais" porque não são. Aposto que ninguém que aqui trabalha desejava estar no seu trabalho a ser agredido sem se poder defender!
Que se chegue a consenso e se encontrem meios de proteger os profissionais de saúde, que estão expostos nos serviços de urgência.
Enfermeiro