sábado, 23 de março de 2013

Aula Magna – Sessão cultural


Alguns dos leitores habituais deste blog não irão ler este texto senão lá para as tantas... por uma excelente razão: estarão, exactamente à hora a que este post vai “para o ar”, a instalar-se nas cadeiras da Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, para assistir a uma tarde cultural dedicada à figura de Álvaro Cunhal.
Sobre o homenageado, não preciso de acrescentar, hoje, mais palavras; sobre o elenco presente no palco, passe a imodéstia (dada a minha pequena quota parte no acontecimento)... mas é de peso!
Durante algumas horas vai-se ali respirar um “ar” de primeiríssima qualidade! Porque para alguns de nós a nossa arte não é amorfa, inodora e incolor. Porque a nossa arte se deixa "contaminar" pela realidade e quer "contaminar" aqueles que toca. Porque toda a arte intervém no que a rodeia... dependendo apenas de cada criador a decisão sobre qual o tipo de intervenção em que se quer empenhar.
Maldigo la poesía 

concebida como un lujo 
cultural
por los neutrales, 

que lavándose las manos 

se desentienden y evaden, 

maldigo la poesía 

de quien no toma partido, 
   
partido hasta mancharse
(Gabriel Celaya)

7 comentários:

Meg disse...

Há quem esteja longe e deambule por aqui, novamente...
Fica o respeito e uma imensa admiração por um grande HOMEM.

Graciete Rietsch disse...

Gostava muito de de lá ter estado.
Mas é muito longe e, no Porto, brevemente teremos uma iniciativa relativa ao centenário de Álvaro Cunhal.
Quanto ao poema de Gabriel Celaya, conheço-o bem e costumo citá-lo quando se proporciona falar sobre o sentido da arte.

Um beijo.

Bolota disse...

Moços,

Tambem eu participei numa palestra sobre o mesmo tema onde uma das oradoras foi Margarida Tengarinha que apesar da idade vai a todas com a genica que caracteriza os velhos comunistas.


Abraços

do Zambujal/Sérgio Ribeiro disse...

Grande abraço, Samuel.
Foi uma enorme alegria estar ali, contribuiste para ela, e foi por ti, e ali, que soube da perda de um enorme amigo, camarada, homem, do João Honrado.
O abraço do costume, este mais comovido

samuel disse...

Sérgio Ribeiro:

Foi uma tarde muito especial!
A "visão" dos bastidores era incrível...
Pena, não nos termos abraçado no final!

Abraços, então, agora!

Anónimo disse...

Não estou em Lisboa e que pena tenho, pois quanto gostava de estar e de que maneira.
Vicky

Cláudia disse...

Tarde mágica onde se respirou tão bem...! Obrigado também a ti pela magia e aconchego :))