O juiz Gouveia de Barros, que lamentavelmente decidiu o caso da criança “devolvida” à , chamemos-lhe assim, mãe, arrepende-se dos termos em que se referiu à mãe adoptiva, pois viu agora, na televisão, que ela não é a pessoa que ele pensava pelos papeis que leu. Choca-se com as imagens das agressões à criança, pois embora já tivesse lido que a “mãe” batia na filha, não sabia que era tão grave, etc, etc.
O juiz arrepende-se de toda a bosta de justiça que fez, decidindo mal e de forma irremediável, sobre a vida de pessoas com as quais confessa não ter tido qualquer contacto, com as quais nunca falou, das quais não conhecia nem aspecto nem carácter, limitando-se a decidir com base em textos que leu nuns papeis.
Que diabo de justiça é esta, com leis aparentemente tão boas e avançadas, mas com executantes tão pedestres e irresponsáveis?
Espero bem que exista de facto alguma coisa pela qual este juiz possa ser punido, visto ninguém poder ser castigado pelo simples facto de ser um “pobre de espírito”.
5 comentários:
Um caso onde contou tudo menos o interesse da criança...
Abraço.
E lamentavelmente não é caso único. Conheço de perto o horror de se amar e criar uma criança e ao fim de algum tempo, mesmo com o processo de adopção a decorrer, ficar-se sem ela, assim, de um momento a outro, porque por capricho ou arrependimento a incubadora biológica a decidiu resgatar. E depois há uma lei instransigente nestas situações que não pondera a estabilidade emocional de uma criança, os vínculos afectivos que se foram alicerçando nesse tempo... São situações dramáticas que sulcam marcas irreparáveis em todos os intervenientes, mas sobretudo nos mais indefesos, as crinças. E a lei é imutável, e estas situações a repetirem-se...a repetirem-se...
Sílvia MV
Quadro negro com moldura barroca!
O da justiça.
Abracinho
Nesta nossa sociedade, a justiça é sempre... injusta - e não apenas por efeito da acção de maus executores...
Um abraço.
E os desenvolvimentos da estória vão sendo igualmente atabalhoados...
Abreijos colectivos!
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