sábado, 13 de junho de 2009

O nosso TGV - aproveitar enquanto é tempo...



Paulatinamente, pelo meio do ruído e a avalanche de informações cruzadas da última campanha eleitoral, passou praticamente despercebida a notícia de mais um avanço do nosso, pelos vistos, inevitável TGV. Os consórcios concorrentes ao multimilionário negócio, apresentam as suas propostas.

Não, não vou voltar a massacrar-vos com a minha conversa recorrente sobre o efeito tremendo que tantos milhares de milhões de euros teriam, se fossem realmente canalizados para a economia real. Nas micro, pequenas e médias empresas, que são a fonte de emprego da esmagadora maioria da força de trabalho do nosso país. Numa verdadeira "batalha da produção" (que sendo como se sabe, uma ideia "Gonçalvista", é pecado mencionar). No aumento generalizado dos salários, pensões e reformas mais frágeis (e injustas), o que significaria imediatamente e de forma sustentável a médio e longo prazo, o aumento do poder de compra de largas camadas da população, com o que isso significa de injecção de capital no pequeno comércio local, com o consequente “choque” de saúde económica no tal nosso universo empresarial, que na sua, mais uma vez, esmagadora maioria, produz para o consumo interno. Mais o emprego estável que tudo isto pode criar, ao contrário dos fogachos de mão de obra que será explorada nas megalómanas construções de um TGV pouco mais que inútil, no presente e dada a nossa dimensão, ou um novo Aeroporto Internacional, de oportunidade muito duvidosa. Mais o impulso ao consumo e produção dos nossos produtos agrícolas, das nossas pescas, até, imagine-se, na maior disponibilidade de mais algumas portuguesas e portugueses para consumir produtos culturais...

Mas não! Não vou maçar-vos com nada disso. Hoje vou apenas aproveitar aquilo que pode muito bem ser uma das últimas oportunidades para “brincar” com o TGV, com fotografias como esta . É que, a ser o consórcio liderado pelo “saudoso” Jorge Coelho (um dos pretendentes) a ficar com a negociata, perdão, a construção do TGV a seu cargo, num futuro muito próximo, “Quem se meter com o TGV, leva!”

7 comentários:

Sal disse...

Olha... essa saiu-lhes furada, e de que maneira.
Pelo menos, pela ripada que o PS levou nas eleições europeias eu diria que "quem se mete com os portugueses leva". Ou pelo menos "leva" de alguns portugueses, o que já não é mau.
Quanto ao TGV e à sua dispendiosa construção, já para não falar na duvidosa necessidade... é como dizes... Mas não me maçaste nada... Tudo o que dizes se enquadra dentro de uma realidade que não é a nossa. Será isso a tal "second life"?
bjs

Antuã disse...

Quem se meter com o TGV leva porque a "minha política é o trabalho".

Ana Martins disse...

Que maçadores estes Gonçalvistas... Sempre com a mania de que as populações têm direito a uma vida melhor! E que o dinheiro dos seus impostos não deve ser mal gasto!
Que maçada tão grande!

Diogo disse...

O TGV está seguramente entre os maiores roubos já feitos a este país. Os grandes ladrões são os bancos, que vão buscar um terço do «investimento» em juros, e as construtoras que em grande parte pertencem aos bancos.

Sócrates, Mário Lino, Teixeira dos Santos e outros, mais não são que diligentes funcionários bancários.

Abraço

Fernando Samuel disse...

Eu, não sei porquê, acho que isto anda tudo ligado: o negócio do TGV, o negócio do novo aeroporto, o negócio do futebol, o NEGÓCIO, enfim...

Um abraço.

Justine disse...

Vivás obras públicas nacionais e as negociatas adjacentes...:((
Bom fim de semana

samuel disse...

Portugal é um país em que a corrupção também se mede em quilómetros...

Abreijos colectivos!