terça-feira, 30 de junho de 2009

Sem fundo!





O Partido Socialista há muito se habituou a manejar Fundações várias, da mesma maneira que os cidadãos comuns manejam os seus porta moedas. A grande diferença é a dimensão dos orçamentos. Desde que foi imperioso para Soares e para os seus cúmplices, à época, poderem movimentar milhões às escondidas, para financiar a contra-revolução, fazendo entrar no país rios de dinheiro vindo dos EUA, da Alemanha, etc, para o fazer chegar às mãos de toda a sorte de crápulas, cobrindo um vasto leque que terá ido desde redes bombistas e incendiários “espontâneos” de Centros de Trabalho do PCP, até à criação de sindicatos “amarelos”, o PS não consegue passar sem ter sempre uma ou duas “Fundações” ao seu dispor para gerir as suas redes de influências e interesses.

Tal é o vício, que mesmo enquanto Governo, não resiste à tentação de ter maneira de fazer chegar às mãos “amigas” os pagamentos de favores, sem ter que se aborrecer com papeladas, concursos, explicações e todo esse tipo de empecilhos... e lá vai “Fundação” p’ra cima! Ele já foi a do Armando Vara, que supostamente tratava da segurança rodoviária, ele agora é esta das comunicações móveis... é um fartar!

Paralelamente, como que por castigo pela nossa passividade, vamos assistindo às dezenas de passagens por cargos ministeriais e postos menores em Secretarias de Estado, que acabam, invariavelmente, em belos “empregos”, com belos nomes e ainda mais belos ordenados. As maiores empresas portuguesas, principalmente as que têm participação pública, a Caixa Geral de Depósitos e até outros bancos, em vez de criarem riqueza para o país, são sangradas diariamente por exércitos de assessores, vogais, conselheiros e, principalmente, conselhos de administração, tão gigantescos quanto inúteis.

Todo este filme me passou à frente, lendo mais uma estória de um ex-chefe de gabinete de Sócrates que se “deu muito bem”.

PS, PSD e CDS, tornaram-se especialistas em fornecer “gestores”. Os génios que cá, como no resto do mundo, arrastaram a economia para a pocilga em que está a chafurdar.

Alguns, ingenuamente, tentam a sorte por sua conta. O meu pensamento “solidário” vai muitas vezes para essa gente, os Isaltinos, as Fátimas Felgueiras, os Mesquitas Machados, etc, etc, etc. Quando passam, como toda a gente, os olhos pelas notícias, devem sentir-se tão pequenos, tão ingloriamente apanhados, tão burrinhos...

10 comentários:

Maria disse...

E aqui podíamos acrescentar outros... Mata Cáceres, o outro lá mais de cima da terra do Eanes (como é que ele se chama?) o tipo da UGT de quem já nem lembro o nome (ou não quero lembrar, tal foi o trauma), enfim, por aí adiante...
Acho que uma folha de 35 linhas não chegava, só para os cabecilhas... dos burrinhos...

Abreijos

Antuã disse...

Parece que não pode haver PS sem corrupção e fundação.

JotaCê disse...

Lucido e com um invejável sentido de humor.
Este post está excelente, como outros aliás a que o "escriba" nos habituou. Nem todos, nem todos...

vermelho disse...

Já para não falar da Emaudio onde as verbas, algumas directamente provenientes da corrupção, eram astronómicas. O Mário Soares é o verdadeiro 666 da nossa democracia. P.Q.P!
Abraço.

Luis Nogueira disse...

... com três pintinhas e um olho dentro de um triângulo, meu caro Vermelho. Ou será que é o triângulo no olho?

...

Ah, outra coisa: com que então vens cantar a Gouveia, no Festival da Praça, grande Samuel? Cá te esperamos e não somos poucos!

Toques maçónicos

Luis Nogueira

duarte disse...

a arte de bem roubar não é para todos!
abraço do vale(assaltado)

Fernando Samuel disse...

Bom e acutilante texto!

Um abraço.

O Puma disse...

AFUNDAÇÃO

vermelho disse...

Caro Luís Nogueira:

Com esquadro e compasso devem traçar a sua rectidão, mas o olho que tudo via há muito que só vê aquilo que lhe interessa $$$.

Saudações egípcias...

Anónimo disse...

O Samuel Cantigueiro cantou e continua a cantar bem. Nunca cedeu a interesses que ele achava menos dignos no mundo das canções. É um homem inteligente. Só não compreendo como não sendo militante pareça por vezes um fanático de de uma ideologia
que martirizou milhões de seres humanos, como outras, e que nos tempos que correm embora o tal capitalismo esteja com gripe porcina, não faz qualquer sentido. É que nem sequer o comunismo português acompanha qualquer outro
daqueles que já vêm à sua frente outros amanhãs que não os de ontem.
Que a voz não lhe falte para nos dar música e canções das boas.
Zé Farense