Cavaco Silva não tem um pensamento sobre o que quer que seja. Faz contas. Por estes dias, tem mandado a aparência de equidistância às malvas e faz contas aos votos no PPD. Como arma de campanha, agora tocou a vez do veto à “Lei da uniões de facto”, para gáudio do CDS, do PPD mais retrógrado e de mais uns tantos conservadores avulsos.
Se os “casais” em estado de “união de facto” querem ter direitos, por exemplo, no que toca a pensões, direitos sobre a casa comum, bens comuns, etc, etc, a dar-se o caso de morrer um dos elementos do casal, ou de uma separação menos amigável... então casem-se, como manda Deus, a Igreja e os bons costumes. Senão, como insinuava uma luminária na televisão, se quis "armar-se em livre", agora aguente-se!
É no que dá ter santarrões, hipócritas e falsos cristãos a tentar manipular as consciências de um país e a controlar, de facto, o cérebro limitado do Presidente da República.
24 comentários:
Gosto sobretudo do ultimo parágrafo, é aquele com que melhor me identifico.
Abraço grande
Claramente dois lados. No meio um ps a fingir que se vai balançando... caindo para onde (e como) lhe convém...
Abreijos
Boa noite Samuel
Todas as noites fico encantada ao ler o seu Blogue. Mas esta do Sr. Presidente está demais...
O último paragrafo esta o máximo.
Eu vivo em União de facto à 17 anos por opção.
Se um de nós morrer primeiro o outro fica sem nada prontes.Como dizia o Paulo Portas..querem ter os mesmos direitos então casem-se.
Muito bem!
Eu quis ser livre se o dito morrer primeiro uma vez que o Prédio é dele eu vou viver para baixo da ponte..não está mal pensado não senhora.
Assim mandam os brandos costumes já dia o Salazar.
POL
Longe vão os dias de um tal senhor chamado Sá carneiro, fundador do Partido de Cavaco, que vivia "de facto" com uma senhora que morreu com ele em Camarate, a senhora Snu Abecassis.
Quem tem telhados de vidro...
Por isso é que ele lá está...
Abraço.
sam,
ainda e sempre um prazer ler-te, cantigueiro, um vício que vou mantendo mesmo neste tempo de defeso blogosférico para mim... mas hoje quis deixar um abraço, saudades, acho.
combinado?
rvn
sam,
ainda e sempre um prazer ler-te, cantigueiro, um vício que vou mantendo mesmo neste tempo para mim de defeso blogosférico... mas hoje quis deixar um abraço, saudades, acho.
combinado?
rvn
ah, Cantigueiro... mesmo do outro lado do atlantico, è bom estar informada ...vou jà passar a palavra a gente menos atenta e confiante na sua gloriosa união de facto...
Abracinho
:))
Aguardemos para ver quem é que, de facto, vai beneficiar (eleitoralmente) com este veto...
Um abraço.
"Se os “casais” em estado de “união de facto” querem ter direitos, por exemplo, no que toca a pensões, direitos sobre a casa comum, bens comuns, etc, etc, a dar-se o caso de morrer um dos elementos do casal, ou de uma separação menos amigável... "
E se os casais em união de facto NÃO quiserem ter esses direitos? Afinal, nada os impede de cada um fazer testamento a favor do outro. Se não o fazem, presume-se que não querem que o outro herde os seus bens, não é?
Bom post. Como também vivo em União de Facto, isto toca-me, mas depois deste tempo todo em que Sócrates e Cavaco só tem feito M...grande eu quero ver se ainda vão ter bons resultados. Quem é que ainda vai votar em bostas ( desculpem o termo) destas! Este povo não aprende. Quarenta anos de ditadura e continuam a deixar ir tudo por água abaixo. Tudo(quase) é uma questão de educação e cultura, e as nossas andam pelas ruas da amargura. Quando a ministra da educação pouco mais tem que o 9 ano ( consta por ai) e o primeiro ministro tem uma licenciatura falsa...está tudo dito. Agora uma coisa ainda podemos fazer. Votar. E, é nessa altura que os podemos por a milhas...basta pensar.
abraço
Estou a ficar farta destes arranjinhos eleitoralistas com base na Santa Hipocrisia Institucional!
Foram 12 vetos, a saber: estatuto dos jornalistas, regime da responsabilidade civil excontratual do estado, lei da paridade, lei do divórcio, lei da G. N. R., voto por correspondência dos emigrantes, estatuto político-administrativo dos Açores,lei da não-concentração dos meios de comunicação social, lei do segredo de Estado, lei da uniões de facto, lei de finaciamento dos Partidos. O mais alto magistrado da Nação Portuguesa fartou-se de "trabalhar", vindo a recolher (lógicos) do ... P.S.D., e do C.D.S; mesmo considerando o actual P.S. de esquerda poder-se-à dizer assim, que toda a esquerda não gostou, óbviamente.
Nesta saga de recusa presidencial ocorre-me um lamentável aspecto que começa a ser cada vez mais evidente que é o da polémica surda entre Presidência da República e Governo, ou será que efevtivamente estamos a chegar (tristemente) em que um presidente e u ainda 1ºm de Portugal, não se dando (evidentemente) bem, só comunicam ... por recados? Ou será uma espécie de jogo entre Cavaco Silva e José Sócrates?.
Certamente que nada disto serve ao Povo português e nem sequer é disto que os Portuguese estão á espera. De respostas para os gravíssimos problemas da sociedade, sim.
Depois de décadas a defender o amor livre, a esquerda resolveu agora abraçar o mais serôdio conservadorismo ideológico.
Um bom exemplo do que se afirma é-nos oferecido pela lei que altera o regime das uniões de facto, agora vetado pelo Presidente da República.
Através desse diploma a esquerda defendia a aproximação do regime das uniões de facto ao regime jurídico do casamento, assim destruindo o carácter inovatório que, precisamente, permite diferenciar aquele instituto do matrimónio convencional.
Caso duas pessoas pretendam que a sua vida familiar se caracterize, designadamente por uma presunção da compropriedade de bens, bem como por uma regra de responsabilidade solidária por dívidas ou pela possibilidade de compensação de danos em caso de dissolução da união de facto, casam-se, não vivem em união de facto!
A esquerda esquece que quem vive em união de facto não se quer casar. Quer viver de uma forma livre, descomprometida com os deveres jurídicos que impendem sobre cônjuges.
Mas, ao mesmo tempo que a esquerda quer acabar objectivamente com as características que distinguem as uniões de facto do casamento, preconiza a facilitação da dissolução do casamento tradicional, como resultou da Lei n.º 61/2008, que, entre outras inovações, eliminou a violação dos deveres conjugais como razão possível para o pedido de divórcio.
A estratégia é clara mas o que não se percebe é a crítica dos nossos progressistas domésticos ao Presidente apenas porque este os obriga a ser … de esquerda!
Desde 1975 que homens e mulheres que queiram casar-se entre si o podem fazer livremente. Há quem, como os homossexuais e os polígamos, não veja as suas uniões reconhecidas pelo Estado. Logo e à excepção como escrevi dos homossexuais e polígamos quem vive com outro e não casa é porque simplesmente não quer casar. O direito a não casar logo a não assumir os direitos e deveres inerentes ao casamento tem de ser salvaguardado. Não se pode contornar a questão do casamento dos homossexuais e dos polígamos acabando a casar quem nunca o quis fazer. Ou não esteve para o fazer.
Toda a discussão sobre a “união de facto” mostra que a forma natural de organização familiar é o casamento. Aqueles que tanto contestaram o casamento e que defenderam novas formas de organização da vida familiar acabaram a defender uma “união de facto” que para todos os efeitos práticos é um casamento. Mudou o nome, mas a instituição é a mesma.
É muito difícil escapar à cultura em que se nasceu.
Use produtos nacionais o nosso xeltox é demais
O que é que se poderias esperar dessa abantesma?
Não haverá por aqui umas confusões entre casamento na Sant(íssem)a Madre Igreja e o casamento no Registo Civil? E, para aumentar a confusão, vêem os "de facto" homossexualmente unidos que, esses, querem casar... pela Igreja que os rejeita, é?
Por escolha e experiência pessoal, sou unido de facto há 30 anos. De facto, "un point, c'est tout", como dizem os meus efémeros vizinhos.
Chateia-me é que o sr. Cavaco aproveite uma regulamentação de uns "factos" - que até me é indiferente... e que, se calhar, não o deveria ser - para vir entrar na campanha eleitoral (dizendo que não quer entrar, o hipócrita), num jogo de política ao mais baixo nível, com aparências de alturas, de não ser rasteiro... ou rasteira.
Excomungo-o, 'tá dito!
(e vou passar a limpo!)
Um grande abraço
Sem discordar da sua opinião acerca da intenção do PR no que ao veto diz respeito (a questão das "contas" é bem credível), já pensou o caro Samuel que as pessoas que se juntam em regime de união de facto podem não querer ser abrangidas pelas normas aplicáveis ao matrimónio (seja direitos ou deveres), e daí escolherem a alternativa? Que vantagens existem, de facto, em tornar as duas realidades convergentes, quando elas devem, isso sim, serem alternativas uma da outra?
P.S.: Acompanho com gosto este blog há bastante tempo, continuação de bom trabalho.
Quem elege os amigos da òstia
está sujeito a isto.
E eu Quase me arrisco a pensar(não a dizer)que o Cardeal J.Saraiva Martins,tem aqui um dedito neste Veto!!!
Hummmm.....
Então a Santissima Igreija iria se imiscuir deste assunto???
Per tutti:
Compreendendo as várias sensibilidades quanto ao assunto, mas, sobretudo, ainda espantado por ter sido "visitado" pelo "Blasfémias" e logo por dois dos seus blogueiros... fico na minha.
Saludos gerais!
Que se pode esperar de um homem que nomeia alguém para conselheiro de estadoe que é um alguém que esconde documentos comprometedores na casa de banho?
É o que eu digo: o País foi mais ou menos informalmente concessionado!
É-o, aliás, de quatro em quatro anos ou de cinco em cinco ou lá o que é!
Como se fazia nas praias com os banheiros da minha infância.
A Portugal, puseram-lhe uma cabina de portagem à frente e uma camada de galifões a cobrar portagens, à vez.
Chamam-lhes eles, às portagens, programas partidários e aos portageiros, homens de Estado et al.
Do que se haviam de lembrar, não é?
Pois é!
O pior é que quando a gente vai a passar, os tipos, volta-e-meia mudam as tarifas e a gente nunca sabe verdadeiramente às quantas anda.
Como neste caso das uniões de facto que são chutadas de portageiro em portageiro mas sempre de modo a fazer tabelas no vidro do carro que a gente vai a conduzir.
De maneiras que atrapalha a condução, faz um chavascal desgraçado de cada vez que bate e, ainda por cima a gente nunca consegue agarrar o "esférico" para poder marcar também, como gostava...
O jogo (este e todos, afinal!) é ou são só para eles, para os portageiros...
Bolas! Assim, não dá, n' é?!...
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