O Tribunal deu como provadas as acusações que conseguiu dar como provadas (La Palisse): fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. Mais haveria...
Para se ter alguma noção do acórdão, ajudará, ver algumas frases respigadas do dito, lidas há pouco no Correio da Manhã:
"[Isaltino Morais] fez afirmações inverosímeis e absurdas, como quando disse em tribunal: "Sempre gostei de numerário, que eu saiba não é crime"
"O arguido Isaltino Morais manifestou [ao longo do julgamento] total ausência de consciência crítica como cidadão e como detentor de cargo político"
"[Tendo sido magistrado do Ministério Público, Isaltino Morais] não podia desconhecer as obrigações que tinha perante a Administração Fiscal"
"O arguido sabia que abusava das suas funções enquanto presidente de Câmara. Dúvidas não subsistem de que violou os deveres do cargo que ocupa"
"[Isaltino Morais] tentou negar o inegável ao pretender ocultar ser o verdadeiro titular das mesmas [sobre as contas de que era titular na Suíça]"
Tudo visto e depois de anos de processo e meses de julgamento, o Tribunal sentenciou Isaltino Morais em sete anos de prisão efectiva, pagamento de 463 mil euros ao Fisco e perda de mandato. Qual é o resultado imediato? Este título do DN: “Isaltino Morais fica na Câmara e vai recorrer”.
A minha vasta ignorância no que respeita aos insondáveis caminhos da justiça, não me permite uma grande reflexão sobre o tema. Não sei se existe em Portugal um excesso de “garantismo”, ou se pelo contrário, se trata de um excesso de pouca vergonha... mas que há algo de profundamente errado nesta estória, isso há!
11 comentários:
Coitados dos carteiristas.
Onde estão os maiores corruptos do nosso país? Ainda há quem se revolte com a"violência"
de "pequenos" delinquentes!!!!!!!!
Reparem nos nossos governantes que talvez se revoltem mais.
-Com a justiça está tudo bem... o problema é com a lei... e a forma...como eles os quem ela serve, a contornam.
além disso vivemos num Estado de direito onde só os sobrinhos deveriam responder deixando os tios & as tias no seu recato.
Engraçado é a Manuela F.L, dizer que não é altura para discutir casos sérios desta natureza:
"estamos em campanha, apenas coisas bonitas devem ser ditas aos portugueses!!!!", digo eu.
É apenas mais um caso de corrupção, estranho é o facto de políticos como a Fátima Felgueiras, que chega a fugir para o Brazil e depois é ilibada.
Pois... isto não é de entender, nem tão pouco de aceitar. Mas tem lá lógica alguma uma situação destas? Tudo dado como provado, decretou-se prisão efectiva e multa, e o indivíduo continua à solta a dizer que se vai recandidatar à Câmara? Olha se fosse eu que fosse julgada pelos mesmos crimes, onde já não estaria e há que tempo!! São as duas medidas e dois pesos da justiça...
Sílvia
E se o homem for a votos ainda me arrisco e levar com ele como presidente...
:)))
os deuses devem estar loucos ao permitir que o Isaltino mesmo depois de julgado e com provas dadas, possa ser novamente presidente,
com recursos e mais recursos, só daqui a muitos anos é que vai cumprir pena isto é se cumprir e até lá está com a mão na massa novamente.
è altura de acabar com estas situações e estes casos devem ser resolvidos com toda a brevidade, pois os politicos são o espelho do pais e nesta altura o espelho está demasiado sujo.
É mais uma história dos tempos que correm...
Um abraço.
Enquanto houver em paralelo "firmas " de advogados que servem os 'desejos' dos dois partidos da (des)governança,na elaboração de leis para apresentarem e aprovarem na casa da democracia,está tudo dito.
É de loucos.
Este sr. ainda vai a 1º ministro cá do burgo!!
Parece que a populaça gosta é de quem engana o Estado.
Era interessante, depois de um Salazar que tivemos de aguentar mais de 40 anos, depois de 4 anos e meio de um Sócrates intragável, ter a 1º ministro o Isaltino (Tino para os amigos)um populista social democrata para continuar o "grande" trabalho deixado pelos dois anteriores sr. tão impolutos.
Ai , porque é que não nasci em badajoz??
Agora resta esperar pelos recursos e pelos recursos e pelos recursos dos recursos...
Abreijos gerais!
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