sexta-feira, 23 de março de 2012

Um “futuro” com cara de passado...


Textos reveladores de um ódio vesgo e descontrolado, contra os trabalhadores que insistem em não “alinhar” pela cartilha neoliberal, ainda que disfarçados de rasgos de humor, deram o tom do dia que passou, em vários blogues de direita... os quais não farei o favor de publicitar.
“afinal havia muita gente que precisa mesmo de trabalhar para ganhar a vida”
“afinal há muitos portugueses com trabalho... em vez de emprego”
Foram algumas das tiradas que se somaram aos costumeiros insultos, mentiras, calúnias várias... em muitos casos, vindas de “jornalistas” e dos seus jornais. Noutros casos, vindas de deputados, em plena Assembleia da República.
Mesmo isto, por muito apetecível que seja para toda essa gente atacar a CGTP, teve que romper a muralha de “informações” sobre a bola, o atentado de França...
Ouvindo as baboseiras intermináveis que, nestas ocasiões, tantos portugueses vão despejar para os programas de antena aberta e para os comentários nos jornais, somadas à descoberta de uns professores que se passaram e decidiram pôr os alunos a olhar fixamente para lâmpadas, ou à "fúria" de um cidadão (seguido, em termos verdadeiramente patéticos, pelo seu clube) que achou por bem concentrar a sua capacidade de militância e indignação, protestando para o Ministério da Educação por causa da inclusão do “Benfica” na letra de uma cantigueca qualquer, cantada na escola da filha... o que o torna num belo exemplo da alienação e desvio do essencial, em que somos especialistas... não posso deixar de pensar no futuro e no trabalhão que há pela frente.
Não posso deixar de pensar que esse futuro, embora vá chegando até nós, inexoravelmente, à cadência de sessenta segundos por minuto... chega muito mais com cara de passado, do que do futuro com que tantos sonharam e sonham. Pelo qual tantos lutaram e lutam.
Quanto regresso ao passado será preciso para, pelo menos mais alguns, abrirem os olhos?

12 comentários:

Maria disse...

Pelo que eu li ontem e hoje no face, muito, Samuel! Infelizmente!
Perdemos décadas de caminho já andado. Mas estamos e estaremos prontos para o recuperar!

Abreijos
(um é especial. sabes para quem...)

salvoconduto disse...

O relógio sem ponteiros é uma imagem que se adapta muito bem ao texto.

Muito caminho para caminhar...

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

O passado caminha a passos acelerados. Temos que continuar e endurecer a luta.

Um beijo.

Anónimo disse...

Mariamailinda!!! :)

Obrigada pelo carinho! :)
sei-te por fora...?... enjoy! :)

beijocasssss
vovómaria

Antuã disse...

O futuro será.

trepadeira disse...

Chegou a indigência mental ao poder.
Querem regressar à idade média,de onde nunca sairam.

Quando o caminho é longo começamos a caminhar já.

Um abraço,
mário

Nelson Mendes disse...

Isto “afinal havia muita gente que precisa mesmo de trabalhar para ganhar a vida” é um insulto?
Insulto foi a forma como a organização da CGTP tratou os Precários Inflexíveis.

samuel disse...

Nelson Mendes:

Provavelmente existe alguma incompreensão, por parte da CGTP, para com alguns dos "movimentos" disto e daquilo… aquando destas manifestações.

Nada que se compare às calúnias, desprezo, quando não mesmo ódio, que alguns desses movimentos demostram para com a CGTP durante todo o ano… menos nas horas em que querem "atrelar-se". Acabada a manifestação, qualquer motivo serve para voltarem aos comunicados insultuosos e ao discurso anti-CGTP, anti-partidos, anti-sindicatos e anticomunista em geral.

Nada de novo, como o seu comentário no post anterior bem exemplifica.

Zé Canhão disse...

Porque é que o verme Nelson Mendes não vai chatear a mãezinha?!...

Olinda disse...

Os média das empresas capitalistas ,fazem-me preferir a censura oficializada,(Sou eu a desabafar)

Nelson Mendes disse...

Samuel tem conclusões que não estão naquilo que escrevo. Incompreensível.

Ze Canhão ou lá como se chama, pode chamar-me verme e mais que quiser.
Não meta a minha mãezinha na conversa!

samuel disse...

Se for assim... as minhas desculpas.