Existe apenas um programa no universo da programação da TVI que vejo voluntariamente. Nem sempre vejo... mas quando vejo é porque quero ver. Nem sequer é na TVI principal, mas no cabo.
Tirando esse, só por infeliz acidente assisto a alguns escassos segundos do que aquela estação de televisão tem por norma verter para o chão sem antes, sequer, fazer passar os infectos fluídos por uma qualquer ETAR.
Assim sendo, não conheço a jornalista Ana Leal, nem a sua produção jornalística. Só sei que terá feito um trabalho sobre cuidados de saúde, trabalho que era suposto ter passado em “horário nobre”, mas que continha algo que fez a comissária Judite de Sousa não só não o passar, como tê-lo remetido para um tal de “25ª hora”, que como o nome indica, passa para lá da meia noite.
A jornalista queixou-se ao chefe, José Alberto de Carvalho... o tal do "não faz sentido sermos condenados por não cumprirmos regras do tempo do gonçalvismo". Queixou-se de Judite e do que terá chamado censura, eufemisticamente... ou por considerar ter sido de facto censurada.
Em condições normais isso seria dirimido dentro da redacção. Em condições um pouco menos normais... daria uma repreensão ou qualquer outra punição simbólica, caso a acusação fosse infundada. Em condições de gravidade comprovada, daria lugar a um processo disciplinar, precedido da obrigatória investigação.
Mas não! Estamos em Portugal e sob este abjecto regime de tiques fascizantes!
Assim sendo, a ousadia da jornalista, ousadia que, insisto, pode ter sido deslocada ou não, deu direito, à partida, a uma suspensão com proibição de entrada no local de trabalho.
Que outra melhor forma haveria de mostrar (com estrondo e garras de fora) aos jornalistas que ainda fazem um esforço de alinhamento pela liberdade que o que se quer por estes dias nos diversos órgãos de comunicação social não são redacções compostas por verdadeiros jornalistas, mas sim rebanhos de lacaios dos donos?
18 comentários:
O fascismo está implantado. Temos que agir em conformidade.
Chama-lhe tiques chama. Já lhe ouvi chamar muita coisa, agora tiques. O que é, é um fascismo moderno, com novos moldes. O fascismo não tem que ser igual ao de Salazar.
E o rotundo José Alberto Carvalho não toma nenhuma posição?. No mínimo, até para não ser apelidado de gonçalvista, devia pedir a demissão em solidariedade jornalística e para abono de todas as verdades.
Raramente vejo essas TVs mas em tempos vi na internete uma reportagem dela que me deixou agradavelmente surpreendido.
O fascismo é a mãe de todas as repressões.
JM
Pois,já nem os belogues escapam.
Acaba de ser removido,pelo autor,que pressões,perseguições,ameaças,terão sido feitas sobre um homem integro e da cultura,o "Café Mondego".
Incomodou,incomodava muita gente,gente?,muitos bandalhos.
Já só nos resta mesmo a rua e as pedras.
Abraço,
mário
Mas desde quando é que o mundo não foi dos canalhas?
José Luís Moreira dos Santos
Isto não é novo, mas se assim é honra seja feita à jornalista e espero ter o apoio dos alguns muitos seus colegas que ainda prezam a verdade jornalística.
Quando passou o programa?
Quando entro nalguma sala de espera o aparelho receptor está muitas vezes ligado nesse canal de televisão; fico sempre com a sensação que nesse canal não há liberdade, não há direito à opinião, não há vontade de informar, apenas a intenção de infantilizar e entorpecer. É uma boa estratégia para conformar quem espera.
Juan Luis Cebrian dono da PRISA,El pais, TVI etc.,membro permanente do club Bilderberg.Será ou não uma explicação objectiva para o silencio forçado dos honestos, e a cobertura aos lambe botas mal cheirosos?
Abraço
ana leal é uma jornalista ao estilo manuela moura guedes, estão todos bem uns para os outros.
A palavra fascismo é tão despropositadamente usada em tantos comentários que se fica na dúvida se não será saudosismo.
Há gente que ainda se imagina com cabelo à Beetle, barbicha à Guevara, Casaco à Jivago e calças à Boca de sino.
Então se boliqueime fosse em terras beirãs era na mouche!
Temos de mudar de mundo que este é de fascistas gatunos.
Eh pá! Não sabia disto! Que vergonha! Estamos outra vez no 24 de Abril (ou no 23 que ainda é mais atrás!)
Mas também com essa Judite Sousa Seara (?) com aqueles olhinhos de carneiro mal morto a meterem-se debaixo do papagaio de serviço e ao serviço do PSD aos domingos, não admira nada!
Náusea! Nojo! Asco!!!
”Cordeiro”
É uma vergonha que tal aconteça,agora que podemos por as nossas opiniões sem receio de censura.Faz lembrar o ”DN”no tempo do SARAMAGO.
seria pedir muito que nos explicasse esta frase já que parece saber mais do que escreve?
'mas que continha algo que fez a comissária Judite de Sousa não só não o passar'
Anónimo (19:43):
Você ainda acarta essa vetusta cassete, com uma estorieta tão mal contada, dentro da cabeça?!
Não lhe chega ao nariz, pelo menos de vez em quando, o cheiro a podre? :-) :-) :-)
Anónimo (20:00):
Quero crer, para seu bem… que você também "sabe mais" do que escreveu. :-)
"comissária"
A dona Judite já nem se dá ao trabalho de fingir que é imparcial enquanto jornalista, estando sempre ao serviço do seu PSD dentro da redacção. "Comissária" não passa de uma figura de estilo. Podia ser serventuária, lacaia, capacho, papagaia do pirata… o diabo a sete.
"mas continha algo"
A dona Judite é que decidiu não passar a peça jornalística. Presumo eu, que não sou físico nuclear, que terá sido por qualquer coisa que a peça continha (ou não continha) e não por a jornalista ter aparecido de blusa aos quadrados nesse dia.
Voltando ao princípio, espero, para seu bem… que tenha apenas tentado fazer papel de sonso. :-) :-) A não ter mesmo entendido… seria muito triste!
Saudações.
Voltamos ao tempo do "lápis azul"!
Vicky
Lembram-se do Diário ?É bom que se recordem e do Diário de Notícias do tempo do José Saramago ? Então quando se indignarem com a censura lembrem-se tambem do Pravda,exemplos de censura quem os não tem,não é desculpa, é só hipocrisia e desconhecimento.
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