É evidente, para quem queira ver, que a única força motriz dos capitalistas selvagens é fazer o máximo lucro. Sem moral, sem remorsos, sem vergonha. Na ausência de um aumento de produção e riqueza que possa comportar a sua ganância, esses lucros, que já seriam sempre construídos sobre o suor de quem trabalha, são-no também sobre o sangue e as lágrimas.
Nada disso lhes importa! O que é preciso é empobrecer o país e os trabalhadores. O que é preciso é manter um nível de desemprego que garanta um caudal de trabalho semi-escravo. O que é preciso é deitar as garras a tudo o que dê lucro.
Na falta de ideias para novos negócios, abocanham as actividades que nunca deveriam cair nas mãos de negociantes: educação, saúde, transportes lucrativos, bens de primeira necessidade, como água, energia e comunicações, a grande produção agrícola, indústrias estratégicas... e a banca.
Estes crimes têm que ser “alavancados” por uma mentira constantemente repetida... ou “narrativa”, como lhe chamaria o outro, num discurso aldrabão que justifique o roubo, por privados, daquilo que é público.
Um dos chavões mais repetidos tem que ver com a incapacidade do Estado para gerir isto ou aquilo (desde que seja negócio que lhes cheire) e, fatalmente, o tamanho do Estado. “Há Estado a mais”, “há funcionários públicos a mais”, “há apoios sociais a mais”, “há direitos a mais”... e por aí fora.
É um discurso com sucesso garantido onde quer que a informação e cultura democrática não abunde.
Mas, hélas, tal como em relação à maior parte das aldrabices, também esta dos “funcionários públicos a mais” não resiste a uma simples operação de estudo, lápis na mão e contas feitas.
Era bom que fosse assim todos os dias. Todos os dias desmontando e desmentindo mais uma mentira interesseira e criminosa do grande capital apátrida e dos seus lacaios!
4 comentários:
O que há a mais é lacaios do capitalismo.
E ainda há quem reclame da lentidão do atendimento nas repartições públicas!!! Com tanto funcionário a mais, são mesmo preguiçosos!!!!
Cambada de incompetentes e sem vergonha os que governam e se preparam para governar este País!!!!!
Mas o dia da nossa esperança há de chegar, pela luta deste POVO massacrado.
Um beijo.
Tanta mentira para destruir que ainda nos faltavam dias… Mas que bem que nos faria!
Falo agora do grande negócio da educação, o maior ataque de sempre à escola pública e à dignidade da profissão docente, falo dos milhares de professores desempregados e dos muitos milhares que o ficarão no próximo ano lectivo, de um concurso que se anuncia para breve e que será objecto de notícias, mas quem denunciará, nos meios de comunicação de classe, que este dito concurso não será para suprir as necessidades das escolas, antes para fechar as vagas deixadas pelos muitos milhares que, a partir da ministra MLR e durante estes anos em que não houve concurso, se reformaram, um concurso que vai aumentar a já enorme precarização docente?
Não, não há professores a mais, como não há funcionários públicos a mais, há, sim, o mais tremendo ataque à escola pública que eles querem que cada vez seja menos, tudo fazendo para demolir o edifício democrático, o direito de todos à educação que a Constituição de Abril, que hoje faz 37 anos, consignou.
Enquanto isso… proliferam as escolas privadas, publicitam-se rankings com um único objectivo (mas que valem o que valem, nem contextualização têm, não se pode comparar o incomparável), cálculos por encomenda e à medida dos gostos do freguês, o objectivo é mostrar que com menos escola pública, se pode fazer melhor. Tanta é a mentira e tantas vezes repetida que muitos a transformam, passivamente, em verdade.
Paz… Pão… Saúde… Educação…
É mais difícil destruir um preconceito do que um átomo, dizia Einstein. E tanta mentira, também, digo eu.
Mas não sendo tarefa fácil, impossível também não.
Aumentemos o caudal dos muitos rios de descontentes, corramos em consciência e organizados para o mesmo mar!
O monstro do capital alimenta-se de mentiras.Ê voraz,e as mentiras,sao infinitas.Temos pois,que destruir o monstro.
Um abraco
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