sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ferreira do Amaral e eu – Juntos contra as “PPP”


O senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, diz que as “PPP” são uma erva daninha terrível, que foram um grande desastre e que não concorda nada com aquilo.
O senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, diz que no seu tempo não houve dessas falcatruas, disfarçadas com o pomposo nome de “Parcerias Público-Privadas”, mas que são, na verdade (isto já sou eu que digo), uma forma de alguns amigalhaços privados de gente que “foi ao pote” do Governo, roubarem descaradamente o erário público.
Estou muito de acordo com o senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral! Também abomino o roubo “legal” de milhões e milhões de euros dos contribuintes, que vão parar aos bolsos dos donos dos negócios da saúde, educação, energia, banca, comunicações, etc., etc.
Ainda assim, apenas para colocar o assunto em perspectiva, lembro que o senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, foi o ministro das Obras Públicas que “negociou” com o consórcio Lusoponte a construção e posterior exploração da Ponte Vasco da Gama, consórcio que acabou por sacar “direitos” sobre a “outra” ponte sobre o Tejo (a tal de que não se diz nunca o nome), mais alguma que se venha a construir, seja pela Lusoponte ou não... e creio que até sobre qualquer “ponte” que uma Junta de Freguesia de Trás-os-Montes construa no jardim da sua aldeia.
Lembro ainda que o senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, fez o negócio de uma maneira em que só a Lusoponte é que ganha e só nós é que pagamos.
Lembro ainda que o senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral, saltou para a Administração da Lusoponte assim que deixou de ser ministro de Cavaco Silva.
Ainda assim, estou de acordo com o senhor ex-ministro de Cavaco Silva, Joaquim Ferreira do Amaral! As “PPP” são uma bela falcatrua... e, como ele bem diz, a Lusoponte não é uma “PPP”. Aqui para nós... acho que é uma “VCFA – Vamos Cevar o Ferreira do Amaral”.
Alguém me pode dizer por que cargas de água é que, para além de sustentarmos principescamente estes pascácios... ainda temos que os ouvir?

9 comentários:

Anónimo disse...

O gajo está tão gordo, e não é de comer água com pão, e pão com água.

Graciete Rietsch disse...

Com o terreno a fugir-lhes eles têm que arranjar meios para se manterem não direi na vertical mas, mais ou menos, equilibrados.

Um beijo.

Luis Filipe Gomes disse...

Em França houve um que mentiu com quantos dentes tinha sobre umas contas bancárias na Suiça e desmascarado demitiu-se e foi para a ponte que o partiu.
Aqui nesta terra de Frei Tomás todo o frade manda que se faça o que ele diz mas não o que ele faz.

Já não é uma questão de falta de vergonha, é mais do que isso; é a arrogância da impunidade. É a criminosa sobranceria dos que não têm ética, nem moral; dos que se acham acima da Justiça.

Antuã disse...


Os ladrões têm cá uma lata!...

Bolota disse...

Moços.

Este é o prototipo do mafioso, até no formato, que na eventualidade da coisa descanbar já se está a colocar a jeito para sacudir a agua do capote.

Abraços

Reaça disse...

Não havia dinheiro para mandar cantar um cego e Portugal mandou construir a Ponte Vasco da Gama a um consórcio luso-INGLÊS.

Escrevo luso em letra pequena propositadamente porque a parte de leão foi para a parte inglesa.

Na altura vinha nos jornais as percentagens das comparticipações das empresas e bancos dos dois países.

E a nossa participação era bem pequenina.

Esse sorvedouro de dinheiro coincidiu com o sorvedouro da Expo 98.

Eu sei porque sou Reaça.

Quem mais mama, foi quem historicamente sempre mamou em Portugal, com os antigos Caminhos de Ferro, com a antiga Electricidade de Portugal, com os antigos CTT e TLP, que foram sempre obra dos patrícios da madame Tatcher.

Só faltava agora eles, passados tantos anos, serem os principais senhores das duas pontes sobre o Tejo.

Sei porque sou Reaça!

Anónimo disse...

Khe Sanh.

Mas não foi este Ferreira do Amaral que quando foi ministro de Cavaco esbanjou 25 milhões de contos do Estado para construir uma lavaria nas minas de Aljustrel que nem chegou a ser usada?

Cavaco mandou encerrar as minas por não serem "rentáveis".

O "senhor" Ferreira do Amaral que esteja calado.

Khe Sanh

Anónimo disse...

Khe Sanh

Senhor reaça!

Se é assim como diz, porque razão não trata os bois por os nomes?

Khe Sanh

Reaça disse...

Ó Senhor Khe Sahn, quais bois?

Quando só vejo a carneirada em que nos tornámos novamente!