quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pedofilia e campanhas científicas



O senhor Saraiva Martins, cardeal de profissão, personagem patusco que já vimos um dia aqui no “Cantigueiro” vestido de abat-jour, achou por bem dizer o óbvio sobre os pedófilos, os seus crimes, e o que lhes deve acontecer na estrutura da Igreja quando provados esses crimes. Pecados hediondos, como lhes chama.

Optimista, acha que esta vergonha internacional foi uma “graça de Deus”, pois vai reforçar a unidade da Igreja, depois de abanada a árvore, caídos os frutos podres... e tal... e coisa.

Só que não se aguentou sem voltar à lamúria de que todo este escândalo no seio da Igreja ficou a dever-se a alguns casos, sim... mas não tantos como se quer fazer crer e que a «chamada crise da pedofilia se consubstanciou numa campanha cientificamente organizada e muito bem programada, visando o Papa e o Ano Sacerdotal, que agora termina».

E pronto. À semelhança de quase todos os acusados de pedofilia que se sentam nos bancos dos réus, lá tentou passar para o papel de vítima, mais uma vez desrespeitando as verdadeiras vítimas espalhadas por todo o mundo onde chega o braço da Igreja Católica.

Ou então tem razão… e, como a imagem da pobre freira que escolhi como ilustração bem demonstra, existem pessoas (eu incluído) que entraram numa verdadeira “espiral” de falta de consideração pela Igreja de Roma, pelas suas figuras, pelos seus símbolos… e claro, pelos seus pedófilos.

5 comentários:

O Puma disse...

Uma freira escolhida a dedo

e muito torcida

Justine disse...

Acredito que estejas acompanhado nessa falta de consideração por centenas de milhares de pessoas!

Fernando Samuel disse...

Confesso o crime e o arrependimento e juro que nunca mais terei falta de consideração pelos padres pedófilos...

Um abraço.

Antuã disse...

Afinal o Sr. Saraiva pretende que a maioria dos frutos podres continuem na árvore.

Pais libertinos disse...

Podre está o mundo que permite aos pais ser ou não ser a bel prazer e pelo prazer.

Os filhos esses ficam em conturbadas situações passiveis de crime, mas a sociedade "tolera". À pois, as ipss salvam as crianças das "famílias" já escassas e de pais libertinos. Mas que interessa isso?