sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Receita




Preparem-se umas instalações de luxo (um bom palacete, por exemplo), recheie-se com todos os produtos de primeira qualidade que se imponham (bibliotecas, ginásios, computadores, etc), polvilhe-se de professores escolhidos a dedo, saque-se bastante dinheiro ao Estado (esse demónio!), saque-se outro tanto (ou mais) aos endinheirados pais dos candidatos a estudantes, enfeite-se com alguns (de preferência poucos) dos tais estudantes rigorosamente seleccionados (comportamento, empenho, classe social, etc), regue-se fartamente com religião (de preferência católica), uma rígida disciplina e a coisa "dá-se" por si.
Você acaba de obter uma típica escola privada de excelência, capaz de figurar sem esforço no top ten do ranking das escolas.

O que me parece extraordinário é que haja gente que pense que isto é uma verdadeira proeza. Sobretudo, uma proeza que lhes dá o direito a denegrir o ensino público.
Como o que tenho visto, ouvido e lido desta gente, não me leva a crer que se trate de imbecis ou débeis mentais, embora os argumentos por vezes pareçam, só podem estar de má-fé. 
É muito feio!

Claro que também há quem ao contrário de mim, escreva seriamente sobre o assunto, como Pedro Lomba, no DN.

58 comentários:

Fernando Samuel disse...

Ou talvez acumulem: imbecis, débeis mentais e de má fé.
As capacidades de acumulação desta gente são incomensuráveis.

Excelente post.

Isabel Faria disse...

O problema maior é que nem com esses ingredientes todos, sai um bolo que se apresnte. Até mesmo no Top Ten, as médias finais são muito menos viçosas que as nabiças da foto.
È uma elite, no que toca a resultados, que não a investimentos, muito raquiticazita.

Anónimo disse...

O que me irrita é a ministra ir atrás , de alguma comunicação social que apresenta escolas privadas com alunos trajados e com emblemas a jogar à bola de gravata e meia até ao joelho, e vir quase com esse retrato-cliché dizer que o que distingue o ensino Público do Ensino Privado é o dinheiro. No Público entre naturalmente, não há selecção , no privado paga-se. Não é, se assim fosse os ministros e ministras não tinham os filhos em escolas privadas.
Apresentem-se os seus filhos como modelos de que o ensino público tem tudo aquilo que esperam para os ver crescer. Poucos o conseguiriam sujeitar-se a esta prova simples, dizendo os meus filhos estão em escolas públicas como os seus. Mesmo assim a prova seria difícil, creio, porque nenhum diria tenho os meus filhos no interior com os avós ou outros parentes porque tenho muito trabalho. Claro o filho em vez de sair deputado ou ministro sairia jogador de futebol, empreiteiro isto no cume da pirâmide, á escala local já que se fala em mobilidade. Nem todas as escolas públicas são más, assim como nem todas as privadas são boas, mas reduzir as últimas a um cliché de cozinha é muito. Paga-se é certo , e espera-se da escola, o que ela tem para oferecer, e o que algumas tem é bastante bom, ensino de línguas desde logo, e não só isso do inglês, artes plásticas, desporto variadíssimo desde o que desenvolve valores individuais a colectivos , todas as expressões musicais desde o piano à bateria, audições aos sÁbados para que os pais possam acompanhar os filhos , escola aberta á comunidade, teatro cinema, rap, escrita criativa. È claro que isto tem o preço de se querer para um filho um desenvolvimento integrado e harmonioso. Pode haver escolas assim , públicas, confesso não conheço, Uma escola privada por exemplo, pode ser uma opção , pode-se dispensar o serviço de alguém para o ir buscar, está-se no direito de querer uma coisa em vez da outra buscar . Porque é que se tem de andar sempre com esses criadismos subterrâneos. Gosta-se sempre de dizer a minha mulher a dias, a minha padeira, a minha engomadeira, que diabo acabe-se com isso, essas pessoas não serão válidas noutros serviços. As escolas Pùblicas não Têm
meios, sabemos, estes por exemplo, a que se acrescenta agora o papel de agente de polícia junto das famílias, è claro que a ministra fala sempre de missão tem medo dizer a nossa política, e mesmo quando fala dos professores, é sempre num fraseado de missão . Isso era em pleno salazarismo. A sagrada missão de cuidar e de ensinar. Nenhum professor, creio, que se preze gosta de assim ser tratado, poças! Ela quer tudo fazer e o alvo está sempre ao lado, o que quer que venha a ser feito tem de ser com professores e meios , não chegam computadores , o orçamento para a educção tem de mais elevado. Pode parecer ingénuo , mas se assim não for ,nada....

r disse...

Gostei de ler esta sua receita.
Julgo ter percebido que se discute o Ranking, tomarei a liberdade de relevar o seguinte:

as condições de ensinabilidade, não são condições necessárias, à aprendizagem. Diria que funcionam como condição suficiente.

gastar a nossa energia a discutir a escola pública, a partir de um mero dado estatístico como o Ranking é mascarar os graves problemas dessa instituição... faz-nos esquecer o abandono escolar, um modelo de organização administrativa e curricular, cuja autonomia é, somente, apanágio de decreto lei, faz-se pouco na prática, a formação de professores....

a escola pública não pode ser um problema da ministra ou dos professores... a educação pública é um problema social, cultural, político (no sentido primordial de político), da sociedade no seu todo.

efectivamente, a escola pública, apesar de tudo tem feito essa coisa da mobilidade social, mas ela é, infelizmente, na sua essência actual, um lugar de reprodução social e não vale a pena mascará-la de computadores portáteis e afins. Não será por aí.

Só para terminar: o sistema educativo não é um centro de emprego! Digo eu, neta de uma analfabeta, filha de uma mulher com a quarta classe, escolarizada e educada na escola pública. A gente que passa, entenda como quiser.

Anónimo disse...

Ensinabilidade? Que conceito é este?
A que me soa? Pedagogês ou didactês?
Concordo, o problema da Escola Pública e um problema social e essas coisas todas, mas é fundamentalmente um problema sociológico. Se não for encarado desta forma, e a ministra é socióloga na sua formação de base , sabe-o bem, nada a fazer. Ela fecha os olhos porque quer , porque sem condições de base igualitárias à partida(materiais, sociais , económicas culturais) não há chegada igualitária aos lugares sociais destinados a prestígio , remuneração etc.
Quem parte desigual chega desigual ou abandona. A pretensiosa classe média já deu conta disto porque suou a bem soar com uma pretensa democratização que lhes acenou com uma bandeira de democraticidade. Quando se sabe destas coisas também se sabe da formação dos professores que hoje têm nas mãos os seus filhos. Nem um recado para os pais sabem escrever.
A escola está desacreditada e para a política do Socrátes quanto mais a ministra pensar assim melhor. A escola pública está destinada a ser asilo de excluídos, fugitivos de prisões, marginais ou vedetas da canção, do desporto , das novelas ... Trabalhar para fazer cursos intermédios não, não posso ter o carro , tenho de viver em casa dos meus pais até aos 40 anos nunca... Quanto mais é pedido o sacríficio , mais o efeito é preverso. A ministra está interessada nos cursos médios como se daí saísse uma classe média, sabe que não ou então é indigência mental. A escola Pública faz -se com professores e alunos, com esforço e com retribuição justa. O resto é paleio de essência e arrogância de quem vem das ervinhas e diz que a escola há oitenta anos era melhor , com mais qualidades e competências dos professores e não o foi.

r disse...

«Ensinabilidade? Que conceito é este?
A que me soa? Pedagogês ou didactês?»

caro anónimo, para lhe definir o conceito de ensinabilidade, teria primeiro de me fazer entender (a mim que sou lenta) que coisa é essa de «Pedagogês» e «didactês».


Ainda assim, teria todo o gosto em discutir consigo, Pedagogia, podiamos começar pela educação ateniense, se quisesse. É curiosa a concepção do pedagogo na Grécia Antiga...
Didáctica, só se for da Filosofia (escolar). Não estou em condições de discutir nenhuma outra.


«Concordo, o problema da Escola Pública e um problema social e essas coisas todas, mas é fundamentalmente um problema sociológico. Se não for encarado desta forma, e a ministra é socióloga na sua formação de base , sabe-o bem, nada a fazer.»

Não é, permita-me! A escola é uma organização sócio-política... a sociologia (uma ciência [também podemos discutir a cientificidade da Sociologia, se quiser] do século XIX). A sociologia não é suficiente para resolver os problemas educativos no mundo actual.
A educação é, na sua essência um problema antropológico: forma pessoas, depois temos as outras abordagens....

«Ela fecha os olhos porque quer , porque sem condições de base igualitárias à partida(materiais, sociais , económicas culturais) não há chegada igualitária aos lugares sociais destinados a prestígio , remuneração etc.
Quem parte desigual chega desigual ou abandona.»


Condições iguais?
O que é isso?
Já está gasta (forma de expressão) a ideia de que a escola massificada, só é democrática no acesso. Não cabe à escola resolver desníveis sociais, cabe-lhe formar pessoas, educá-las, que é outra coisa. Eu sou professora, não sou pscicóloga, menos ainda, assistente social..... a escola não existe apartada das outras instituições sociais, acontece que, neste país, nenhuma funciona.


«A pretensiosa classe média já deu conta disto porque suou a bem soar com uma pretensa democratização que lhes acenou com uma bandeira de democraticidade. »


Certo. Falamos do mesmo, então.

«Quando se sabe destas coisas também se sabe da formação dos professores que hoje têm nas mãos os seus filhos. Nem um recado para os pais sabem escrever. »

Caro anónimo, eu sou professora e sei escrever um recado a quem quer que seja.
Olhe que as generalizações, induzem-nos em erro, são falaciosas.
Lá em cima, queria dizer "suar", certo?

«A escola está desacreditada e para a política do Socrátes quanto mais a ministra pensar assim melhor.»

Pois está. É um problema de outros sistemas educativos europeus, mundiais. Enquanto se continuar a tomar o problema da escola/educação pública como sendo exclusivamente problema de ordem sociológica, como nos quer fazer crer, enquanto os encarregados de educação (bonito conceito este...) não assumirem as suas responsabilidades educativas, enquanto o trabalho em equipa não se fizer (na prática), enquanto permanecerem os corporativismos de bolso......

«A escola pública está destinada a ser asilo de excluídos, fugitivos de prisões, marginais ou vedetas da canção, do desporto , das novelas ... »


Pessoalmente, não tenho qualquer dúvida que assim será. O que o meu caro anónimo, me parece, não apreendeu do meu comentário anterior é que não são as condições, meios, instrumentos que alteram isso? Percebe o que são condições de ensinabilidade? percebe? Não? Eu explico!
Caro anónimo, não é pelo facto dos meninos e meninas terem computadores portáteis, por exemplo, que aprendem. Percebeu? Não acredite nisso!

«Trabalhar para fazer cursos intermédios não, não posso ter o carro , tenho de viver em casa dos meus pais até aos 40 anos nunca... Quanto mais é pedido o sacríficio , mais o efeito é preverso.»

Se bem percebi, isto que afirma não é um problema da escola, enquanto instituição educativa, percebe? Esse modo cultural de estar e ser (digo:ter) na vida, radica, nos valores( digo: desvalores) que norteiam a vida nas sociedades contemporâneas.
Onde é que coloca, aqui, a família, como instituição educativa? Onde?


« A ministra está interessada nos cursos médios como se daí saísse uma classe média, sabe que não ou então é indigência mental.»

?


«A escola Pública faz -se com professores e alunos, com esforço e com retribuição justa.»


Concordo consigo, a escola pública faz-se com professores, os principais actores e alunos (aqueles a quem a acção dos primeiros deve servir). Com esforço, absolutamente de acordo. Acontece, caro anónimo, que essa ideia de que não é preciso esforço para conseguir o que quer que seja, não radica na escola. Parece-me que ignorou, aqui, alguns parceiros educativos.


«O resto é paleio de essência e arrogância de quem vem das ervinhas e diz que a escola há oitenta anos era melhor , com mais qualidades e competências dos professores e não o foi.»

Certamente não se me está a dirigir. Só um ignorante, coisa que não sou, diz que a escola há oitenta anos era melhor. Repare, os estudos estão publicados, a génese da escola pública, a massificação do ensino, a organização administrativa e curricular estão documentados, pelo que, não vou perder tempo com isso. A especificidade do caso português, também.

Anónimo disse...

Rosa disse, e eu acrescentarei : Heróis e Missionários na escola Pública,nunca ou quem quiser . No entanto, há quem calce a bota e bem. Em suma, e ultrapassando as superficilidades, e a metodologia que usou para exprimir opiniões, umas que partilho e outras que nem sequer me fazem pensar, só por isso, esse trabalho merece aqui o meu agradecimento. Oferece-me , contudo, observar que a sociologia , termo cunhado por Comte , na sua lei última de desenvolvimento da sociedade é aquela na qual todos nos encontramos por isso todos divinos. E o Estado Providente.
Eu estou nas antípodas do que é ou foram os pioneiros deste ramo do conhecimento. Sou um marginal. Poderia continuar por aí adiante, mas seria fastidioso responder a básicas insinuações de cátedra de quem tudo quer discutir na blogosfera e assim sendo , parte de Sócrates , a quem percebo que seja afeiçoada dado O MESTRE nunca ter escrito , mas sim o discípulo a quem encarregou e isso fez.
O que sinceramente me aborreceu de morte em tudo isto foi o tom, e tal como a escola tem o tal « espaço mìtico de autonomia » aqui aprendo e com a Stora Rosa, que à familía cabe pelo menos o espaço de «resistência» .
Apenas uma pequena perplexidade: Por que razão a sociedade portuguesa se calou, face às políticas INDUCATIVAS quando outras, como por exemplo, a espanhola e a francesa não o fizeram ?
O que querem os »portugueses» da escola?
Continuo atento agora aos antropólogos como poderei vir a estar a outros ...ologos !
Cordialmente
Ps: E leio o silêncio da cultura oral das crianças do Raúl Iturra.

samuel disse...

Olha!... O primeiro debate "à séria" no Cantigueiro!
Que venham mais!

r disse...

Caro anónimo,
estou em crer que os missionários, são mais São João de Brito e tal, não lhe parece?
Os estudantes não são bárbaros infiéis a converter, logo, o professorado [coloque junto da ensinabilidade que fica bem] não será um conjunto de missionários, ainda que, José, o mourinho, os queira pôr na ordem à chapada e José, o sócrates que nos havia de calhar, os queira tecnologizar [outra ainda, inventei agora mesmo].

A superficialidade de que fala, deve ser a dos lugares-comuns, tipo «pedagogês» e «didacti não sei o quê» do seu comentário, pois que, permita-me, não subjaz ao que afirmei superficialidade alguma. Óbvio que a literacia, (também é lugar-comum), é um problema complexo. Adiante que se faz tarde e tenho de cozinhar o jantar.

Marginal? olhe, somos dois. Eu até vivo rodeada por águas do oceano atlântico. Salgadas, portanto.

À família, caberia assumir-se como instituição educativa/formativa....dava um bom tema para blogue.

Por que se calaram? Ó amigo, essa é uma das grandes questões que coloco em educação. Por acaso, ouve alguém a tomar posição crítica sobre o que quer que seja? Por acaso, conhece alguém cuja vida se tenha alterado/modificado pela interpenetração das críticas feitas por outros [olhe que esta nada tem de superficial. è bastante profunda.]? Por acaso, existe pensamento crítico no nosso país? Pensamento crítico que capacite o cidadão comum do obscurantismo telenovelesco em que vive [tenha calma que não me refiro ao filósofo-rei do seu Platão que liberta os oprimidos das sombras]?
Olhe, eu cá, não, mas sou lenta, já lhe tinha dito.

Permita-me uma correcção. O filósofo grego Sócrates não encarregou o seu discípulo Platão de o escrever. Faça o favor de não perverter a História da Filosofia Antiga.

Fastidioso é continuar nesta caixa de comentários com tantos outros posts interessantes, neste blogue.

Boas leituras.
Inteire-se, também, da enologia [outros ologos...] e acompanhe com um bom vinho.

Anónimo disse...

Cara Rosa,
agradeço-lhe sinceramente os seus desabafos, pois na blogoesfera , sempre nos encontramos para nos ajudar uns aos outros. No entanto, apraz-me felicitá-la pela metodologia que usa para me fazer compreender o que é da ordem do evidente. Lamento também o tempo que perdeu ontem« a cozinhar o jantar» e estou « em crer» que não irá perder , a àgua- pé e as castanhas, hoje.
Foi pena ontem não ter vindo aqui, asseguro-lhe no entanto, que estive ocupado com um programa de televisão nada mais nada menos que um ologo também. Tratou-se de olha o passarinho.
Sinceramente, não me quero adiantar muito , todavia existem algumas ideias , que gostaria, se me permitisse salientar. Em primeiro lugar nada tenho contra si, simplesmente não aprecio o tom compulsivo com que expõe ou supostamente apela à sua lentidão. É de facto, uma questão de ordem pessoal que não me cabe , a mim explicar porque não sou psicólogo. Não gostaria de facto que fosse professora de filosofia de ninguém que me estivesse por perto, precisamente porque só considera a escola e nomeadamente o papel dos professores negativos quando se trata do ensino privado , já quando se trata da escola pública , reduz o papel do professor â mera correia de transmissão de conhecimentos absolutamente neutros . É incapaz
de particularizar , eu faço.
Estamos de facto de costas voltadas por razões epistemológicas, e práticas e nem numa conversa de café nos entenderíamos. Nela ,talvez e dado
o solilóquio eu aprendesse consigo que na Grécia Antiga os cidadãos compravam a liberdade, os comerciantes também , as mulheres não tinham existência, e que a par do negócio existia o ócio, sabendo que muito dele se fazia à conta do trabalho escravo. Refiro-me ao pensar e não ao achar ou ao estou em crer.
Diz-me que tal como eu é uma marginal, não vejo como fez tal operação. Se a escola pública não tem um sistema, como se marginalizou? Marginalizaram-na , marginalizou-se. Penso que nem um facto nem outro, talvez expie.
Quando digo expiar, refiro-me aos professores que o tal contexto
sócio-politico, político no sentido de muda governo muda política é isso , para que o conceito aponta? Os professores com anos de trabalho àrduo prestado precisam agora de mais formação é ? Para serem mais titulados, para que se encontrem mais meios de a essa condição acederem, através de cargos externos contados à décima? Para verem o seu trabalho e seu estatuto devidamente reconhecido ?
Quem trabalhou em sindicatos e optou por outras requisições conseguiu?
A Escola Pública desaparecerá é talvez uma ideia que ainda pouco posso fundamentar, mas com a des-u niversalização de tantos serviços públicos estará na calha. E, então ficará reduzida para quem já nomeei. Não me dirijo mais a si outros comentadores que o façam , dado que há postes muito mais interessantes, o que de resto não me admira dada a forma como contrapõe valores a desvalores. Cordialmente

r disse...

Caro anónimo
discutimos o quê?


«Em primeiro lugar nada tenho contra si, simplesmente não aprecio o tom compulsivo com que expõe ou supostamente apela à sua lentidão.»

Qual é a legitimidade de tal afirmação? Nem contra, nem a favor, caríssimo. O tema da discussão era a escola pública. A sua pessoa, sem identidade assumida, ou a minha, não interessam para nada.
Diria que necessitaria de perceber o conceito de ironia (a do Sócrates grego) para enquadrar isso que designa de compulsividade.
Evidências?
Está a afirmar que lhe explico evidências?
As evidências não carecem de explicação, nem o meu discurso é explicativo. Adiante que o jantar já está no fogão.

»Não gostaria de facto que fosse professora de filosofia de ninguém que me estivesse por perto, precisamente porque só considera a escola e nomeadamente o papel dos professores negativos quando se trata do ensino privado ,»

O senhor não percebeu rigorosamente nada daquilo que eu disse. Deve ser uma questão de ordem pessoal...

«já quando se trata da escola pública , reduz o papel do professor â mera correia de transmissão de conhecimentos absolutamente neutros .»

Olhe, agora é o momento em que estou a rir a gargalhadas loucas.

«É incapaz
de particularizar , eu faço.»

O que é que deseja que particularize?

«Estamos de facto de costas voltadas por razões epistemológicas, e práticas e nem numa conversa de café nos entenderíamos.»

Acha?

«Nela ,talvez e dado
o solilóquio eu aprendesse consigo que na Grécia Antiga os cidadãos compravam a liberdade, os comerciantes também , as mulheres não tinham existência, e que a par do negócio existia o ócio, sabendo que muito dele se fazia à conta do trabalho escravo. Refiro-me ao pensar e não ao achar ou ao estou em crer. »

Cá estão as evidências. Já percebi!....

«Diz-me que tal como eu é uma marginal,»

Eu sou. Vivo na margem do atlântico, logo: sou, ou melhor, estou, marginal.

«Se a escola pública não tem um sistema,»
?????

Acompenhe com a água-pé e as castanhas, compulsivamente não convém:

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/03/de-ns-prprios-e-das-abelhas.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/03/qual-ser-o-louco-nossa-medida.html


http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/do-alvio-dos-fazedores-de-actas.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/acto-de-coragem-i.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/do-bsicoelementar.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/aprender-ser.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/apologia-do-no-retorno.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/02/da-condio-humana-nota-breve.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/02/krisis.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/02/o-essencial-invisvel-para-os-olhos.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/02/desapropriao-da-obedincia.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/do-currculo-programa-ao-currculo_31.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/01/do-currculo-programa-ao-currculo.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/07/modelos-curriculares.html

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/07/modelos-curriculares-2.html


etc etc e tal e tal e afins...

tudo isso, sem metafísica:

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/02/sem-metafsica.html

Faltam-me as castanhas a água, o pé, já tenho:

http://pequenoescrito.blogspot.com/2007/04/euscaminhantes.html

Saudações cordiais

Anónimo disse...

Cara sra, já tinha dado o debate por encerrado e isso por não apreciar, a forma como interroga e dá a resposta, a que chama ironia socrática; quem quiser consulte os comentários, e perceberá. Por outro lado , creio que essa prática nada tem de socrática, e a ironia com que a classifica é puramente sua. Pauta-se pela agressividade, por insinuações malévolas, é excessivamente compulsiva . Não aprecio, estou no meu direito. Já lhe afirmei que concordo com alguns aspectos que aflora e outros não . Não corri de fim a pavio tudo o que disse, por em alguns deles encontrar pertinência, mas minha cara, acha que as evidências não se discutem , como não sou de filosofia , parto delas quero perceber...Se afirmo esse tom compulsivo, faço-o por razões de estima que tenho pela língua, e » compulsividade » não existe em lado nenhum, talvez, digo eu , não sei, alinhe com »ensinabilidade» e o problema do ensino seja de tal forma que se aprenda, essa forma de estar com lentidão ou velocidade . Desejo-lhe as maiores felicidades e passo a centrar o problema que entretanto espero ver discutido. Cordialmente

Anónimo disse...

Há cerca de trinta anos abriu-se a Escola à Sociedade, universalizando-se o sistema de ensino, pautando-se este por valores de igualdade de direitos, oportunidades e independentemente da raça ,do género, da condição social-.... Passado todo este tempo a escola continua por se universalizar, assistindo-se a elevado abandono e insucesso escolar. Não me interrogo sobre o que foi feito, embora merecesse, interrogo-me sobre o que querem ou esperam as famílias da escola. Sãos os filhos e filhas dos primeiros ditos massificados que dela nada esperam ou querem e afastam. Porquê? Vivemos é certo num outro mundo, mas, em meu entender, este princípio do »primeiro mundo» ainda não foi alcançado? A escola
perde o seu papel de formadora
socio - profissional no sentido alargado do termo, em nome de quê? Assistimos agora a uma polìtica de retorno obrigatório e de estudo forçado, como será viável? Não vejo forma. Temo pelos meus netos, como me dizia uma amiga... Parece simples, mas só asim poderemos discutir, falando cada um da forma como pensa, vê ...
Cordialmente

r disse...

Críssimo anónimo
acontece que não lhe reconheço a legitimidade para dar o debate (?) por encerrado.
Teria sido interessante discutir consigo, mas passou à ironia sarcástica que, também eu, não aprecio. Para quem se afirma como não sendo psicólogo, usa excessivamente, de conceitos com conotação psicológica, tais como: agressividade,compulsividade e insinuação. Meu caro, eu não insinuo, seja por bem ou mal; os bois têm nomes e é pelos nomes que os chamo.
Não lhe disse que as evidências, se não discutem, questionei a pertinências da sua discussão, que é outra coisa; afirmei-lhe que as evidências, não carecem de explicação. A natureza das evidências é, exactamente, a de serem explicativas e, aquilo que é explicativo carece, obviamente, de compreensão, fundamento justificativo. A explicação- evidente, há-de concordar, é superficial; remete para o aparente; para o "parece que". parece que o ranking explica os problemas da escola... parece, porque é, efectivamente, um dado a ter em conta, não desprezível, mas só por si, não fundamenta as questões educativas. E esta é, desde o início, deste debate (?) que se sente no direito de encerrar, a minha posição. A sociologia não é, sózinha, competente para fundamentar os problemas da escola. Ela responde à questão: quem são os meninos e as meninas que chegam à escola? São filhos de quem? Onde moram? os pais têm biblioteca? e por aí... mas não responde às questões: como é que esses meninos e meninas, filhos daqueles pais, a morarem naquele sítio, com (ou sem) biblioteca aprendem? Como é que fazemos com que eles aprendam? e também não responde a estas outras questões: o que é que é necessário que estes meninos e meninas aprendam? o que é que desejamos que estes meninos e meninas venham a ser (como pessoas)? quais são os sonhos destes meninos e meninas? O que é que temos de fazer (e não fazer) para que, estes meninos e meninas em quem o desejo de saber, se encontra mascarado de "Morangos com Açucar", "Operações Triunfo" e outras tretas do género, possam sonhar?
Muito fácil, caro anónimo, é medir-lhes a inteligência em escalas numéricas e fazê-los ser aquilo que nós (salvo seja)queremos que eles venham a ser. Isso é o que se faz. A escola-fábrica que nós temos, é um veículo de reprodução social, cujas políticas são definidas e impostas do exterior, ao serviço duma elite pensativa(?), para que esses meninos e meninas, venham a ser aquilo que essa elite deseja que eles e elas sejam. Isto não é agressividade, menos ainda compulsividade, é a verdade, nua e crua, perene, se, os professores, os pais e a sociedade no seu todo não assumir, urgentemente, que a educação é um problema que respeita a todos. A tal «comunidade educativa» que só existe no Decreto-Lei.
Deixo-lhe outro tópico, agora, efectivamente em tom provocativo, porque passível de interpretações diversas:
A educação é uma utopia!
Uma utopia necessária: a esperança.

r disse...

Caro anónimo, vejo é que não nos estamos a escutar, porque, no fundo, falamos do mesmo.

«Há cerca de trinta anos abriu-se a Escola à Sociedade, universalizando-se o sistema de ensino, pautando-se este por valores de igualdade de direitos, oportunidades e independentemente da raça ,do género, da condição social-....»

Infelizmente, essa igualdade só é visível no acesso, na entrada, na escolarização (não digo formação).

«Passado todo este tempo a escola continua por se universalizar, assistindo-se a elevado abandono e insucesso escolar. Não me interrogo sobre o que foi feito, embora merecesse,»

É necessário interrogar o que tem sido feito e como se está fazendo, exactamente, por ai se encontram os obstáculos a agir de outro modo.


«interrogo-me sobre o que querem ou esperam as famílias da escola. Sãos os filhos e filhas dos primeiros ditos massificados que dela nada esperam ou querem e afastam. Porquê?»

Ora, cá está. Falamos e questionamos o mesmo.E respondo-lhe com outra pergunta:

como se pode compreender os níveis de abstenção, no nosso e outros países?
Encontre-se a resposta e a sua pergunta será, também , respondida.

Anónimo disse...

Anónimo disse: Quem tem um blogue costuma fazer dele o que quer, posta o que entende, situando-se na esfera dos seus interesses e divulgando-o junto de amigos , abrindo-o a comentários a outros ou fechando-os ou removendo.... Falo dosfuncionamento dos blogues em geral que todos conhecemos.
Acontece que frequento muitos, comento aqui e ali ,outros passo ao lado. No entanto , existem muitas vezes linguagens cúmplices, e os comentários pautam-se pela elipse, pela omissão , pelas entrelinhas como tudo fosse dado por entendido. Admito que há linguagens de grupo nos campos do racional e do afectivo, do conceito e do preconceito se assim dicotomizarmos. Por isso minha cara , eu sou efectivamente lento por um lado, mas não ingénuo e por outro, existem afirmações abreviadas, como a da cientificidade da sociologia Século xix , ou o do papel do antropólogo na escola, ou que à escola não cabe isto é aquilo Etc. Não estou a ser sarcástico, mas costumo sê-lo e até corrosivo em muitas situações públicas porque também eu chamo o os bois pelos nomes, e exijo à hipocrisia que tire a máscara, e essa tira-se ao/à político/a e aos seus lacaios
que assumem sempre em rodapé o que os senhores dizem ... Aos/ás políticos e outros/as. Não perdoo, tenho muitos problemas com isso como pode imaginar, mas dentro dos meus limites sou honesto. Não nos entendemos porque usámos o mesmo registo, não havia outro que se me afigurasse possivel, a si também, penso, não usei a fòrmula dominante » obstáculos a optimização do dìàlogo» desde que aquele que quer impor o seu ponto de vista veja o seu como dominante.
Se a minha linguagem apresenta conotações psicológicas, faço- o por intuição muitas vezes por acreditar que este é o melhor meio, sou máis rápido do que inteligente, embora digam que é uma qualidade , não me parece que assim seja, e sorrio, não rio porque mesmo entre os dois actos comunicativos há diferença. Acredite. Assim como acredite também que muitos não falam, pensam que está tudo dito , não há nada mais a fazer que colocar no seu blogue o henné do Abrupto ou outros idênticos, para a partir daì parecer bem-pensante. Quantos passaram por aqui para ver como nós dialogámos, ou para parecer se há classe média, termo que abomino , por ser a mais abjecta das importações americanas , porque depois destas no seu escalonamento de inferior para superior, outros não existem, o mesmo se passa como os termos portugueses, os europeus etc. Leu-me mal, num sentido de que eu queria fechar o debate, aproximei- me, e na dúvida se consiguisse poderia continuar, recentrei, só isso. Continuo já a seguir.

Anónimo disse...

Falharam-me vírgulas e tenho um erro no verbo conseguir.
A utopia da esperança só a vejo como práticas levadas a cabo pelas populações , que possam ser capazes de se organizar à escala do seu distrito e com reivindicações assinadas e entregues aos orgãos de soberania , que reconheçam e assumam por escrito.
por exemplo, que o não trabalhar é o mais vil ataque à condição humana.
Os cuidados saúde são sinónimo de extinção dos mais pobres, porque
são eles que dela dependem, e assim o estado é o maior assassino administrando-lhes a morte lentamente.
A habitação é igualmente uma das mais poderosas condenações que um ser humano está sujeito porque vive no lixo, ou nos portais das casas a especular.
Que a ajuda humanitária do banco para fome é pura hipocrisia e desvergonha , basta perguntar a profissão e cargo que os pais ocupam e verificar como expiam a má consciência
Que se destruiu a família alargada e as solidariedades informais, em nome de uma formalidade familia nuclear.
Que a maior afronta á dignidade humana consiste em uns trabalharem 12,14 , 16 horas e outros nada.
Que um cozinheiro não pode ser um mês pedreiro e outro, bagageiro etc
O regresso ao darwismo social apresenta-se em grande forma e monstruosamente.
Também os saberes empobreceram porque se apenas a sociologia apura da realidade as regularidades que aponta , está ela em plena divisão do trabalho intelectual , e como se ciência libertadora que poderia ser tornou-se numa ciência patroa, o que não me admira dado ajuste de contas que a ministra presta ao seu passado, e com as suas insuficiências de socialização bâsica.
Só a cidadania responderá à esperança, abandonem-se sindicatos , já viu são 17? E criem-se frentes de resistência nestes domínios Escola e família.
Ensine-se a igualdade de género, já viu os livros do ensino básico , As Leituras do João, sucedâneos e os conteúdos . Já viu que uma criança e apenas chamada com o nome do pai como apelido, que nunca mesmo assim sendo, se explica como quer ser chamada? E O nome próprio cabe sempre a quem? E tanto e tanto, e não há maneira ... Este é o país mais atávico e velho , atrasadíssimo que humilha quem não lhe faz frente. Toda a memória que tem é das Descobertas , naus e mares e também as escritoras e escritores a eles regressam e se enriquecem. E os autores como são escolhidos para ficar na memória , que lobies....
Que contéudos são cortados dos programas de literatura por exemplo , na filosofia o que acha relevante e que lá não está? e por que razão a queriam subtrair de alguns anos e àreas
cordialmente....

Anónimo disse...

Hoje no Diário de Notícias: Governo oferece 300 euros mensais a famílias de acolhimento de crianças----
E?
Hoje , não, ontem o que me vale são os cafés!

r disse...

Sim, sim, sim Senhor, caro anónimo
que é como quem diz, eu trabalho e está quase na hora de picar o ponto, pelo que, não terei por hora, tempo de lhe responder .Deixe-me dizer-lhe: benditos os cafés, olhe que deixou aqui assunto para infinitos blogues, diria até: uma vida inteira.

r disse...

Dicotomias?

Claro, cada um faz do seu (próprio) blogue o que muito bem entender: democraticidade no acesso (acesso!) à informação (bem, conheço educadores que nem sabem como usar um e-mail e dizem-no de barriga cheia e sorriso no rosto, nas Acções de Formação que frequentam para acumularem pontos [até me dá urticária] e subirem na carreira).
A propósito de blogues, deixe-me perguntar-lhe: para que servirá um blogue sem caixa de comentários?
Julgo saber, haver quem lhe chame masturbação intelectual, eu chamo-lhe (1) estupidez pretensiosa ou (2) narcisismo iluminista.
Se, aquilo que se publica, não é passível de ser discutido “com quem passa”, melhor seria que se escrevesse em folhas de papel reciclado (cf. Ecologia Profunda) e se guardasse na gaveta da mesinha de cabeceira ou na dos panos da cozinha. O Kierkegaard qu’era um gajo que, de tanto problema existencial, chegava à náusea, para não referir o que se deu ao trabalho de nos mostrar como conduzia a razão, uma canseira e, no final, mostra-nos Deus como fundamento, certamente gostariam de ter blogues sem caixas de comentários. Digo eu.
As suas aportações não se me apresentam como ingénuas. Eu costumo dizer que sou lenta, mas não estúpida. Não creio (não me parece) que confunda simplicidade com simplismo.

Caro anónimo, não tenho intenções de impor acriticamente pontos de vista a ninguém; será preciso que, esse outro, adira de forma consciente (responsável)/esclarecedora ao que considero dominante. Isso é discussão: trocar ideias, buscar a compreensão dos pontos de vista, através dos argumentos que se apresentam. Óbvio que, se, racionalmente (afectivamente, também, que não são dicotómicas), me convencer da pertinência do seu ponto de vista, eu adiro a ele e abandono o meu, se for caso disso. Isso é crescimento, através da discussão: diálogo (dia=através+logos=razão, discurso, pensamento, teoria…). Logo, os gostos discutem-se e ainda bem.

Intuição?
Gosto da intuição como instrumento elucidativo/pensativo, ainda que, a dedução, seja sempre privilegiada em critérios de cientificidade.

Ah, pois é! Atão n’a sabia que fica bem linkar Abruptos. Eu não faço links por incompetência informática, mas vejo por aí uns ecletismos que não consigo encaixar, deve ser da tal lentidão que não aprecia. Não percebo! Como é que se encaixa um Paulo Coelho e um Lobo Antunes com um comentário, tipo: “Beijinho Grande”, por exemplo? Não sei! Nunca li Paulo Coelho e o Lobo Antunes não é gajo que se leia; é para mastigar, degustar, ruminar, digerir e voltar lá, mastigar, degustar, ruminar, digerir… e voltar lá….

Anónimo, não lhe faltam só as vírgulas, estes seus comentários, são duma escrita compulsiva… (intuição feminina, nada de psicologismos)..

Ah, pois é, ainda! Não tenho dúvidas, pequenas-comunidades-agentes, pensando e levando à prática a consecução das suas necessidades. Em relação ao seu segundo comentário da última leva, assino por baixo e até lhe dava um abraço.

Não o maço com problemas da filosofia escolar. Ficará para outro momento, se for caso disso.

Anónimo disse...

Cara Rosa,
Por onde começar? Talvez pelo funcionamento dos blogues , e desde já entendidos, a não ser na remoção que poderá querer dizer: as tuas ideias aqui não entram, porque os meus , ou os/as meus/minhasamigos/as , nunca saberão o que pensas sobre... e a minha identidade é aqui construida por mim e como quero.
Tenho apenas uma visão espontânea sobre o assunto, mas seria pertinente analisar conteúdos de forma a estabelecer perfis e a desmontar ideias feitas e sobre todos os assuntos abordados desde a arte à ciência, passando pela política , outras ciências como a física, química , etc, Raymond Boudon, escreveu sobre a ideologia das ideias recebida, num livro que li com agrado.
Quanto a Kierkegaard, deixei nos bancos da escola há muitos anos, sei apenas que era protestante e comprei o Traité du Desespoir,mas faltou-me paciência ,tempo e coragem para o levar a bom porto.
Gosto de filosofia , não encontro meio de o negar. Alguns autores ajudaram -me a pensar outros nem tanto e tal interesse e/ou desinteresse não são devidos aos professores que tive. No entanto, não me foi difícil compreender, suponho , o que disse relativamente ao filósofo. Não sei que autores são contemplados nos programas de filosofia, em que anos escolares e quais foram retirados e em nome de de quê? Só se, e se tal fosse relevante para o que aqu disctimos ,»Ensinar a pensar o mundo/ sociedade» então valeria a pena apresentar como denúncia.
Espere um pouco se me dá licença, se entretanto aqui vier, porque vou ter que estar presente à mesa por razões familiares , Volto já!

Anónimo disse...

Talvez passem outros que queiram dialogar...
Então será muito mais importante, o que se vai deixando aqui.
Stop ; pare , ou avance a nada é obrigado/a

r disse...

Samuel
desculpe esta invasão da sua casa, mas este anónimo não desiste e eu também não sou cachopa de desistir.
voltarei
que também, agora, estou atrasada para a janta.

Anónimo disse...

Cara Rosa ,
não vejo porque há-de pedir desculpas de invasão a uma casa, o Cantigueiro, quando se trata a meu ver de uma janela aberta para aquilo que eventualmente chamará a Polis. Nem o Samuel nem você nem eu , estamos aqui para nos calar ou fazer calar, não suponho ninguém aqui tão neo-liberal. Nem percebo essa terminologia de calar e cachopa.
Quando fala em intuição, percebo ... Já não percebo quando aparelha nomes como o do Lobo Antunes e Paulo Coelho, é uma armadinha perigosa porque os dois configuram
universos distintos. Causar-me- ia igualmente estranheza se procedesse da mesma forma juntando
Lídia Jorge e Rita Ferro ou até mesmo Inês Pedrosa. Não saberia do que estava a falar e só pensaria em critérios editoriais, a mesma editora ,muito embora pese a letra, mas so à letra o que disse.
Fala-me de compulsão, agora sim, compulsão e não compulsividade por a palavra,não existir lexicalmente. Além do mais esta como outras, só as podemos encontrar em campos específicos do saber por não termos sequer uma pequena tradiçãozita em nenhum ramo do conhecimento social , e nos demos ao desvio estilístico de a inventar. Por outro lado é frequente o o cruzamento de termos cientificos no senso-comum sendo o contrário também verdadeiro. Observa que a minha escrita é compulsiva e a sua sobretudo a do dia 20 deste mesmo mês, e em outros postes, diria eu que não sou psicólogo que se trata de uma projecção e aqui evoco o que disse anteriormente. Penso que por aqui estamos conversados. Continuarei, respondi a tudo e não só ao que me parecia...
Sejamos claros !

Anónimo disse...

A escola disse-me num dos postes que era um mero instrumento de reprodução social e não lhe caberia a ela desfazer níveis sociais , o que para mim foi claro dada a minha formação de base. Agora permito-me avançar relativamente aos manuais escolares, de língua portuguesa do primeiro ciclo de estudos, como veículos da ideologia dominante do Estado
Aqui jogam três factores distintos a saber:
1º produtores de manuais
2º editoras
3º sociedade(Ministério)
São os primeiros nas pessoas dos
pedagogos, professores e didactas
e psicologos em geral e os cognitivos que não entendem o país em que vivem, caso contrário não
1º apresentavam crianças a crianças com clichés de discriminação de género: as leituras do Joâo, o livro do Micas ..., às raparigas com papel pseudo-activo , os rapazes sempre sensíveis, a jogos naturalizados como masculinos, actividades recreativas de uns e outras, não apareceriam de forma desigual, a diferença entre cidade campo não seria idealizada como há 50 anos , os papéis sociais seriam idênticos no desempenho das tarefas, já não falo nos exercícios de redescoberta de palavras que são autênticos quebra-nozes.
Na elaboração dos manuais o papel o dos antropólogos seria fundamental, só eles poderiam explicar uma linguagem de parentesco que servisse de modelo as composições e recomposiçoes familiares. Caber-lhes-ia ensinar e explicando a professores a forma como alunos gostariam de ser chamados, já que é o apelido do pai que permanece e o da mãe fica subalternizado; a criança ou o adolescente tem o direito de ser tratado de acordo com o que sente e merece assumir dessa forma simbólica o papel de autoridade maternal ou paternal no seu crescimento. Isto merecia aqui ainda muito mais desenvolvimento.
A não diversidade de escritores , de literatura infanto-juvenil parece ser uma regra de compadrio entre todas as entidades com responsabilidade, surgem sempre os mesmos.

Aprecio Sophia, mas aquilo é muito arvoredo para uma criança compreender e por outro lado onde ir para que ela perceba empíricamente o que é...
São estranhíssimos os critérios e direi retrógrados de produção de manuais e esta situação de desfazamento da realidade tem implicações gravíssimas para o desenvolvimento de uma criança na sociedade em que vive. Isto precisa de ser denunciado. !
1ºSugiro que se passe blogue a blogue alguma forma de ouvir todos os comentários de especialistas e pais ou cidadão comum...
2º Findo um prazo se elabore um documento.
3º se recolham assinaturas suficientes a serem entregues na Assembleia da República.
4º correr á pedra qualquer partido que se aproveite da situação
5º chamar a Ministra da Educação ao parlamento e assacar-lhe responsabilidades assim como ás comissões e sub- comissões
6 - recolher assinaturas que justifiquem a ida a um qualquer tribunal internacional

Não sou idiota nem falo para o ar, a utopia faz-se no dia-a-dia , com o tal capital de esperança.

Eu estou para o que der e vier e vocês ----? cordialmente

Anónimo disse...

A escola disse-me num dos postes que era um mero instrumento de reprodução social e não lhe caberia a ela desfazer níveis sociais , o que para mim foi claro dada a minha formação de base. Agora permito-me avançar relativamente aos manuais escolares, de língua portuguesa do primeiro ciclo de estudos, como veículos da ideologia dominante do Estado
Aqui jogam três factores distintos a saber:
1º produtores de manuais
2º editoras
3º sociedade(Ministério)
São os primeiros nas pessoas dos
pedagogos, professores e didactas
e psicologos em geral e os cognitivos que não entendem o país em que vivem, caso contrário não
1º apresentavam crianças a crianças com clichés de discriminação de género: as leituras do Joâo, o livro do Micas ..., às raparigas com papel pseudo-activo , os rapazes sempre sensíveis, a jogos naturalizados como masculinos, actividades recreativas de uns e outras, não apareceriam de forma desigual, a diferença entre cidade campo não seria idealizada como há 50 anos , os papéis sociais seriam idênticos no desempenho das tarefas, já não falo nos exercícios de redescoberta de palavras que são autênticos quebra-nozes.
Na elaboração dos manuais o papel o dos antropólogos seria fundamental, só eles poderiam explicar uma linguagem de parentesco que servisse de modelo as composições e recomposiçoes familiares. Caber-lhes-ia ensinar e explicando a professores a forma como alunos gostariam de ser chamados, já que é o apelido do pai que permanece e o da mãe fica subalternizado; a criança ou o adolescente tem o direito de ser tratado de acordo com o que sente e merece assumir dessa forma simbólica o papel de autoridade maternal ou paternal no seu crescimento. Isto merecia aqui ainda muito mais desenvolvimento.
A não diversidade de escritores , de literatura infanto-juvenil parece ser uma regra de compadrio entre todas as entidades com responsabilidade, surgem sempre os mesmos.

Aprecio Sophia, mas aquilo é muito arvoredo para uma criança compreender e por outro lado onde ir para que ela perceba empíricamente o que é...
São estranhíssimos os critérios e direi retrógrados de produção de manuais e esta situação de desfazamento da realidade tem implicações gravíssimas para o desenvolvimento de uma criança na sociedade em que vive. Isto precisa de ser denunciado. !
1ºSugiro que se passe blogue a blogue alguma forma de ouvir todos os comentários de especialistas e pais ou cidadão comum...
2º Findo um prazo se elabore um documento.
3º se recolham assinaturas suficientes a serem entregues na Assembleia da República.
4º correr á pedra qualquer partido que se aproveite da situação
5º chamar a Ministra da Educação ao parlamento e assacar-lhe responsabilidades assim como ás comissões e sub- comissões
6 - recolher assinaturas que justifiquem a ida a um qualquer tribunal internacional

Não sou idiota nem falo para o ar, a utopia faz-se no dia-a-dia , com o tal capital de esperança.

Eu estou para o que der e vier e vocês ----? cordialmente

r disse...

Caro anónimo
Esta sua forma de se expressar requer, da minha parte, um grande esforço de interpretação. Já pensou fazer 1, 2, 3 ou até 4 blogues? Assunto para desenvolver é o que não lhe falta e traz as lições bem estudadas.

Não considero pertinente analisar aqui conteúdos programáticos da disciplina filosofia, que ainda há pouco era Introdução à Filosofia e no seu e meu tempo, era Filosofia, sendo que, não passava de História da Filosofia. História das Ideias não chegou a ser, que os professores-pensantes não deixaram.
Dependendo dos seus interesses pode ser consultar o programa da disciplina e outros documentos aqui:

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/Paginas/default.aspx


Também pode optar por este:

http://www.spfil.pt/

Não esquecendo:

http://www.apfilosofia.org/

Talvez lhe escape esta ou aquela subtileza, digo eu, não sei.

Boudon nunca li. Aliás, estou dada a poucas leituras. Comecei uma camisola quase há um mês e ainda só fiz uma parte e para o 2º P já programei o croché. Tenho de entreter as mãos que o tempo parece que não passa.
Fez muito bem em não seguir os caminhos do Desespero, ainda para mais em francês…
Aquilo de que se gosta não pode nem deve negar-se. Invista! A lógica (não é a da batata) é um instrumento fundamental do pensamento, mas quiçá, se não lhe escapam alguns gostos…

O programa de filosofia actual é, fundamentalmente um programa temático. Os filósofos surgem, digamos, em função dos conteúdos, teses e argumentos (eu nem acredito que escrevi isto [pequena nota, caso passe por aqui, alguém da área, algum lektonizado (inventei agora)] ) filosóficos. Não considero importante discutir nesta caixa de comentários os contornos do ensino da filosofia (escolar) de nível secundário.
Pessoalmente estou mais interessada num investimento precoce dessa aprendizagem que podia (pode, porque se faz já) ser implementado ao nível das autarquias, em escolas do pré-escolar e primeiro ciclo do ensino básico : Filosofia para Crianças.
Para quê?
Pesquise e logo tirará conclusões. Conhece o provérbio chinês? É preciso ensiná-los a pescar, ao invés de se lhes dar o peixe…. O peixe consome-se e depois não resta nada, a não ser os muitos que continuam a precisar de peixe e um pequeno grupo que domina a arte da pesca.

r disse...

Anónimo
não é necessário repetir-se, que percebemos à primeira.

Nós também estamos para o que der e vier. Nós também!,não imagina o quão díficil é. digo eu, sei lá.


Manuais?
Disse quase tudo, porque nunca se diz tudo: o dogmatismo não mora aqui!
sabe como é que o meu filho diz: cagadinhas! E está carregado de razão, são cagadinhas de Pipis e Popós , e titis, a pensarem que os putos são totós.

Um grande negócio e os encarregados de educação compram, pagam...

Sabe que , em Espanha, é o apelido da mãe que prevalece?


A empeiria anónimo, essa mesmo. As coisas que sabe......

Anónimo disse...

Exma Sra DrA Rosa....
Permita-me que lhe diga que não compreendeu nada do que disse, relativamente a filósofos e filosofias. Falei-lhe aqui do meu interesse pela filosofia, e se bem se lembra foi na condição de professora que se pôs ao dispor( verifique o que escreveu ) como professora da àrea , ora como pode calcular poderia sempre fazê-lo e oportunidades não me faltariam , como pode imaginar, no entanto falei um bocadinho.
Não compete aqui é claro discutir questões de foro profissional, porque não sou professor de Filosofia e mesmo que o fosse, isso seria completamente inadequado, se no que diz respeito a outros ramos do saber o é, por que razão aqui não o seria, só porque se trata de Filosofia.
Perguntei-lhe , isso sim, se existiriam algumas problemáticas ou filósofos que tivessem interesse a serem estudados ,e tivessem sido retirados e por que razões, caso existissem.
Falei-lhe de um filósofo, a propósito de uma referência sua, acrescentei um sociólogo pelas razões que apresentei, quanto do que é apresentado como cíentifico não o é . Só isso e nada mais. Ofereceu-me uma explicação de um filósofo, disse que supunha que a tinha entendido.
Agradeço-lhe todas as informações
relativas ao assunto e por bem as consultarei.
Considero importante o ensino da filosofia precoce como considero, o ensino de qualquer outro ramo do conhecimento, por exemplo, a psicologia, a antroplogia ou a geografia , mas não vejo por que razão atribuir o »Império» de interrogar à filosofia... Só isso. Compreende?
Qualquer investimento que venha a ser feito será sempre bom , em qualquer àrea , não acha ?
oS meus respeitosos cumprimentos

Anónimo disse...

Cara Rosa, sei-a ocupada com uma camisola , mas não seja por isso , regresse quando entender, e ofereça-se a essa destreza que vai perdendo lugar nos nossos dias. Como trago a lição bem sabida, só a posso perceber não como Penélope, nem como rosa do eterno feminino.
Será um castigo esperar?
Não creio, assim como sabe muito bem que eu não trago lições sabidas, eu trago propostas e quero agir. Não suporto quem critica e nada faz, esses também os descobrimos. Por isso, e só por isso, e como não tenho conhecimentos em todas as àreas propus que se fizesse uma grelha de leitura e se mostrasse como a escola reproduz no obsoleto, não acompanha a realidade, nem reprodutora é, é qualquer coisa que mal sei nomear,no entanto pensarei .
Quanto ao nome do pai ou o da mãe , essa posssibilidade de primeiro um e depois outro , mudou por lei em Espanha. Um historiador explicar-lhe-ia a razão do modelo de herança genealógica, um antropólogo também nos dois países. Apenas posso acrescentar que desconfiei dela e fui lá por intuição da palavra,a delante , delante, não siginificam exactamente o mesmo.
Os modelos genealógicos refiro-me a herança do nome, com tudo o que isso implica desde o nome próprio aos apelidos têm sempre implicações na singularidade da pessoa ,o que a família dela espera e o que pelo patronímico se herda.... Não a maço mais. Mas espero obter de si um sim ou não á proposta de elaboração de uma grelha que desmonte o que está a ser ensinado na escola , ao nível do primeiro ciclo de estudos, de forma a alertar quem de direito...
Sem mais por hoje! cordialmente

r disse...

Isto começa a divertir-me.

Anóninmo
a Senhora está no céu, os Doutores prescrevem receitas e, ainda que, por acaso, o post se designe «Receita», eu não as prescrevo e o Exma. guarde para quem desejar.

Quem fala do que não sabe, escuta o que não quer. Se não compreendi, ainda, foi porque o senhor, se não soube explicar.
Introduza o assunto, desenvolva-o e conclua a ideia, ao invés de sobrepor os assuntos de forma caótica e imperceptível ao comum dos mortais.

Caro anónimo, não reconheço à Filosofia o querer abarcar em si as finalidades educativo-formativas de todo o sistema educativo. O que lhe reconheço é a primazia no ensino da competência crítica; no ensino dos instrumentos que permitem pensar de forma coerente, capacitando toda a mulher [não é inocente falar primeiro dela, óbvio] e todo o homem para a (auto)consciência de si, dos outros e do mundo(sentido lato) envolvente, a partir das suas circunstâncias de enraizamento, porque cada um, claro está, não existe em abstracto. Bem como, a oportunidade de sistematização desses outros saberes, todos eles parcelares e enquanto tais particulares.

Bem sei que falou de um filósofo, a saber: Kierkegaard. Os desesperos e angústias de Kierkegaard a mim, não me interessam para nada. Deixou latente a referência a Descartes, óbvio que me interessa somente como referência na construção do pensamento moderno. René Descartes, se isso lhe interessa, é estudado no 11º ano de escolaridade.

Em que termos pretende discutir o estatuto da(s) ciência(s)? Defina-os e discutimo-los.

r disse...

Penélope, eterno feminino??
Por Zeus, Senhor, eu faço camisolas pelo prazer de tecer e pensar enquanto entrelaço a lã.
Experimente e verá que é uma calma!...

Ainda não percebi essa sua inquietação pelo nome, ora da mãe, ora do pai. Essa não apanhei.

Esperar é esperança e não castigo.
etc etc

(Descartes também pode ser estudado no 12º se for o filósofo eleito pelo grupo disciplinar)

Anónimo disse...

Cara Rosa: No que se refere à filosofia estamos esclarecidos , o meu poste é suficientemente claro , e sobre este assunto o anterior também. Quem quiser que verifique:
1º não sou professor de filosofia, apenas curioso.
2º problemáticas filosóficas , didácticas e pedagógicas discutem-se entre pares; apenas lhe perguntei se havia ou houve algum filósofo que tivesse sido retirado e em nome de quê! Admito a a pobreza da questão e foi-me explicada, portanto já vê !
3º fui esclarecido com remissões e agradeci .
4º falou-me do ensino precoce da filosofia, aceitei-a com agrado, simplesmente considerei o ensino dessa disciplina como outra qualquer disciplina, desde que haja pessoas com sensibilidade para projectos.
6º e talvez a questão que mais a irritou foi a forma, como a si me dirigi. Recebi o inesperado e interroguei-me... Não desenvolvo ,não nos entenderíamos
Uma fórmula de se dirigir a uma pessoa pode ser uma graça, não o foi....? Nada a fazer. Falta de contacto e jeito para lidar com certos tipos de humor. Pobre, mas explicável
Não tenho desde já nada a perguntar-lhe sobre filosofia, embora haja por aí uns livros e gostaria de ouvir algumas opinões de especialistas sobre .... Consigo não o faço só se encontram mal-entendidos. cordialmente

Anónimo disse...

Cara Rosa: Não quero discutir o estatuto das ciências, de forma n alguma , nem em termos nenhuns, isso sim, seria para outro blogue, e talvez me aborrecesse de morte.
QUERO AGIR , sou reponsável pela formação/ educação de uma filha , quero fazê-lo com outros especialistas da área da psicologia cognitiva, da sociologia da antropologia, da biologia, a história, pedagogos e didactas e professores e aqui a ordem é arbitrária; equacionando o livro como correia de transmissão de valores e outras concepções que enumerei ao acaso, ver nos postes anteriores, que só pode considerar caóticos porque fez perguntas, e do que sei procurei escrever, seguindo as perguntas que me eram feitas Estruturei um texto , mal ou bem, mas fi-lo. Só e só...
Quanto á ironia falhei e mais uma vez me interroguei.
Nada a fazer. cordialmente

Anónimo disse...

Disse-me que o assunto que pretendo desmontar e o percurso que quero seguir daria para vários blogues,
evasiva a resposta. Sim ou não, se sim que àrea quer pôr na blogoesfera. e conhece alguém com quem quer co-participar na desmontagem dos livros do 1º ciclo de estudos, se não está no seu pleno direito como cidadã que é.
Há àreas que não apresentam livros, essa abordagem seria outra.
considero pertinente as que apresentam : professores reprodutores alunos reprodurores . Em casa desmonta-se a escola remonta, é o livro tido como construto natural.
Quer quer, não quer não quer....
cordialmente

Anónimo disse...

Disse-me que o assunto que pretendo desmontar e o percurso que quero seguir daria para vários blogues,
evasiva a resposta. Sim ou não, se sim que àrea quer pôr na blogoesfera. e conhece alguém com quem quer co-participar na desmontagem dos livros do 1º ciclo de estudos, se não está no seu pleno direito como cidadã que é.
Há àreas que não apresentam livros, essa abordagem seria outra.
considero pertinente as que apresentam : professores reprodutores alunos reprodurores . Em casa desmonta-se a escola remonta, é o livro tido como construto natural.
Quer quer, não quer não quer....
cordialmente

Anónimo disse...

Ainda quanto á explicação da herança de apelidos estes podem ser feitos por casamento e nascimento . As mulheres podem manter, adoptar ou libertar-se deles através do divórcio, assim como os homens . Quantos o fazem ou não, não sei. A lei espanhola existe.
Por cá não sei se está decretado, sei apenas que há mulheres que adoptaram apelidos do marido após divórcio ou mantiveram por razões que se compreendem.
Quis-lhe dizer-lhe que a ordem dos apelidos em Espanha só se apresentava formalmente diferente, mas até à nova lei, o modelo era exactamente igual ao português. Qual a eficácia não sei nos dois países não sei. Respondi-lhe como pude, pensei que compreendesse, porque para si não estava claro, só isso , remeti para historiadores porque estou certo que o sabem explicar, antropólogos também, eles trabalham com questões do parentesco nas sociedades ocidentais receptoras de emigrantes.
cordialmente
Ps Peço desculpa se usei a sua metodologia de resposta.

r disse...

Anónimo
deixe-me dizer-lhe em 21 letrinhas:

- O Senhor é um bem humorado!

Um conselho:

- Edite um blogue! Um blogue com dois lados:

Lado a - A importância significativa dos estudos biblícos.

Lado b - O Futebol é metafísica, Álvaro de Campos é que o não sabia.

P.S: Fez batota outra vez, repetindo um comentário.

Anónimo disse...

Cara Rosa ,
Tão tarde, 0015.
Eu sou rápido e assíduo, mas asim tanto não!
Desconfio, mas só desconfio, que não foi ao baile com a camisola pronta, e atreveu-se mesmo, fora de horas a ir comprar cigarros à Tabacaria do Campos.
Também me congratulo com a simplicidade das suas propostas porque rosa é:
1º um signo, isto é uma imagem sonora visual ou escrita.
2º significado , isto é o conteúdo,
para que se perceba, exemplifico, olhai os lírios do campo.
Um signo apresenta sempre duas faces, como uma moeda, não há significante sem significado, nem significado sem significante Trata-se do seu carácter biface .
..............
Ps. Com toda a cautela
, não vou duplicar,mas a minha cara senhora não quer é fazer nada, vem de longe este atavismo do desabafo por desabafo: Agir Nada.

cordialmente

r disse...

Não fosse esta nova modalidade dos comentários nos entraram pela porta, já me tinha esquecido de si, caro anónimo.

É com prazer que vejo ter seguido o meu conselho e começou por São Mateus, opções.
São rosas Senhor, ou lirios...

Engana-se! Não vou à tabacaria fora de horas, não aprecio encontros imediatos com determinados operários que poluem o luar de AXE.
A camisola estou guardando para bailes que hão-de vir.

Eu não sou rápida. Já lhe tinha dito em comentários anteriores. Sou assídua e atenta, leitora atenta. Nunca leio nada esporadicamente. Esporadicamente só a Elle ou a Vogue que a TAP oferece aos clientes, nada mais.

Biface, bipolar...dois em um: Uno

r disse...

Caro anónimo
já me esquecia do mais importante.
Há do Campos, sim, claro. Sem metafísica, uma pessoa tem as suas resistências.
Há sempre alguém que resiste
mas
nem todos.

Anónimo disse...

Cara Rosa
quando me batem à porta, por regra abro sempre ,quer sejam as testemunhas de jeová a oferecer-me a Sentinela Aberta , sejam os helders, os católicos os protestantes etc... Só porque sou ateu , e a minha cara queira construir-me uma identidade na qual não me revejo ou me revejam , não sou intolerante , não envangelizo
ninguém , pois não o conseguiria. Não bati à sua porta, está fora dos meus princípios, apenas abro uma janela que me é posta ao dispor, e nessa » casa» que não é sua, bato e se há alguém que se me dirige eu respondo dentro do que se me oferece. A si, também cabe fazê-lo se assim o entender.
Os humores são sempre variáveis quanto mais me parecem frágeis mais deixo passar, sou como sou e é na diversidade, passe o chavão, que encontro a unidade da pessoa. Torna-se impossivel falar consigo nem ironizando nem falar a sério. FIz-lhe uma proposta, a da desmontagem dos manuais escolares , andou á volta, enrolou , desenrolou
não disse sim , nem não. Está no seu direito.
Fala em coisas impensáveis por mim
próprio, e é por essa via que a vou descobrindo.
Sem me responder a questão, se quer ou não fazer alguma coisa relativamente à desmontagem dos manuais escolares do primeiro ciclo , nos termos em que lhe propus, ou outros não lhe responderei.
Contudo,cuidado com os operários que poluem as estradas porque quem não sabe de onde vem( veja-se o seu primeiro poste ) é grave . Além disso detesto a vítima positiva ou aquela que assim se apresenta no quadro da estratificação social e porque não num quadro de classes sociais?
O resto é linguagem incapaz de simbolizar o senso comum....
com os meus cumprimentos

Anónimo disse...

Quanto ao carácter bíface do signo , entre outras características, postulado por Saussurre apenas quis dizer em chave simbólica o seguinte :
Os signos línguisticos são constítuidos por uma face material e por uma face conceptual:
A face material do signo é a sua expressão fónica, por exemplo
A face conceptual do signo é o seu conteúdo.
Significante e significado são como uma página de papel ou moeda se assim quiser.
Na ausência de qualquer delas. a moeda: cara e coroa ,folha de papel verso e reverso, não se pode falar. Porque o significante sem significado é apenas um som , e o significado sem o significante é o indizível.
È impossivel falar consigo, e aqui só aponto em termos redutores.
Isto é o que quis dizer, quanto ao bipolar isso e da ordem da interpretação selvagem , National Geographic, dito por si.
Com respeito pelos que sofrem dessa doença , eu não , consulte especialistas , ou quem aqui vier esclareça, sendo especializado, diga porque se você não sabe o que é . Cale-se.
É claro que consigo falo sempre em linguagem simbólica, mas âs vezes desço um pouco â terra.
Sou mortal e não a creio na idade da pedra .

r disse...

Ó homem, o senhor é uma porta aberta. A vendedores de enciclopédias também abre? Credo! Nos dias que correm é melhor verificar com cuidado quem à porta nos bate.
Compreendo a sua dificuldade no que concerne à identidade. Pareceu-lhe bom demais para ser verdade. Recomponha-se da perplexidade, já é tempo.
Repense lá a questão, meu caro, quem se me dirigiu foi o senhor. Reveja lá a sua escrita.
Os humores têm muito que se lhe diga, acredito que o saiba, já deve ter passado por vários, uns pseudo outros, nem tanto. Nota-se! [Ui!], basta ler… falar comigo é difícil, não abro, como o senhor, a qualquer pessoa, não sou tolerante. A sê-lo, teria, por princípio, de suportar todos os intolerantes, tal como, por divertimento, suporto a sua escrita desconexa e incoerente, nesta caixa de comentários. Diverte-me, dai que a suporte com agrado.
Se as coisas de que falo são impensáveis para si, como é possível que as veja como tal? Se para si não existissem já, não seria capaz de as ver, não lhe parece?
Desmontagem de manuais escolares do primeiro ciclo???
Olhe que ainda não apanhei essa.
Queria, não queria? Eu tenho a certeza que sim, dada a sua insistência, aliás, tenho a certeza de que não pensa noutra coisa, certo?

r disse...

Por acaso sou um bocadinho mais velha.
Pedra? Gosto de pedras, até tenho um blogue que se chama (A)mar Pedra.
Caro anónimo, a linguagem é sempre simbólica, como sabe.
Disse muito bem, sobre aquilo que não sabemos o melhor é nada dizer, diz o filósofo. O povo diz: “quem muito fala, pouco aprende”, lá está: não escuta!, vive imerso num falatório oco e quem não sabe escutar, também nada de significativo sabe dizer.
Vejo que compreende o que lhe digo, não precisa é de o repetir por palavras outras.
Ainda só está em Saussurre? Muito tem para estudar. Olhe que tive 16 (foi o único, verdade seja dita) a Filosofia da Linguagem, efeitos da leitura de Holzwege de Heidegger. Graças aos deuses que me passou logo, aquilo era muito “sulco”, muito “ser”, muita “casa do ser”, muito “esquecimento do ser”, muito Holderling. Não havia pachorra, de todo!!

Foi um prazer dialogar consigo, nesta caixa de comentários.
Verifiquei com surpresa que traz a lição melhor estudada do que eu.

Anónimo disse...

Sô Rosa´,
sigo aqui a sua metodologia por se me afigurar fácil e divertida. Leio-a com um prazer extremo e aprendo a embrulhar e desembrulhar pacotes com papel celofane de várias cores. Já não me interessa o entendimento , e isso surge nada mais nada menos do tal blogue da pedra e o A(mar) é isso não é!?
Não se preocupe com a minha porta aberta a quem quer que seja, isto é , envangelizar ou para um repasto de horas em que se percebe que há pessoas que levaram gerações a usar a faca e o garfo .

A questão da identidade está certa, não é de enciclopédia , foi evocada no pós-25 deAbril e aí vai-se caminhando , tendo hoje em conta os métodos como se reproduzem os seres humanos e a quem cabe protegê-los e educá-los e formá-los e formulá-los. E isso que tem?
Sobre tal assunto já me fiz entender, aliás eu faço me entender em tudo, embora a minha cara tente despistar como é do seu agrado, porque a existir aqui quem ri , sou eu, não tenha dúvidas, quando chegar aos 100 postes, explico. Não me intressa aqui a escrita organizada com suas coesões e coerências, a sua dificuldade hermeneutica , mas a automática , porque mais produtiva.
Ah sim, claro toda a linguagem é simbólica, a rasa, a rasca , a rosa a rude a grotesca , Aqui só depende do sujeito de simbolização, veja~se a qualidade da sua simbolização ou argumentação quem a conhece deve dar conta, não cito exemplos, estou aqui para me divertir e continue assim que chegaremos a bom porto . eu ainda tenho algumas dúvidas que me são vitais relativamente a alguns aspectos, você também terá !

Anónimo disse...

Cara patroa ou ti Rosa para os mais chegados
Todos sabemos o esforço que a ti Rosa fez para ser nossa stora de filoxofia . Aqui na cadeia de montagem é a senhora que é mais velha , e isso é ponto assente como há cinquenta anos , ainda o meu mais novo andava de fralda, foi à tropa e veio ,já senhora andava a cumprir o serviço militar obrigatório do espírito ; alcançou boas notas, graças ao entendimento, sempre teve boa cabecinha, e agora quer formar a cabeça dos meninos, Isso foi uma grande honra porque não temos quem nos ensine qualquer coisinha.
Sabe a honra sempre foi o nosso brio , como quando o sr dr Marcelo abriu um poucochinho a cadeira do Salazar ainda o mesmo estava lá estava . Os direitos não eram iguais, a gente sabe, mas a ti Rosa que é patroa do Intender , diga lá se era verdade ou não. A sua palavra basta-nos porque a gente cala-se.desde que se inventou essa coisa do do subir para baixo ou para cima os outros em nada nos interessam, e olhe que ao tempo eram muitos , mas a gente tratou da nossa vida, eu por exemplo já tive tantoos louvores já aquela ali e mesmo aquele cospem no mesmo prato em que comeram, tudo tem de ser assim , porque é que usa mais um furo no cinto da saia não é para a gente compreender que é mais velha e serve-se disso com uma grande autoridade .
Haja aqui quem diga o contrário que a gente vamos logo por si à televisão.
a gente gosta de si, assim como é e não nos digam mais nada!
com os meus mais sinceros cumprimentos

Anónimo disse...

Viva a patroa do intender
Abaixo quem não pensa como ela !
Viva a 3º idade reformada com -pulso e a gente não paga ! MRPP

r disse...

Caro anónimo
depois de um intenso dia de trabalho, da chuva, do vento, tudo em alerta amarelo, nada mais divertido do que ler as suas palavras.

Ponto 1
Tem a certeza que não toma nada? lendo os seus comentários, até parece.

Ponto 2
Vá cornometrando o tempo que leva a (des)estruturar estes comentários, gostava mesmo de saber.

ponto 3
É verdade, depende do sujeito de simbolização. Ele há uns que simbolizam de forma tão rasa, rasca que se 8auto)afundam nas profundezas rudes e grotescas da obveidade-abjecta.
Ufa! 'táva a precisar!
O mesmo é dizer que ele há fedelhos-pseudo-pensativos que só visto.

Pronto, vamos lá responder-lhe qu'isto dá imenso trabalho e merece consideração. Quanto ao primeiro parágrafo, até parece que faz perguntas de gente crescida. Óbvio! Óbvio! restam-lhe dúvidas?
repastos desses, cuidado, atente à competência multilectal, ok? Precise melhor a questão que emana, ainda, alguma ambiguidade.
Não tem nada! Apenas considero essa coisa da identidade. Considerei, só isso!
Dificuldades hermenêuticas tenho bastantes, quanto ao essencial, não me restam grandes dúvidas. talvez, alguns aspectos pequenitos, particulares que, rapidamente, se esclarecem.
Anónimo, só quem pergunte que lhe respondo, na medida dos possíveis, bem entendido

Engana-se!
Notas?
Notas são papel-moeda. Quererá dizer classificações numericas em escalas pré-definidas que, supostamente, avaliam (classificam) a inteligência das pessoas. isso era mais no pós-guerra, lá para os lados dos States (apanhou?), mas continuam a fazê-lo...
Não tive boas classificações. O resultado final, garanto-lhe, é uma trampa. Só me classifiquei bem, naquilo que verdadeiramente me interessou. muito pouco.

Eram muitos?
Deixe lá isso! Cuspir é muito feio, seja onde for. Esqueça! Divirta-se, como eu de resto. Às vezes, dá-me um gozo, que nem imagina.

Ora, como é que sabe os furos que uso no cinto, ou sequer se o uso? Neste momento, por acaso, uso um com 6 furos. Ainda que o número ou tamanho dos furos, não seja cousa verdadeiramente importante.

Anónimo disse...

1 POR AGORA SÓ ME OFERECE SABER QUAL 2.É A COR DOS OLHOS ?
3QUE NÚMERO CALÇA?
4 TEM ÀRVORES NO JARDIMOU OUTROS ARBUSTOS?
5 PRECISA ASSIM TANTO DE RAÍZES?
6- OO QUE É TOMO AO JANTAR SODA E QUANDO ERA PEQUENO POR NÃO TER PAI POR PERTO OU QUE ME LIGASSE IMPORTÂNCIA , E COMO A MINHA MÃE O TRAZIA SEMPRE NA LÍNGUA TOMEI LÍXIVIA, uM FRASCO INTEIRO COMPREENDE? UM POUCO MELHOR, DESCULPE MAS NÃO LHE POSSO FAZER UM BONECO UM BONECO?

PS , ISTO É SÓ UM JOGO.... QUANDO TIVERES 100C, EU EXPLICO , PORQUE AO POVO , ESSA FIGURA MÍTICA, EXPLICA-SE SEMPRE TUDO,COMBINADO ?

r disse...

Definitivamente, o senhor droga-se,certo?
Não é preciso gritar! Não sou surda!
Aqui, canta-se! faz-se música, não se berra!

Agora que já percebeu, vamos lá responder-lhe:
?,castanhos,36,?/ainda assim:mais ou menos,Não!,??/ainda assim: excelente!

PS: isto também é um jogo e agora vou dormir que me cansei. não se esqueça que o tema deste post é a educação.

Anónimo disse...

Decididamente a senhora é uma glutona em clichés, quando não lhe agradam as múltiplas formas existentes para abordar a sua linguagem simbólica . Quando afirma que toda a linguagem é simbólica,assim sem mais nem menos ,fá-lo, com um argumento restritivo que nada quer dizer. Trata-se de uma la palissada .
Toda a linguagem é simbólica é verdade , mas depende sempre dos recursos culturais , sociais e políticos,,,... do sujeito em relação ao objecto do qual se quer rir, sorrir ,caricaturar, numa palavra desmontar. Há objectos e pessoas que resistem mal, outras que desistem outras que aprendem , outras que lhes passa ao lado, outras que ajustam cumplicidades, e se revêem na desmontagem ou estão ao lado, por razões várias etc.
Acontece que até se poderia falar se assim se quisesse num subdesenvolvimento simbólico por exemplo na televisão, numa conversa de café , numa relação interpessoal.... Quanto maior é o grau de subdesenvolvimento de uma sociedade , maior é a sua capacidade de subdesenvolvimento simbólico: frases feitas, provérbios, superstições, imagens retrógradas-----
Oura grande generalidade que faz uso é a da palavra povo,isso não existe desde o sé
c.XIX. Não penso que não compreenda o que digo , e na forma como faço, pois tenho sempre resposta engraçada, que me dá que pensar, dentro do quadro que referi.
Diz-me qe sou um drogado só porque desmontei , alguma coisa que lhe foi perceptível a si e a outros ,
eu nunca subestimo ninguém.
Acredite se quiser, que a relação causa efeio introduz múltiplas variáveis, com grande para quem quer que seja susceptibilidade. E á medida que a ia provocando, ia recebendo o inesperado, e dentro dos meus limites fui sempre honesto. Se não gostamos do que aprendemos ou até mesmo do que aprendemos com gosto , tudo isso é desmontado com discurso com vários níveis de simbolização e a senhora fá~lo com aguarelas
desbotadas. Desculpe.
Se quiser pode discutir o problema das drogas como meio regulador da divisão social do trabalho, do ponto de vista dos empregadores e relacioná-lo com o abandono e insucesso escolar.
Mas , pessoalmente interessa-me francamente a desmontagem dos manuais escolares como veículos de
transmissão da ideologia ou ideologias do Estado. Como são únicos livros ou a aí se pretende chegar tanto melhor,já vê que essa questão só pode ser pertinente a outros niveis.
A Sra não se interessa, atribui á escola um valor que igalmente lhe reconheço, reprodutora da sociedade em que vivemos, fazendo-nos crer a quem a ela tem acesso por selecção natural, todos mito.
Porque razão só os filhos dos médicos têm de ser médicos e o dos sapateiros só ou cobradores da luz?
Todos os mitos da revolução francesa, são falsos e carecem de desmontagem .
Foi muito interessante o florecimento das universidades privadas em Portugal. Quando se intercalaram valores na sociedade até os filhos dos mais poderosos `a cautela aí pagaram para que os filhos tivessem o passaporte da vida ,numa sociedade falsamente baseada no mérito, esta foi a saìda já não falo , no diploma a todo custo de outras camadas da sociedade que a custo também o fizeram.
Muitosprofessores daí advêem ,esses que não sabem usar um «mail« também sendo professores aprenderam a desvalorização a escola: aprender
Mas a idade não é posto,isso só serviu para o construto falsamentemente montado pela ministra.
Olhamos de costas voltadas um para outro com linguagens diferentes para abordar problemas , mas com soluções provavelmente diferentes. , Se não houve meio tornado possível de entendimento ganhei a minha personagem isto é : a filósofa. Quem gosta de contar histórias e as escreve como eu, consegui alguma coisinha, e não escrevo à tese como antes se fazia . Estão aqui pontos de vista , conflito , produção desentendimento/ entendimento, diversos tipos de ironia . Só me falta escolher o registo . Fique bem . Cordialmente somente

r disse...

Estou a decifrar as cantiguitas do Chavéz.
já volto, já que o senhor não se cala, não sou eu que me calarei.

r disse...

Bingo!
Absolutamente, vejo que nos entendemos em alguma coisa. Diria, restritivíssimo. sabe, os recursos culturais, sociais... são aqui e acolá o cerne da questão. Algumas, por mais qu'a gente se esforce não aprendem, pode ser que, com os anitos, mas certos casos, estão irremediavelmente perdidos. percebe a pertinência dos meus projectos!?
«Subdesenvolvimento simbólico» é brilhante. Qualquer dia, sem a sua autorização, plagio-lhe isto.
Pois, eu cá acho que é por isso mesmo que não apanham, por muito que me esforçe, às vezes diabolicamente, um dia, ainda lhe conto mais, é que, no fundo, não possuo essa sua capacidade de simbolização.
A outros? Não, com a mesma clareza. Penso eu. Aí, penso, residirá o problema, estagnaram no início da coisa e desde aí nunca mais apanharam o voar das pombinhas.
Amigo anónimo, a relação causa-efeito é redutora e simplista, não permite, de todo, a introdução de múltiplas variáveis. É preciso uma visão sistémica da vida para apreender as conexões entre os fenómenos. Estou convicta que ela é natural no ser humano, mas a cultura reducionista/relativista/hipocritamente tolerante/cinica que a adultera. Proceder ao (auto)re-encontro desse modo natural do «ser-aí» (ficou-me o resquício) dá uma trabalheira do caraças.
«Aguarelas desbotadas» também é para plagiar, não se há-de importar. Costumo desbotar, mas que seja como quiser. gostei do homem, pronto. só havia aquela.
Ainda há cobradores de luz? eh eh eh eh
....
Não escreve à tese? Precise lá, a ver se isso é coisa divertida ou infantilidade-apalhaçada, que lhe respondo em conformidade. Coisinha?? a sua priminha!!, também aprendeu a ler nos tais manuais da titi e do popó, não? Empatia maternal. depois, ups, ups, calma!...pintas nos ii. Mas precise lá que não sei se apanhei a simbolização.
Ainda não escolheu o registo bem escolhidito?, ai, que não nos entendemos. pense nisso, enquanto fico às voltas, tb, com o registo, ora bem, ora mal, até enerva a paciência ao santo.

r disse...

Sabe, a única coisa que realmente me chateou, nesta nossa longa conversa, foi esse seu ir provocando a ver se era.
está perdoado!

Anónimo disse...

Sinceramente não tenho nada a acrescentar. Fiquei comovido, ah esta minha sensibilidade, com a lição da avó ao lobo bom.
Quem se enganou foi o capuchinho que fala com fedelhos e indulgenttes mentais .
Mentiu , ou só fugiu à verdade , corroer o carácter é o seu jeito, é mais velha ,duvido, caso contrário falava a sério, mas mesmo assim faltava -me uma personagem com a sua qualidade de argumentos, não queria tantos, os que tenho bastam porque a leio sempre com prazer, e mentiria se dissesse que não lhe desejo uma óptima aposentadoria , dado o esforço que ainda revela.
Tem razão em tudo, e caso acreditasse na idade como posto galardoava -a com a Ordem do Infante, outros bem menores a têm como insígnia ,eu sou tudo o que a minha cara quiser ou compôr como retrato , quem quiser leia , se os resquícios do aí não a abandonaram é porque já não chega ali, além e acolá. .
Inquiri -a sim , senhor, mas a senhora tem de se submeter a sua linguagem a um processo de desinfecção, pois está carregada de lixo simbólico, outro conceito que não lhe vou explicar , e por isso carregado de resquícios fascistas . Não quero nem mais resposta sua embora amanhã ,depois, aqui , ali, além , os tenha . Passar bem e repouse igualmente bem nas férias f. Fiz perguntas e a nenhuma respondeu, fique claro, mas para o que desejava bastava-me. Agora vou-me inducar ou instruir ou informar e sempre a pensar na Rosa e na pedra.

r disse...

Uma geração a menos, para além de outras coisas.
Só a minha grande querida que é do sítio onde é a sua que o não era, tem muitos mais. e resmas de inteligência. mais ninguém o é.

r disse...

Nunca minto, anónimo!