segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Arrumados em velhas malas



Já não é um exclusivo dos funcionários públicos em geral, ou dos professores, em particular, arrasados por anos e anos de destratos. Agora também no privado, os portugueses recorrem cada vez em maior número às reformas antecipadas.

Triste país, em que os mais velhos, ainda cheios de capacidades, conhecimentos e tanto para dar, escolhem abandonar os empregos, mesmo perdendo parte substancial dos seus ordenados.

Triste país, em que os mais jovens, que esta sociedade formatou para não quererem saber de muito mais nada além de si, optam por ir embora.

Triste país, onde tantos, arrumam os sonhos em velhas malas, desistem de tudo e fogem para dentro de si próprios... para parte incerta.

Felizmente há os que não desistem, não desarmam, fazem das fraquezas forças... e das tripas coração. Olho para esses com esperança. Como disse o poeta, «esses são os imprescindíveis!»

11 comentários:

São disse...

Posso assinar por baixo?

Obrigada!

Um abraço para vós ( o próprio, a vovó e a neta "artista"...a quem sairá? rrsss)

Maria disse...

Continua actual a cantiga da Rosalia de Castro.
Mas os que ficam vão agarrar o futuro com as duas mãos. Tem de ser!

Abreijos

António disse...

Há sempre quem lute.

Graciete Rietsch disse...

Não arrumaremos as malas.
Beijos.

Daniel disse...

Trite país, triste, triste...
Traste de gente, traste, traste...
Esta pátria merecia melhor gente. Gente que fosse mais gente.

Fernando Samuel disse...

É imprescindível que o número de «imprescindíveis» cresça - muito, muito...

Um abraço.

Anónimo disse...

é imprescindível relembrar o sonho...basta de fingimentos!
abraço do vale

Anónimo disse...

E agora, com as alterações previstas no O.E. para as reformas dos funcionários públicos, é ver a debandada dos descontentes (os que podem, porque descontentes estamos todos).
Com a novidade, neste governo do senhor Sócrates, engenheiro horroris-causa por não sei que universidade, de ver médicos que se aposentam, e no dia seguinte estão no mesmo sítio, a fazer exactamente o mesmo que faziam, contratados através de uma empresa qualquer.
Mas o mal do déficit é dos funcionários públicos.
Não há pachorra para tanta falta de vergonha.

P. A.

maria rita disse...

- malas assim bonitas nem sempre se encontra

- os que lutam toda a vida são os imprescindíveis, já dizia Brecht

maria rita disse...

encontrar-se-ão sempre

samuel disse...

São:
Claro... ☺

Maria:
Não há outra maneira...

António:
Felizmente.

Graciete Rietsch:
Isso é fundamental.

Daniel:
Teremos que ir transformando a que há...

Fernando Samuel:
Um a um... passo a passo.

Duarte:
Relembrar e reeditar.

Anónimo:
É preciso que a pachorra se acabe de vez.

Maria Rita:
E dizia muito bem!


Saludos colectivos.