terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Felizmente, tudo não passou de um “susto”...


A historiadora Irene Flunser Pimentel, que produz mais livros do que o pessegueiro do quintal da minha vizinha produz pássaros, tem mais um livro a sair... quentinho. É sobre a vida e figura do Cardeal de Salazar e do fascismo, António Cerejeira.

Não li, nem vou ler o livro, logo, não posso nem poderei falar sobre ele. De qualquer modo, de uma mini entrevista que a autora concedeu à revista de domingo do Correio da Manhã, sobre esta sua última obra, posso destacar uma pergunta e uma resposta que me ficaram na retina:

CM: E qual era a opinião do Cardeal sobre o regime de Salazar?

IFPimentel: Nunca considerou o regime totalitário e nunca falou de ditadura, embora temesse, sobretudo nos anos trinta de "fascização" do Estado Novo, que este pudesse cair em atitudes totalitárias, nomeadamente quando criou a Mocidade Portuguesa.

"Que este pudesse", senhora doutora?!

Ufff!!! Livra!... Ainda bem que nada disso aconteceu, não é?

17 comentários:

Maria disse...

E de onde aparece esta mulher que produz livros como o pessegueiro produz pássaros? A quem serve?
Também não vou ler, muito menos comprar. Como fiz com os outros. Cá por coisas...
Achas que ela é distraída?

Abreijos

São disse...

Ai, que o pior cego é mesmo o que não quer ver!!

Boa noite.

linhadovouga disse...

É como a utilização do termo "totalitário" em vez de "fascista". Fazendo crer que o problema dessas abominações fascistas era o partido único e logo, metendo mais uma vez no mesmo saco as experiências socialistas de partido único e esses estercos. O capital está sempre a parir destes "especialistas" para tornar científica a mentira. Nas ciências sociais é ainda mais fácil.

Desculpa o termo "esterco". A propósito, a tua caixa de comentários está muito mais limpinha...

Anónimo disse...

não conheci esses tempos. nem vou aturar branqueamentos. prefiro em folha macia e dupla, dispenso a capa.
abraço do vale

alex campos disse...

Já não é a primeira estória da carochinha que ela tenta contar. Está fundamentalmente interessada em lavar o fascismo. Decididamente não é o trabalho do historiador.
Haverá quem lhe compre os almanaques?

Um abraço

hugocarrola disse...

Para quem gosta deste tipo de leitura, sugiro também "Na cova dos leões - Fátima, cartas ao cardeal Cerejeira" de Tomás da Fonseca.

Saudações

Antuã disse...

A Dª. Irene anda a brincar connosco.

Graciete Rietsch disse...

Ufa!!!! Aconteceu mesmo e nós bem o sentimos até mesmo hoje. Um beijo.

José Rodrigues disse...

A páginas 237 da narrativa "Sonhos de Poeta Vida de Revolucionário de Manuel Pedro-Edições Avante." E,entre muitas outras ,não devemos esquecer a forma brutal com que trataram Conceição Matos.Nem a sobrinha do grande amigo de Salazar ,o Cardeal Cerejeira ,presa na clandestinidade e gravemente doente,os esbirros pouparam.Dizendo de outro modo :o ditador fascista poupou."Os historiadores modernos dirão:Óh, foram apenas danos colaterais...
Fascismo nunca mais!

Fernando Samuel disse...

«Fascização» entre aspas, pois claro... Para IFP não existiu fascismo em Portugal.

(lá tenho que ir comprar e ler mais este...)

Nesses anos trinta, para além da criação da Mocidade Portuguesa - que, pelos vistos, tanto impressionou o pio cardeal - Salazar criou a PVDE, o Tribunal Militar Especial, o Campo do Tarrafal, a Legião...

Um abraço.

Anónimo disse...

Ainda ninguem leu o livro da Irene mas já se permitem tirar conclusões, é significativo de certa visão sectária, de certos militantes do PCP...aconselho-os a ler, nem precisam de comprar, um dos livros da Irene

As Vitimas de Salazar...

Talvez depois, pensem duas vezes, antes de escreverem comentários de muito mau gosto , como os que li aqui....

Carlos Machado Acabado disse...

Não era o Saraiva, aquele Hermano mumificado do Botas que dizia deste último, do alto da sua erudição de historiador e prestígio de académico mais ou menos oficial do 'regime' [do outro e deste, também, pelos vistos...] que o "Salazas" era... anti-fascista?
Então...

Joseph disse...

O fascismo salazarista foi um fascismo de sotaina mas foi fascismo mesmo. Todo o Mundo o sabe excepto os próprios fascistas, os seus apaniguados e os imbecis por razões que são, obviamente, explicáveis.

JF

Anónimo disse...

Um preso politico cubano, em greve da fome, morreu....

Onde está a denuncia deste crime .....

Isto é assunto que não interessaa aos militantes do PCP.... dispostos a tolerar todos os crimes do regime cubano?

GR disse...

Há pessoas a quem não devemos ter o mínimo de respeito. Esta é uma delas.
Esta fulana é para mim, uma rastejante. Pagam-lhe para sonegar a verdade, não passa de uma parasita da Democracia. É um vírus da sociedade.

Num dos pasquins “Vitimas de Salazar” podemos ler;

"A PVDE era uma polícia mas sem lei, muito brutal. A PIDE era mais científica e recorria mais à tortura.", "Não era muito frequente preparar-se uma armadilha para matar".

Pagam-lhe para branquear o fascismo e com toda a desonestidade ela escreve, desrespeitando o nome dos Heróicos Resistentes.

Bjs,

GR

samuel disse...

São:
E há tantos...

Linhadovouga:
Infelizmente estes escritos serão aquilo que ficará registado.

Duarte:
Boa opção.

Alex Campos:
Quem os pague, há certamente!

Hugocarrola:
Se acaso se proporcionar...

Antuã:
Pensará que não se percebe?

José Rodrigues:
Como disse a cozinheira fascistóide, era só aos comunistas...


Abraço colectivo.

samuel disse...

Fernando Samuel:
As aspas, por vezes, são uma verdadeira arte...

Anónimo:
Amigo. Os livros têm ar de não necessitarem de quem os compre para estarem mais que pagos... ☺ ☺
Claro que a dona Irene tem que acertar nalgumas das coisas que escreve, não é?
Quanto mais não seja, para dar razão ao poeta popular António Aleixo:

“Prá mentira ser segura
e atingir profundidade
deve trazer à mistura
qualquer coisa de verdade”

Carlos Machado Acabado:
O Hermano Saraiva José... é outro que tal!

Joseph:
Fascismo de sotaina... é bom! ☺

Anónimo:
Estes assuntos interessam sim aos militantes do PCP (digo eu que conheço alguns...), só que não estão habituados a discuti-los com anónimos.

GR:
Espero que, pelo menos, seja bem paga.


Saludos colectivos!