sábado, 4 de dezembro de 2010

Jornalistas de topo (ó se topo!)




Desde que deflagrou esta nova bomba da “Wikileaks”, pondo a nu pormenores aspectos do relacionamento dos EUA com o resto do mundo que, mesmo quando não são política ou militarmente muito graves, revelam uma forma doentia e profundamente porca de estar na vida por parte daquela gente que por lá tem estado no poder, os media não têm tido descanso.

Uma coisa destas vive dos media, logo as grandes reações é aí que se encontram. Curiosamente, essas reações raramente se debruçam sobre o conteúdo dos documentos, exceptuando os “fait-divers”, preferindo antes estar contra, ou a favor da sua divulgação.

A máquina dos media do capital mobilizou a quase unanimidade dos jornalistas, politólogos, analistas e comentadores “sérios e de referência” para, num imenso e afinadíssimo coro, condenarem veementemente este “ataque à América”.

Entre nós, se há jornalistas/cronistas “sérias e de referência”, essas são a senhora Fernanda Câncio e a senhora Teresa de Sousa. A primeira, como poderão ler em textos à séria escritos aqui, ou aqui, acha que tudo isto se limita a “calhandrice”; a segunda, segundo as mesmas "fontes", para além de achar que isto é o tal “ataque à América” (alguém devia oferecer um mapa com as várias Américas e os seus muitos países à senhora), defende que "a tarefa do jornalismo não é embaraçar os governos". Genial!

Voltando atrás, a senhora Fernanda Câncio é aquela jornalista do DN que durante uns tempos teve a tarefa de fazer de namorada de José Sócrates, comparecendo nuns tantos acontecimentos sociais, coisa que fez, quase certamente, de forma voluntária e não por contrato... e já chega!!! Isto sim, é uma calhandrice! Uma calhandrice de mau gosto, cometida aqui apenas como exemplo... e de que, mesmo assim, não gosto. As revelações feitas pela “Wikileaks” das canalhices que todos temos lido, não. São uma coisa bem mais séria! Já a senhora Teresa de Sousa, essa tem outro peso. Está por todo o lado, no Público, Expresso, RTP, qualquer banca onde possa vender as suas doutas e “independentes” opiniões de ex ultra revolucionaria, agora reciclada.

No que diz respeito a Fernanda Câncio, há muito tempo deixou de me interessar quase tudo o que diz. Quanto à senhora Teresa de Sousa, haveria muito para dizer sobre a sua “ideia” de jornalismo, mas fico-me apenas pela constatação de que, com ela à frente do Washington Post, nunca teria existido o Caso Watergate, o criminoso Richard Nixon nunca teria sido posto na rua... e Bob Woodward e Carl Bernstein, os dois jornalistas que revelaram toda a trama, teriam sido despedidos... ou assassinados, a ser posta em prática a “solução” para o problema “Wikileaks” e do seu fundador, aconselhada por um "colega" da senhora Teresa de Sousa, em declarações que podem ver aqui.

Melhores dias virão! Para o nosso jornalismo... e para nós e o país, se não for pedir muito...

8 comentários:

salvoconduto disse...

Para o país acredito, já o jornalismo me parece definitivamente condenado. O verdadeiro desapareceu há algum tempo, a partir daí nas faculdades passou a ensinar-se uma outra coisa e formam-se apenas mercenários.

Graciete Rietsch disse...

Espero bem que sim. Para o nosso jornalismo,para a nossa vida e para o futuro.

Um beijo.

Maria disse...

De regresso da música - para 'espairecer' - defronto-me com estes nomes que me causam náusea...
Estas senhoras (ainda bem que eu sou apenas mulher!!!) fazem-me mal ao fígado. Vou beber uma água das pedras.

Abreijos.

Carla Farinazzi disse...

Samuel,

Tanto aí como cá no Brasil, quanto aos jornalistas, não tenho muita esperança não. Concordo com o que disseram aí em cima, acho que estão ensinando outro tipo de jornalismo nas faculdades.

Beijo

Carla

Fernando Samuel disse...

Câncio & Sousa: a mesma luta...

Um abraço.

José Rodrigues disse...

O ti Belmiro paga 2,4€ à hora aos trabalhadores precaríssimos que contratou(?) agora para as vendas de Natal.Se calhar a dªTeresa ganha isso ao bit no reverencial "público"...

Abraço

Anónimo disse...

Há jornalistas (pessoas) que se prestam a tudo...

A Fernanda Câncio faz lembrar o herói do filme "Mephisto"... todo de esquerda, na altura da república de Weimar... e um nazi assumido, quando Hitler sobe ao poder.

Índio

Antuã disse...

Dá-me um prazer dos diabos mudar de estação quando a Teresa começa a palrar.