sábado, 18 de dezembro de 2010

“Time” – Na pátria da “democracy”...




A estória é “curta e grossa”. Os canalhas que dirigem a revista norte americana “Time” resolveram organizar uma votação, entre os seus leitores, para eleger a “Personalidade do Ano”. Os leitores votaram copiosamente, com trezentos e oitenta e dois mil votos, em Julian Assange, o australiano responsável pelo “WikiLeaks”. Os canalhas que dirigem a “Time”, num exercício de «jornalismo democrático e interativo», como lhe chamaram (!!!), ignoraram a votação e nomearam Mark Zuckerberg, o garotão que fundou o “Fecebook”... que tinha obtido apenas dezoito mil votos e ficado em décimo lugar na lista. Para completar o seu exercício de “jornalismo democrático interativo”, nomearam Assange “Personalidade (não grata) do Ano”.

As razões da censura por parte da revista norte americana ao nome de Julian Assange, topam-se muito bem; já sobre a decisão de escolher o garotão do “Facebook”, fica a dúvida sobre quem terá pago a “escolha”; se o próprio multimilionário garotão, com uma fortuna avaliada em mais de cinco mil milhões de dólares, se os produtores do filme de Holywood, sobre a sua vida... que não está a ter a carreira esperada.

De qualquer modo, lembremo-nos de mais este episódio de “jornalismo democrático interativo”, de cada vez que formos agredidos com uma “opinião livre” veiculada por um destes “democráticos” órgãos de comunicação e sempre que tentarem infectar-nos com os seus primores de “liberdade de expressão”.

Também os temos por cá e em grande número; constantemente a sonegar informações, a boicotar realidades que não lhes agradam, a promover escandalosamente os amigos dos donos, a vomitar “opiniões livres”, a fabricar “sondagens”, a fazer exercícios de “jornalismo democrático interativo”... e todos, sem excepção, nas mãos de gente da mesma estirpe.

8 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Então não se trata do país da Liberdade e da Democracia?
Também se é livre para falsear resultados e formatar mentalidades.
Um nojo.

Beijos.

Anónimo disse...

o seu ricardo jorge pinto lá estava ontem muito zangado com a wikileaks, que do transporte de prisioneiros cubanos ninguém fala, que é uma atitude dúplice. a mim parece curioso que perante uma coisa destas o gajo minimize, dúplice, os dislates das "democracias"

Talina disse...

Samuel , vou partilhar , desculpa o a ousadia !
Abraço

Talina

Anónimo disse...

Através de um bom documentário do jornalista australiano John Pilger, com o título "The War You Don't See" (podem ver na you tube, se escreverem «John Pilger - The War You Don't See 1/10, copiando depois no search para ... 2/10 e 3/10, porque a You Tube, de forma estranha, não dá ordem às sequências do filme); tive a confirmação que a publicação de documentos secretos referentes ao exército americano, é o resultado de um grande descontentamento no interior do Pentágono e de outras altas patentes do exército americano. Ou seja, muitos daqueles que colaboram com a estrutura de poder montada em Washington, estão fartos com o rumo dos acontecimentos.

Índio

Anónimo disse...

A "voz do dono" era ícone que existia nos anos 60 em relação aos discos mas o cãozinho lá está, estes senhores seguem-lhe o caminho com a devida vénia para os cães que não têm culpa nenhuma do que humanos fazem neste mundo, há cães e cães, aqueles são mesmo vadios e da pior escória concebível.

Fernando Samuel disse...

E viva a «liberdade de informação»!!!

Um abraço.

svasconcelos disse...

Confiar nestes meios informativos é cada vez mais impossível.
A expressão que me ressaltou de imediato ao ler esta notícia foi "que nojo!" e não encontro outra melhor, para já.
bjs,

Antuã disse...

E viva o país da liberdade e do terror.