quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Leis do Trabalho – A resposta necessária



(“Operários” – Tarsila do Amaral)

As ordens de Bruxelas e dos “mercados” são claras. O Governo português tem que facilitar os despedimentos e reduzir drasticamente as indemnizações aos trabalhadores despedidos. Esta é, como é sabido, uma das muitas formas de, ao mesmo tempo que “os mercados” vão sangrando a Economia do país, ir instalando cada vez mais fundo o ambiente de terror que permitirá que um trabalhador despedido hoje, aceite daqui a dois meses o mesmo posto de trabalho... mas por metade do salário e, desta vez, ainda com menos garantias, segurança ou direitos.

Infelizmente, vivemos num país em que as “sugestões” de Bruxelas e dos “mercados” são ordens.
Infelizmente, vivemos num país em que quaisquer promessas ou garantias vindas do Governo, indicam, como se tem visto, que vão fazer exatamente o oposto do prometido e garantido.

Assim, quando lemos que o «Governo não vai alterar a lei dos despedimentos», ou a sonsa Ministra do Trabalho dizer que «é precipitado falar em alterações à lei laboral»... devemos esperar o pior e responder-lhes, alto e bom som, dizendo que «mexer nas leis do Trabalho é uma declaração de guerra aos trabalhadores».

7 comentários:

Fernando Samuel disse...

De um governo dos patrões só há que esperar medidas patronais
e combater essas medidas com todas as nossas forças...
Grande cambada!


Um abraço.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Sejam quais forem as manobras dos Srs. do dinheiro, vulgo mercados, a sua subsistência está, como sempre esteve, e continuará a estar, dependente da força produtiva dos trabalhadores.
Por essa razão, não me canso de apregoar aos sete ventos, que a melhor e mais eficiente arma que nós, povo trabalhador, temos é de pura e simplesmente pararmos de produzir.
No dia em que os trabalhadores decidirem, em conjunto, fazer parar todo o ciclo produtivo, a geração de lucros pura e simplesmente para !
Portanto, rapaziada, se eles se atreverem a mexer no código de trabalho, facilitando o despedimentos sem justa causa, paremos todos, cruzemos os braços e eles que façam pela vida.
Sempre queria ver !
Bem sei que soa a utópico, mas "nós" alimentamo-nos de utopias se for caso disso.
As palavras "o povo unido jamais será vencido", devem ser ditas e ouvidas de forma séria, e não como mero chavão de lutas antigas, porque essas palavras são a verdade mais pura de todas.

Maria disse...

E como diz Fausto, 'a guerra é a guerra'! Querem? Tê-la-ão.

Abreijo.

trepadeira disse...

Em guerra com os trabalhadores sempre eles estiveram.
Um abraço,
mário
Ps.,não,não,Post scriptum,nada de confusões:
É sempre um encanto ler estas mensagens.Sem tempo para comentários,mas não dispenso a leitura.
Ontem tive a satisfação de receber uns amigos cumuns.Uma maravilha.

José Rodrigues disse...

(...)Camaradas lutemos unidos/porque é nossa/a Vitória Final(...)


Abraço

Suq disse...

E viva a Democracia!

Por supuesto la luta continua!

Esta velha Europa não aprende nunca!

Escravos uni-vos !!!

Anónimo disse...

Caro Samuel
Estou confuso,não encontro resposta para a pergunta que a mim próprio faço, porque será que quem falou sobre o "aprofundamento" do Código do Trabalho primeiro foi o Ministro das Finanças, diga-se que as tem zelado muito bem embora só as de alguns, a seguir o Ministro da Economia, não sei do que trata a não ser a sua destruição absoluta, e, finalmente a Ministra do Trabalho, sim do Trabalho, ministério que dizem existir no actual Governo.
Foram três brilhantes porta-vozes de um brilhante Governo, todo ele a merecer uma condecoração pelo bom comportamento e submissão perante a Comissão Europeia e a sua patroa Merkel.
Um abraço do Norte
Valdemar