De supetão, foi anunciado o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, anúncio logo emendado para "apenas um cenário"... o que quer dizer: vai fechar.
Podemos ficar descansados, pois há-de existir uma razão técnica muito boa para o fecho daquela histórica instituição de Saúde Pública, por muitos considerada de excelência, e para onde os negociantes da saúde privada enviam as parturientes a 100 à hora, assim que alguma coisa começa a correr mal com um parto.
Podemos ficar descansados, também, porque para além de tudo, a área ocupada pela maternidade, área minúscula e praticamente no meio de um descampado, ali para as bandas da quintarola de Picoas, entre um galinheiro do Sheraton, um velho celeiro da Portugal Telecom e junto à azinhaga conhecida por Fontes Pereira de Melo, tem um valor comercial pouco mais que irrelevante, a bem dizer uma ninharia que deixa os especuladores do imobiliário bocejantes e indiferentes.
Aliás, mesmo que aquilo valesse alguma coisa, mais uma vez, poderíamos ficar descansados, já que corrupção à volta da negociata está fora de questão. É coisa que não existe por cá...
12 comentários:
Isto vai continuar a passar ao lado das pessoas que vão continuar sem perceber que isto é um atentado, e mais uma prova que se tem que lutar.
Como não concordar com a tua análise?!
Para ti , VovóMaria e família uma Páscoa de esperança e muitas am~endoas.
Foste logo ao final da história. É isso mesmo. Mas fiquei quase em 'estado de choque' quando ouvi a notícia. Como é possível...
Abreijo.
A mais antiga Maternidade, inaugurada em 1932, tendo já nascido mais de 600 000 bebés (dados do site oficial MAC).
Que ninguém acredite que é só para reduzir despesas, claro que não!
Neste local nobre de Lisboa, vai dar muitos milhões e os cambalachos há muito estão projectados. Para este desgoverno, que se lixe as criancinhas.
Perderam a vergonha. Estes idiotas senso, nunca o tiveram.
Excelente post.
BJS
GR
... e, aliás, está, tribunalconstitucionalmente, impedida de ser criminalizada!
Excelente o teu "post".
Um abraço
Face às vezes e forma como se tem abordado este assunto e perante leveza revoltante de quem o assunto abordou ultimamente, a que não são alheios (certamente) os interesses imobiliários dos grandes grupos económicos naquela zona da cidade de Lisboa, lá vão "despachar" os meninos e meninas para nascerem quem sabe em Santa Maria, São José (!?), Loures, Amadora/Sintra, mas deixem é aquelas centenas de m2 livres, está bem, para os mesmos senhores da "boa vontade", incestirem. A Saúde, pode esperar; não acham?. Olhem, eu já ouvi da boca de profissionais de saúde, dizer que este processo, como outros "processos escorreitos" (e assim sériamente tratados, sem derrapagens e construídos em tempo util, e para todos) é só mais uma vergonha.
Até quando teremos que aguentar esta insensível gente que até à data não apontou uma única e verdadeira medida social de fundo?.
A corda há-de partir,quanto mais cedo melhor.
Um abraço,
mário
E se naquele local nascer um grande empreendimento de luxo em nome do desenvolvimento??? Em Baleizão chamasse especulação imobiliaria.
O bem estar das partorientes??? Cagando, essas que vão parindo por esses auto-estrada fora que nem porcas...
Eu alinho no que quer que seja para parar estes fachos de merda. Estou envergunhado com a morte do Grego de 77 anos em frente ao Parlamento
Desculpem qualquer coisinha
Ouvi, nem sei quem, argumentar que nascem poucas crianças e que a Maternidade funciona muito abaixo das suas potencialidades. Mas alguém pergunta porque nascem cada vez menos crianças neste País?!!!!
Um beijo.
E os crimes destes fascistas sem vergonha continuam.
1-É u pugreço e é bem de ver que sxe fosxe para manter tudu cumu antsxe
inda era tudu sxecampado cumu nu tempo do Afonso Anriques.
2-Tá bem que eu nasci naquele viveiro, mas nesse tempo nascia um rôr de pessoal e agora nicles. Se dá em baixar a natalidade da nacionalidade o melhor é ir a Madride! Bem se vê que é para isso que serve o TGV.
3-Eu acho que um utente da maternidade que passou numa entrevista da TV tem toda a razão: O homem estava farto de esperar mas eis que chega a sua vez; tem de esperar ainda mais porque a médica e outro pessoal estavam numa reunião convocada de urgência após saberem das notícias de encerramento do hospital. Diz o homem à tendenciosa entrevistadora a sua carrada de razão que é algo com este sentido: Eles foram para a reunião e nós que não temos nada a ver com isso ficamos à espera.
(?????)
E dito isto vou beber um copinho porque às vezes é preciso dar de beber à dor.
Estes fascistas,porque o são,estão a passar pelo poder,como elefante em loja de loiça.
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