segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Campanha presidencial – O “pluralismo” em ação



Chegada a Cabeção com um frio memorável- João Oliveira (deputado do PCP), Francisco Lopes (o candidato), eu (mandatário distrital) e João Pauzinho (dirigente do PCP) - Fotografia do grande fotógrafo que se andou durante anos a "perder" na presidência da Câmara de Évora, Abílio Fernandes

«Já sabíamos que ia ser assim... mas não conseguirão diminuir em nada a nossa determinação em continuar... » - É mais ou menos com estas palavras que o meu candidato presidencial, Francisco Lopes, aborda o facto de ser quase ignorado pelos órgãos de comunicação social, maioritariamente nas mãos dos grandes grupos económicos, ou, mesmo aqueles que teriam a estrita obrigação de garantir o equilíbrio noticioso entre as candidaturas... mas estão ao serviço de outra gente.

Este sábado que passou, como já antes disse, foi um dia cheio, para mim, mas apenas mais um de uma longa jornada, para Francisco Lopes. Foi um dos dias que a “nossa” candidatura pode reservar para o distrito de Évora e por isso lá fui eu, com todo o prazer (a melhor maneira de cumprir os deveres), acompanhar o candidato em todas as intervenções. Ao fim da manhã, sair de Montemor para Cabeção (Mora), para um belo almoço com muitos apoiantes; a seguir, viagem para Arraiolos, ao encontro de uma sala cheia de ouvintes; continuação para Borba, onde nos esperava outra sala cheia de amigas e amigos; viagem para Vendas Novas, para um grande jantar com mais umas centenas de apoiantes... e regresso a Montemor, enquanto Francisco Lopes se fazia a outro caminho, para mais um e outro, e outro e muitos mais dias como este.

Em todos os quatro encontros o candidato falou. Está em grande forma! Com um belo e articulado discurso, feito sem recorrer a papéis. Um discurso vivo, mobilizador e esclarecedor, que se é verdade que repete em cada nova sessão muitos dos temas presentes nesta campanha , não repete a forma, nem a ordem por que os aborda, o que revela um cérebro “ginasticado”, claro, cheio de “luz”.

Apenas numa destas quatro iniciativas de campanha apareceram órgãos de comunicação social. A saber, um ou dois jornais locais e uma televisão... a RTP. A jornalista e o operador de câmara da televisão do Estado assistiram a toda a sessão... mas só “acordaram” e ligaram, tanto microfone, como a tal câmara... no fim! Afinal, não estavam interessados em nada que tivesse que ver com a campanha de Francisco Lopes, das suas propostas, das suas ideias; queriam apenas saber a sua opinião sobre uma merda qualquer (perdoem o meu francês) que Cavaco Silva tinha produzido sobre os possíveis debates televisivos entre candidatos. Francisco Lopes respondeu. Queriam ainda saber a opinião de Francisco Lopes sobre a opinião de Manuel Alegre sobre o mesmo assunto, mas como o candidato comunista não se prestou a isso... já não quiseram saber mais nada!

Eu sei que «já sabíamos que ia ser assim»... mas tal não evita um profundo asco a tanto “pluralismo” e “espírito democrático”.

11 comentários:

Eduardo Miguel Pereira disse...

Vai ser assim e tem sido sempre assim. Mas como diz o Jorge Palma, numa das suas mais belas canções "Agente vai continuar". Ai se vamos !
Andaram por boa zona sim senhor. As migas de espargos no restaurante "Palmeira" são de comer e chorar por mais.
Quando vierem a Almada cá estaremos, e aqui com mais gente à espera ... como sempre !
Eles, os "media" não aparecem, mas a verdade é como o azeite, ela há de vir ao de cima !

oasis dossonhos disse...

Neste deserto de ideias,e com tal crivo censório, só a determinação dos comunistas poderá determinar uma postura marcante, pois é desigual o combate. Por isso, Amigo:Avança, com toda a confiança!
Abraço

do Zambujal disse...

Será assim até um dia! E olha que isto é uma ameaça. Séria.
Esta merde-ci (moi, je parle français, monsieur...) está mesmo de rastos, com uns fils de quelqu'une (moi, je parle français du bon... net, monsieur) de tal maneira longe que nem se apercebem do tombo que vão dar. Ça ira, monsieur... e ira não nos falta!

Um abraço, caro "colega" (cá de umas tarefas presidenci/distrit/ais)

Fernando Samuel disse...

E assim será até que.
Mas fazendo minhas as boas lembranças ali do Zambujal: ça ira, ça ira, ça ira...

Um abraço.

Um gajo que conheceu um gajo de cabeção. disse...

Temos aqui apenas uma dúvida: O Samuel é ceguinho ou a falta de cabelo congelou-lhe o cérebro.Tens razão pá, só não ganhas as eleições porque os jornalistas não ouviram o teu candidato dizer o segredo de Fátima versão comunista do século passado. Mas isto é assim mesmo, por essas terras abundantemente povoadas onde andas a espalhar a palavra, era eu uma criança e já os pobres achavam que se pusessem um copo de água em cima do transistor onde ouviam a Rádio Moscovo evitavam que a Pide os localizasse. Acredita tu também, os portugueses são todos comunistas e a salvação está com vocês! Mas tem cuidado e não te afastes muito desses locais por onde andaste agora e a tradição ainda é a açorda, porque se passas o rio ainda te arriscas a sorrisos irónicos e pouco mais. Vai uma sopa de cação?

Suq disse...

Aqueceram com o vinho de Cabeção?

Luís Neves disse...

Eles ganham em muitas coisas mas há umas certas coisas, que a gente cá sabe e tu cá dizes - em que eles nao ganham. Ainda a campanha vai no adro e podem vir a cair muitos andores.
Um abraço das tuas ruas

samuel disse...

Dedicado ao palerma que conheceu não sei quem...:

Só publiquei este comentário imbecil do anónimo dos mil nomes, para que se tenha a noção de que a situação é difícil, mas que há esperança.
É que estes fastistóides, ou seus descendentes, para além de malcriados, como se vê, pouco mais são que débeis mentais... a ver pela qualidade dos "argumentos"...
Sempre foram! Sempre tivemos uma direita e extrema direita estúpidas como as pedras da calçada. Assim que lhes falta o terreno debaixo dos pés, raspam-se para os "brasis", não sem antes se borrarem nas calças, dentro das chaimites... :-))) :-)))

Anónimo disse...

Caro Samuel
Há quem não queira ver a realidade, melhor só vêm a sua carteira ou a de quem eles sabujam.
São seres repelentes porque cobardes já que insultam socorrendo-se do anonimato. Sabem a quem servem e de onde se servem.
Mas o que aconteceu no Alentejo, de que tanto gosto e que, há 35 anos, começou a viver o Futuro que não o deixaram viver, também aconteceu aqui no distrito do Porto na passada sexta-feira.
O Francisco Lopes esteve em Vila do Conde, na Petrogal, em Santo Tirso, no Coliseu do Porto, na Maia e em S. Pedro da Cova sempre muito bem recebido e com muita gente mas a denominada comunicação social nacional, escrita, falada e televisiva, primou pela ausência. Parece que há um super-comando que dá ordens a todos eles e que todos controla.
A besta do comentário das 19.56 deve estar a lamentar que hoje seja possível existir blogues como o teu, com críticas e denúncias, porque com a censura prévia tudo isto não se verificaria.
Mas quer ele queira ou não, tal como disse o Poeta que cantou Abril "Ninguem Cerrará as Portas que Abril Abriu".
Estes energumenos dão-nos mais força e razão para continuarmos a luta.
Um abraço do Norte
Valdemar ( assim me chamo)

Maria disse...

Registo que aderiste ao acordo ortográfico (a mim ainda me faz cócegas, mas tu és mais novo... :) )
registo também que almoçaste 'migas' de espargos e jantaste 'migos'... de quê?
Sobre a com. social não registo nada.
É o costume. Pata que os pôs. Aos ovos. Podres. Que por aqui (e acolá) vão aparecendo...
Haja paciência!

Abreijos e boa campanha!

Anónimo disse...

Os fascistóides não desarmam. A censura é a sua grande arma. por outro lado jamais aderirei ao novo acordo ortográfico nem que me cortem o pescoço!

Antuã