sexta-feira, 29 de julho de 2011

As palavras estão gastas *


Não me foi possível deixar de reparar nestes dois títulos de notícias que coexistiram, ontem, no agregador do “google”:
Como devem calcular, seriam dois grandes temas para desenvolver e comentar, se quisesse fazer um post sobre a bandidagem asquerosa e as numerosas quadrilhas de verdadeiros “filhos da pátria” que, realmente, mandam em Portugal.
Isso, como disse... era se quisesse... mas na verdade, ou devido a este exagero de calor, ou porque me faltam as palavras adequadas... não quero!
* ... e que por este abuso me perdoe o Eugénio de Andrade!

9 comentários:

do Zambujal disse...

Em nome de Eugénio, e sem procuração evidentemente, estás perdoado.
Mas os números e as percentagens, os cifrões, os milhões e os cêntimos, não têm perdão!
E nós também não, se perdoarmos, se lhes formos indiferentes. Tu estás entre os que, teimosamente, não cala, e como na música, também tem de ter intervalos de silêncio entre as palavras que gritamos. Como as que estão nas "etiquetas".

Grande abraço

Maria disse...

Também já gastei as palavras. Agora são tenho palavrões.

Abreijos.

Antuã disse...

Ladrões fora do poder.

Graciete Rietsch disse...

Sem comentários, mad sem perdão para os bandidos!!!!

Um beijo.

Eduardo Miguel Pereira disse...

As palavras que se me afiguravam adequadas não podem ser aqui proferidas, e como tal solidarizo-me com o teu silêncio.

trepadeira disse...

As palavras estão gastas e também não há termos de comparação para essa cambada.

Cá estaremos.

Um abraço,
mário

Fernando Samuel disse...

E qualquer dos temas daria pano para mangas...

Um abraço.

Justine disse...

O Eugénio sabia: as palavras estão gastas! E não é do calor, não. É da impotência face a tanto crime institucionalizado...

josé luis disse...

O Eugénio não disse palavras certas, nem palavras úteis, disse o significado das palavras na inteireza da sua essência. Mas acredito que quando disse que as palavras estavam gastas, referia-se não à essencia de cada palavra mas ao significado que cada um quer tirar delas. Por isso, é minha profunda convicção, mesmo que corra o risco de estar em desacordo com o Eugénio dos meus silêncios, e a minha interpretação primeira é uma tentativa para não me colocar numa posição de discirdância, que aspalavras não estão gastas, há é quem delas faça um uso paradoxal, dizem A para significar Z. Então, não é verdade que mesmo que cai neve em Agosto, em Portugal estamos no Verão? Quem disser o contrário não está a gastar as palavras, está a mentir, e mentir não é apenas não dizer a verdade, é distorce-la. Não, as palavras AINDA não estão gastas. Que me desculpem a ´memória eterna de Eugénio e a vossa sapiência. Obrigado, José Luis Moreira dos Santos.