Depois de termos ficado a saber, na sequência da estória estrambólica do “desvio colossal” das contas (desvio de que ninguém parece conhecer o paradeiro), que teve a vantagem de esclarecer rapidamente que Passos Coelho não passará, afinal, de mais um vulgar aldrabão, o pastoso explicador das frases de Passos... e ministro das Finanças, veio garantir que o roubo do 13º mês «não provoca efeitos recessivos».
Utilizando a técnica entaramelada do ministro Vítor Gaspar, direi que há uma “interpretação abusiva” das palavras do genial governante. Que foi dito “não”... depois foram ditas algumas palavras... após as quais apareceu “provoca efeitos recessivos”.
A minha “interpretação” é que as tais palavras que se perderam pelo meio poderão ter sido:
“Não há dúvida absolutamente nenhuma de que provoca efeitos recessivos.”
“Não tenho outro remédio se não mentir descaradamente para negar que isto provoca efeitos recessivos.”
9 comentários:
Caro Sr. Samuel,
Ler o seu blog (o qual descobri há bem pouco tempo)é saber que não estamos sozinhos na nossa ira.
Um grande abraço,
Ivete
G'anda malha!
Muito bem apanhado!
Apesar de "ele", este vi(tor)perino estar a ajudar, e me parecer que virá a dar muitas outras "dicas", o modo como o "apanhaste" foi mesmo muito bom. Obrigado!
Grande abraço
Um post "à Samuel": muito sério e cheínho de um enorme e cáustico sentido de humor! Fizeste-me rir:))))
Eles antes tinham de possuir o dom da oratória, depois da mistificação, seguidamente exigiram que fossem de boa dicção e se possível que parecessem simpáticos e tivessem aspecto jovem e cinematográfico. Agora resumem isto tudo e pedem um actor para o papel de super-heroi.
Às vezes há erros de "casting" e em vez de arranjarem um que sirva para o papel do "rapaz" enviam o que só faz papel de batoteiro.
Podem muito bem ter sido essas as palavras.
Ele disse: "não - há 13ºmês ( o ano só tem 12 meses) e, por isso, não (não outra vez) - provoca efeitos recessivos".
Tal qual como eu posso fazer um pequeno desvio que envolva um número colossal de quilómetros!
Um abraço colossal mas sem desvios
Pois dada a maneira como eles se dizem e desdizem é mais que aceitável que a versão do Samuel esteja correcta.
São uns mentirosos.
Um beijo.
Por mim, subscrevo todas as versões...
Um abraço.
Na mouche!!!
Abreijo.
Enviar um comentário