Sócrates – Ainda mais à direita

Este calhordas quer «ligar salário à qualidade do trabalho», segundo vejo num título do DN, ouço nas notícias... e já me deliciei a ler aqui. O tal meu "software de tradução" diz-me que isto quer antes dizer: salário dependente do livre arbítrio do patrão, da boa ou má disposição desse dia, de o funcionário ser do mesmo clube do patrão... em dia em que o clube não perca, de a funcionária do escritório, para além de ser a mais "vistosa", não fazer queixa por o patrão lhe passar a mão...

Trata-se de um tipo de relação laboral que estava muito em voga antes de 1904... altura em que um punhado de tipógrafos de Lisboa teve a ideia meio "comuna" de conquistar o primeiro contrato colectivo de trabalho. Sem prejuízo de futura análise desta extraordinariamente "socialista e tão moderna" ideia de Sócrates, um governante que, como a imagem documenta, põe as “pessoas primeiro”... sempre gostaria de saber quanto é que ele próprio terá de pagar para continuar com o emprego atual, já que a “qualidade” do seu trabalho afasta liminarmente qualquer hipótese de remuneração... pelo menos, que eu esteja disponível para pagar. Poderia, talvez, reincidir na “engenharia”... mas se bem me lembro da suas aberrantes casinhas da Guarda, a situação ainda seria pior.

Com sorte, restar-lhe-á o lugar de tradutor, ao vivo e em direto, em grandes eventos, do português para o espanhol... ou mesmo para o seu esfusiante inglês técnico... encaixado entre o número das focas malabaristas e do engolidor de espadas.