Por vezes parece exagerada a minha indisfarçável (e impotente) ira contra os burgessos sentados em carrões estacionados “em cheio” nos lugares reservados a pessoas com mobilidade reduzida, enquanto esperam que a mulher volte com as compras.
Por vezes, quando esses veículos estão vazios, vou pensando que até pode ser que dessa vez possa ser verdade... até ver regressar a família inteira, cada um com os seus saquinhos de compras nas mão e nenhum sinal de “deficiência”... que não seja a evidente deficiência de carácter.
Por vezes apetece-me colar nesses automóveis (com uma cola bem forte e que arruíne a pintura) várias folhas A4 a dizer que “a falta de civismo e a selvajaria não são consideradas deficiência!”
Por vezes dizem-me que sou um exagerado... e que algumas dessas pessoas podem ter feito isso apenas por distracção.
Por vezes... desgraçadamente, a realidade dá-me razão. Como é o caso deste verdadeiro monte de esterco em forma de “senhora”, de que nos dá conta a notícia deste recorte de jornal.
10 comentários:
Sem comentários.......
por vezes...
"não me digas que nunca sentiste
uma força a crescer-te nos dedos
e uma raiva a nascer-te nos dentes"...
leio. vejo... como posso ignorar?!! que horror!... que (des)humana gente... pior que selvagens... eu nem sei adjectivar...
Burgueses inchados deviam ser lixados!
Gostava de ter visto o que realmente aconteceu. Porque tenho experiência de abusadores nos dois sentidos: no papel de algoz e no papel de vítima.
Diogo:
Claro, claro, Diogo... é sempre muito importante relativizar.
Se a coisa se der à noite... gostaria de assistir, pois já ouvi dizer que, por vezes, há sol.
Se estava frio... nada como uma testemunha ocular, pois consta que, por vezes, há dias quentes...
Falta de educação cívica da populaça e da polícia.
Se a "senhora"nao pertencer ao governo ou a parentes e amigos do mesmo,pode ser que seja responsabilizada pelas violacoes que cometeu.
Um beijo
A atitude desta "senhora" é crime, mesmo que não atropelasse o senhor paraplégico.
Mas estes criminosos ainda vão tendo as costas quentes. Até um dia!!!
Um beijo.
O que não falta pelas nossas cidades e vilas é carros estacionados em locais reservados a pessoas com deficiência, sem o respectivo dístico. E quando chamados à atenção ainda são mal educados.
Há falta de adaptação da sociedade portuguesa desde que deixámos de ser um país a «preto e branco».
Tal como os novos pobres não sabem que um bocado de casqueiro e umas azeitonas é um pitéu groumet, também os novos ricos não sabem que notas não servem de papel higiénico.
Vai sobrar tanto estacionamento!
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