O híper-merceeiro do Pingo Doce optou, há algum tempo, por abrilhantar o seu negócio a retalho com a contratação por grosso de figuras (supostamente)muito cultas e (pretensamente) famosas, que vão dando um ar “intelectual” às mais valias das hortaliças, das conservas, ou do rodovalho fresquinho.
Esta espécie de coberta de bolo intelectualóide, onde facturam figuras como António Barreto, Zita Seabra, ou a nova “Supico Pinto” do Banco Alimentar, serve para acompanhamento e tempero das atoardas pseudo-democráticas com que o merceeiro Soares dos Santos disfarça as “botas cardadas” com que, na realidade, anda pela vida.
Assim, por cada fuga de impostos para a Holanda, ou por cada provocação fascista no 1º de Maio, o dono do Pingo Doce bolça umas teorias sonsas sobre o progresso, o bem estar, a justiça, a produtividade, o diabo que o carregue.
Outras vezes... mistura tudo. Como agora:
Mai’ nada!!! Eleições para quê, se o senhor Soares dos Santos já decidiu a composição do governo e, sobretudo, para as opções políticas do país nos próximos 10 anos, independentemente dessa coisa verdadeiramente exótica que é a vontade dos cidadãos?
Para não se perder nada, a coisa poderá ser mesmo feita recorrendo à seguinte técnica extremamente aliciante para a “ralé” e de um fino recorte “democrático”:
Os eleitores vão fazer compras às mercearias do senhor Soares dos Santos, declaram na caixa a sua intenção de trocar o voto por pontos a acumular no “Cartão Poupa Mais”. Os pontos são depois trocados por compras a fazer (exclusivamente) no Pingo Doce... e o senhor Soares dos Santos, uma pessoa que, como se pode ver, sabe das coisas... vota por todos nós!
Passaríamos a ter governos (finalmente!) assumidamente resultantes de arranjinhos patrocinados pelos donos das cadeias de super-mercados, bancos e agiotas internacionais.
É esse o “maravilhoso mundo novo” com que sonham todos os híper-merceeiros e demais capitalistas e oportunistas da casta repelente deste Soares Pingo “Duce” dos Santos
Felizmente, outro mundo é possível!
8 comentários:
Não foi o "Duce" que se finou fazendo o pino ao dependuro?
Os "Pingos" têm talhos...
Rui Silva
Convém ter a noção que eles não estão a brincar.
Há camaradas que acham que temos todo o tempo do mundo para mudar a correlação de forças (que alguns camaradas tanto gostam como justificação para procastinar). Há camaradas que acham que temos todo o tempo do mundo para mudar as instituições por dentro e para o povo se lembrar de repente à milésima tentativa de fazer uma espécie de primeiro de Maio de 74. O que seria inútil sem ressuscitar também o morto e mais que morto MFA.
Nada senão uma revolução pode travar o regresso ao antigo regime. E o passado não se combate com outro passado. O passado combate-se com futuro.
Soares dos Santos , super merceeiro, e acólitos, são insultos aos pequenos e médios comerciantes onde vou fazendo as compras do dia a dia.
Um beijo.
Os merceeiros do rol dos tempos dos nossos avós e dos nossos pais, também eram uns manhosos.
Para terem sucesso comercial faziam qualquer joguinho, mesmo que fosse jogo duplo.
Faziam o jogo da União Nacional e do contra.
E era fino os filhos do merceeiro, a média burguesia lusa, poluirem as universidades com a barba à Fidel.
Essa média burguesia muito representativa no mundo rural e citadino, que desapareceu com 26 de Abril, foi talvez a maior revolução da vida portuguesa pós 25 de Abril.
Soares dos Santos não é um merceeiro mas um ladrão nazi encartado.
este filho da puta sabe muito, como todos os filhos da puta.
por isso é preciso estar sempre com os olhos bem abertos e em cima da besta, para desmontar o que diz (ou faz).
esta dos 10 anos não a verá produzir nada!
Abreijos
O "merceeiro" conhece bem os que são iguais. Daí a vinculação por 10 anos.
Acho muito bem que existam pessoas como Fernando dos Santos em Portugal, precisamos das sábias opiniões dele e da forma como gere os negócios.
Mais capitalismo em Portugal é necessário, mais empresas privadas e mais empresários que disciplinem as massas proletárias. Eu ordeno aos meus capatazes para usarem, se necessário, o chicote para disciplinar os trabalhadores nas minhas empresas. Preciso de lucro para desenvolver e inovar.
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