A escola, a banca, os centros de saúde e hospitais, as indústrias estratégicas, as grandes empresas (quase sempre monopolistas) de fornecimento de energia, água, transportes... etc., etc., deviam ter como prioridade primeira, exatamente a educação, o apoio à economia do país, empresas e particulares, a saúde, o enriquecimento do país, o fornecimento de serviços vitais. Infelizmente, já não é isso o que acontece na maior parte dos casos. O assalto que o capitalismo fez a todos estes sectores (desde que lucrativos) fez com que em cada uma destas atividades se tenha imposto uma nova e mais importante prioridade: o lucro.
Daí que, salvo raras exceções – e entrando finalmente no tema – eu não tenha grande apreço pelo ensino privado, sendo que as tais exceções só se verificam em casos em que o serviço público não dá resposta às necessidades das populações. Desgraçadamente, muitos destes casos de falta de resposta pública para as necessidades no ensino, tal como em muitas outras atividades, não corresponde a uma real dificuldade do Estado em conseguir cumprir o seu dever, mas sim ao conluio de sucessivos governos com os interesses privados dos senhores do capital.
Sendo assim, exatamente por existirem exceções e por falta de informação suficiente, não posso ter uma opinião, nem boa nem má, sobre o externato “Penafirme” que, para reivindicar financiamento público para o seu negócio privado, organizou uma manifestação à porta de um jantar de campanha de José Sócrates, em Torres Vedras.
- Então se não tens opinião, cala-te!, poderiam dizer vocês... mas na verdade, não é do ensino privado que quero falar. Aquilo que me prendeu a atenção foi o “ângulo” que Sócrates escolheu para atacar a manifestação. «Não me deixo impressionar por manifestações luxuosas».
Isto, porque os manifestantes estacionaram um TIR à frente do restaurante, com um dos lados coberto por uma grande faixa preta com uma frase anti-Sócrates escrita... faixa que bem pode não passar de um pedaço de plástico para cobrir estufas, oferecido pelo pai de um aluno e pintado por uma tia, tal como o camião poderá ter sido emprestado pelo cunhado de uma das professoras. Para reforçar o “luxo”, houve uma avioneta a sobrevoar o acontecimento, transportando no ar mais uma frase alusiva à acção de protesto, que dizia "Penafirme, ensino público gratuito", estão a ver?... uma daquelas avionetas que os namorados com uma mesada boa, ou um primeiro emprego interessante, costumam alugar por quinze minutos, para sobrevoar a praia, arrastando uma faixa esvoaçante que diz “Amo-te, Soraia Cristina!”.
José Sócrates podia ter aproveitado para falar daquilo que pensa realmente sobre o ensino privado. Poderia ter mostrado conhecimeto sobre aquele caso específico... mas optou por chamar àquilo uma “manifestação luxuosa”... logo ele, que nos últimos dias tem arrastado pelo país inteiro uma máquina de propaganda, essa sim, verdadeiramente multimilionária... e até com recurso a figurantes pagos.
A mostrar que o ainda primeiro-ministro de “corpo presente”... pois àquilo não se pode chamar propriamente gestão, pode até ser rico na sua casa lisboeta, nos fatinhos com assinatura, na incomensurável lata, na mitómana imaginação com que todos os dias fala de um país que não existe... mas que, quanto a tudo o resto, é extremamente “pobre”. Indigente, mesmo!
8 comentários:
Boa malha!
Posso despejar o caixote?
Na estrumeira ou no aterro sanitário?
Diria mesmo mais... mas não melhor!
Um abraço
Perdeu uma boa ocasião de valorizar o ensino público!
Um beijo.
Um homem que merece bem ir para o lixo... caracterizaste-o bem: Indigente!
bjs,
É sempre bom voltar aqui. Demais com este humor... Sócrates, o homem do... como é mesmo? do lixo. Temos um problema, por causa do cheiro pestilento: emborcamos o caixote numa lixeira ou fechamo-lo "cerce rentinho"?
Parece que o Sócrates não pagou grande coisa a paquistaneses e indianos contratados para serem figurantes da campanha.
Pois espera pelo outro que aí vem e vais ver... o que é lixo!
Sócrates e Passos Coelho (e, já agora, Portas):o mesmo lixo...
Um abraço.
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