Maria de Lurdes Rodrigues, no tempo em que era feliz, fustigava os professores a seu bel prazer e dava alegres entrevistas ao Expresso, em poses azougadas... como a que esta fotografia documenta.
Todos nos lembramos da estória. O Ministério da Educação, então dirigido pela dona Maria de Lurdes Rodrigues, encomendou diretamente ao advogado João Pedroso, por quase 300.000 euros, uma espécie de colectânea de toda a legislação portuguesa relacionada com a Educação. Foi feito um primeiro contrato em 2005, depois, descobriu-se que as verbas acordadas não chegavam, sequer, para começar a coisa... e foi feito novo contrato em 2007. Mais tarde, o ME desistiu do trabalho, que nunca foi acabado, embora tenha sido pago.
Já nessa altura houve quem pensasse que ninguém conhecia a João Pedroso a “especialização” que aconselhasse a sua contratação.
Já nessa altura houve quem pensasse que o fim daquele contrato era mais entregar a verba ao advogado, do que obter qualquer trabalho em troca.
Já nessa altura muita gente sabia que dentro do ME e do aparelho do Estado existiam muitas centenas de juristas, capazes de fazer tão bem, ou melhor, aquele trabalho.
Finalmente, agora, com o ano de 2011 já a meio, o Ministério Público produziu alguém capaz de elaborar a acusação de crime de prevaricação (e não sei o quê mais) com que, por estes dias, brindam a ex-ministra, dois dos seus mais diretos colaboradores e o próprio João Pedroso.
Ainda bem que assim é, pois toda a gente envolvida merece, das duas uma: ou a condenação adequada aos atos de que estão acusados, ou a total ilibação de qualquer suspeita.
Sobre o processo em si não tenho qualquer opinião... pois casos destes não se devem julgar com “opiniões”, mas sim com provas irrefutáveis. Já sobre o tempo que demorou esta acusação, até ver a luz do dia e, sobretudo, a altura escolhida para a fazer... aí sim, tenho uma opinião: É uma vergonha!
Não se pode deixar de ficar com a impressão de que o “braço da lei” sofreu, mais uma vez, do “Síndrome Vale e Azevedo”, que, como estamos lembrados, só foi acusado depois de ter descido do trono do seu Benfica. Não se pode deixar de ficar com a impressão de que, neste caso, mesmo já não estando a cidadã Maria de Lurdes Rodrigues sentada na cadeira do Ministério da Educação, desde 2009, alguém esperou até que o Partido Socialista saísse do poder. Até que houvesse novo Governo, nova Assembleia, nova maioria. Não fosse o diabo tecê-las!...
Não se pode deixar de ficar com a impressão de que haverá bastantes mais processos à espera de uma “aberta”...
10 comentários:
Processos que serão certamente geridos de acordo com as necessidades do governo...
o que eu gostava de ver era a Milú atrás das grades acompanhada dos seus capangas.
Mais uma vergonha a acrescentar aos feitos dos nossos políticos. Os do PSD que se cuidem, pois também chegará a sua vez.
Eles não estão isentos de culpas.
Um abraço.
Tiraste-me as palavras do post - já não digo nada sobre o assunto!
Vou enviar o link deste post a alguns amigos muito esquecidos.
Um abraço e venha o Crato liberalizar a educação
A entrega da fabricação de Magalhães a uma empresa privada não anda longe desta estratégia. Só os montantes envolvidos é que são muuuiiito diferentes. Será que também vai haver acusação?
É bom é que ela em tribunal não se ponha com poses como a da foto deste post.
É que o Sr. Dr. Juíz pode achar pouca piada à "tranca" da Sra.
Com o critério dos meretíssimos
e perante a exibição do belo pernão
está absolvida
A justiça é muito sensível
à nudez
Processos destes deve havê-los por aí aos centos, aos milhares, eu sei lá!... mas o «braço da lei» é lento, lento... e só se movimenta quando quer...
Um abraço.
E os do Dias Loureiro e do Faria de Oliveira e até do Cavaco, quando é que o Ministério Público os põe em marcha?! Ou esses são intocáveis?
gosto da palavra 'azougada'....
hoje estou 'de todo' :)))))
Abreijoca.
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