segunda-feira, 20 de junho de 2011

Louçã e Rui Tavares – A borrasca


Longe de mim querer comentar o facto de Francisco Louçã, por causa da maciça perda de votos, já estar arrependido de não ter ido à reunião da "troika". Até porque daqui por uns dias pode bem arrepender-se de ter admitido estar arrependido... e lá começaria tudo de novo.
Não. Numa altura em que até estou a prestar maior atenção ao Bloco, primeiro porque sim e segundo, para seguir a anunciada reflexão colectiva, aquilo que me chamou a atenção foi esta borrasca que estalou entre Louçã e o deputado europeu pelo BE, o independente Rui Tavares, relacionada com uma alegada confusão de nomes dos fundadores do partido, com trocas de farpas e exigências públicas de pedido de desculpa... o que me levou a refletir sobre, pelo menos, duas coisas extraordinárias:
1. A extraordinária falta de sorte que tem o BE para escolher os independentes a quem oferece cargos políticos (claro que estou também a pensar no “Zé que fazia falta” na Câmara de Lisboa).
2. A extraordinária confusão feita à volta dos nomes dos fundadores, atendendo a que são apenas quatro, atendendo a que Louçã é um deles e atendendo a que Rui Tavares é um historiador profissional. Que diabo! Foi há tão poucos anos...

10 comentários:

do Zambujal disse...

Esta polémica sobre os fundidores é muito interessante...
E mete indepedentes, eurodeputados, historiadores e tudo!

Um abraço

Rogério G.V. Pereira disse...

Para alguns historiadores o horizonte passado é um caso complicado...
(quando há que manobrar o presente)

Anónimo disse...

Mas que confusão! Bem queriam meter-nos nisto mas, não nascemos ontem.
Saudações
Vicky

Graciete Rietsch disse...

Têm muito em que pensar,portanto esquecem-se de algumas coisas e até vão usando as palavras dos outros.

Um beijo.

Anónimo disse...

Acontece a quem trabalha em jornais como o Orgão Central da Sonae. Fica-se contaminado.
Rui Tavares perdeu o rumo.
Ambição, vaidade, oportunismo...

Eduardo Miguel Pereira disse...

A memória (curta) e a base ideológica no BE são siamesas !

Anónimo disse...

Não sou do BE, nem simpatizante, nem votante, nem militante. Nunca fui e não quero ser mas na noite das eleições a minha alegria ficou tingida pela tristeza da perda dos seus deputados. Como democrata e trabalhadora sei que vão fazer falta. Mas sinto uma tristeza maior por ouvir FLouçã nestas declarações infelizes, tão infelizes, arrependido da atitude tomada pelo BE na campanha eleitoral e que foi de completo afastamento do FMI e dos 3 partidos que vestidos com a mesma pele de lobo usada pelos que nos espoliam se sentaram na mesa das reuniões. Não, já não será hoje... mas e se o FMI vir nestas declarações uma bandeira verde para a convocação do BE para amanhã ou para depois de amanhã? Que irá fazer o BE e FLouçã? Desperdiçar a confiança traduzida nas mais de duas centenas de milhar de votos dados pelo eleitorado BE antiFMI? Ana

Carlos Fernandes disse...

Quando um "histórico do BE" como foi apresentado na sexta-feira na antena 1 Mário Tomé disse que: "as idiologias estão ultrapassadas e não servem para nada", eu fico a perceber a desorientação existente no BE, realmente não é nem nunca foi um bloco mas sim uma argamassa nada consistente que cresceu mas se vai desfazendo em agua e pó,
porque sem o cimento de uma idiologia consistente não será possivel construir um Mundo Novo.

Um abraço.

Antuã disse...

Tenho é a impressão que o Capital já chegou à conclusão que apostar no BE para destruir o PCP não resultou. Não seria de espantar que os capitalistas deixem cair esta organização onde cabe todo o tipo de gente.

Luis Nogueira disse...

Não há muito a esperar, em termos de reflexão, de ideologia política, de elocubração filosófica, de visão do mundo, do Mário Tomé. Esta sacudidela pequeno-burguesa de que "as ideologias não servem para bada", é característico, tão característico como as teses do senhor Fukyama, ou as tiradas do pensamento único: servem tanto à direita como à esquerda caviar e pequeno burguesa que é onde pertence e sempre pertenceu o Tomé. Mas bom rapaz, no fundo, meu caro Carlos.
Quanto à tese do Antuã, também vou estando de acordo, embora me custe e nunca tenha tido ilusões. Já os topo desde que o meu amigo Arnaldo de Matos, nos longínquos idos de 1964 me quis explicar o materialismo dialéctico através de simplivicações que deixariam o Stalin envergonhado.
É preciso é caminhar

Saudações revolucionárias

Luis Nogueira