É notoriamente um bem escasso... mas de vez em quando lá nos chega uma boa notícia. Esta vem da Argentina, terra de gente boa, grandes espaços e música forte, farta e bonita (sim... incluindo o tango). Diz-nos a notícia que um tribunal argentino não se impressionou com os 82 anos de idade de um réu, condenando-o a 25 anos de cadeia. Trata-se do cidadão Reynaldo Bignone, General em título, mas assassino de profissão.
O General Reynaldo Bignone foi, entre 1978 e 1979, vice-chefe da base militar Campo de Mayo, centro especializado em prender, torturar e assassinar os opositores à ditadura. Para além deste “serviço exemplar”, responsável por mais de 30.000 mortos e “desaparecidos”, foi ainda Presidente da Argentina, entre 1982 e 1983. O Tribunal conseguiu ligar o nome desta "hiena" a 57 homicídios e a 500 dos célebres raptos de bebés, cujas mães eram obrigadas a dar à luz em centros clandestinos.
Se tudo correr bem, o bandido verá o fim dos seus dias atrás das grades. Até lá, irá certamente ruminando fantasias de vingança e mais assassínios em massa, enquanto os seus advogados, como é o costume nestes casos, alegarão, uns, o seu sentido arrependimento, outros, que está doentinho...
É uma boa notícia esta que nos chega da Argentina. Ao contrário da Espanha, onde a estrema direita franquista se agarra e defende com unhas e dentes (e ameaças) a “Lei de Amnistia”, cuja aprovação forçaram durante a chamada transição para a democracia, lei que faz tábua rasa de todos os crimes do franquismo. Ao contrário de Portugal, onde falar dos crimes do salazarismo e do asco provocado pela bela vida que levam os torturadores e assassinos da PIDE, por exemplo, para já nem falar daqueles a quem são concedidas boas pensões e até, condecorações... é uma coisa que parece mal. Estraga qualquer ambiente, sei lá... não é fino...
25 anos de cadeia para o assassino Reynaldo Bignone. Muito, muito bom!
* Com um grande “olá” ao Carlos Gardel que, decididamente, não entra nesta estória.
6 comentários:
Parece que há países onde ainda se faz Justiça! E ainda bem!
Abreijos
Sem dúvida! Um exemplo que devia ter réplicas em tantos outros lugares...
bjs,
Bom exemplo sem dúvida! É preciso castigar os torturadores que destroem todos os que se opõem à construção de um novo mundo.
Beijos.
Se tivermos em conta o que se está a passar em Espanha, onde nem deixam que se investigue os crimes do franquismo, percebemos que na Europa os terrores montados contra as «ameaças vermelhas» do passado têm justificação.
Na Europa o nazi-fascismo ainda domina.
Ah!, uma boa notícia!; festejemos, irmãos...
Um abraço.
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