Vai de andor. O cheiro a fim de ciclo que exala o pré-cadáver político de Sócrates, atrai como um íman as tropas do PPD-PSD. Como notaram alguns comentadores, há já quem esteja a transformar e moldar a sua vida profissional, de maneira a poder começar a estar muito mais “próximo” do partido.
O cheiro a poder que anda no ar, possibilitou a Passos Coelho fazer o "milagre" de transformar ódios velhos em súbitas disponibilidades para a convergência e unidade. Sabendo-se que as práticas e as políticas que defendem enquanto grande partido do “centrão”, são decalques das políticas e práticas dos outros sociais-democratas agora no poder, terão muito trabalho pela frente. Primeiro, o mais fácil, garantir aos senhores, detentores do grande capital, que tudo ficará na mesma e a seu gosto; segundo, o mais difícil, fazer os eleitores acreditar que são efectivamente diferentes.
Enquanto lhe cheirar a poder e enquanto acreditar que Passos Coelho a poderá levar lá, a tropa do PPD-PSD avançará, como que em procissão, encenando discursos alternantes, encenando profundas diferenças com o PS, encenando patriotismo, encenando valores éticos, encenando até a unidade.
Não tenho nada para dar a Passos Coelho nem ao PPD-PSD... a não ser, talvez, um projecto de slogan:
“A união faz a farsa!”
6 comentários:
A questão está colocada ao contrário. São os detentores do grande capital que financiam o PS e o PSD. Desta forma, dão à maioria do eleitorado a noção de «democracia», estendendo-lhes ora um braço, ora outro, dando-lhes a entender que são braços de um corpo diferente.
Bastava ver a maioria dos comentadores, parecia que tinham sido eles os eleitos...
Abraço sem farsas.
O oportunismo no seu melhor...
bjs,
Grande expressão "A união faz a farsa". Farsa realmente comandada pelo grande capital multinacional.
Um beijo.
Genial!
Mas à farsa falta o farsante-mor da ilhas.
Grande slogan!
Um abraço.
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