sexta-feira, 20 de julho de 2012

Madeira – Mais uma vez, a criminosa incúria


Antes de mais, uma palavra de solidariedade para com o povo madeirense, sujeito a mais uma tremenda provação, solidariedade ainda mais reforçada para os casos em que essa provação podia ser evitada, ou minorada, não fosse a reiterada incúria do regime jardinista no que toca às obras e equipamentos que não dão votos ou lucros imediatos.
Em segundo lugar, a profunda admiração pelo esforço, por vezes sobre-humano, dos homens e mulheres que ali (ou seja onde for) combatem as chamas.
Dito isto, é uma pena que não haja nenhum amigo pessoal de Alberto João Jardim, ou um alto quadro do PSD-M, ou um qualquer figurão de uma das poucas famílias que dominam a economia madeirense, metido no negócio dos helicópteros, ou dos aviões “Canadair”, os mais conhecidos e eficazes meios aéreos de combate a incêndios em zonas de difícil acesso.
Fosse esse o caso... e aposto que a Madeira estaria equipada com um dos melhores, mais caros e mais "vistosos" serviços de combate aéreo a incêndios de toda a Europa.
Infelizmente, quase todo o investimento (e endividamento) destina-se a servir os interesses dos operadores turísticos e os bolsos dos grandes empreiteiros locais. Investimentos que, como se vê, são canalizados quase exclusivamente para o luxo do Funchal e o faraónico sistema de túneis, auto-estradas, vias rápidas e similares.
Esta é, desgraçadamente, mais uma ocasião para o povo daquela Região Autónoma perceber que os milionários investimentos que o regime de Jardim vai esturrando na ilha, servem todos os interesses menos os dos eleitores e restante população que não está instalada na gamela do orçamento.
A cada tragédia que se abate sobre a Madeira, isso vai ficando mais claro. Não menos tragicamente, as lições da História vão sendo repetidamente ignoradas.

7 comentários:

do Zambujal disse...

Um libelo!
Que se deveria tornar em acusação num julgamento.

Um abraço

Anónimo disse...

Uma vez que o mal está feito, isto é, o fogo já lá anda e já queimou o que queimou, confesso que lastimo acima de tudo é que o repasto onde a besta do Jardim se empaturrou há dias (quase até à morte) não tivesse sido marcado para agora.
Sempre podia dar-se o caso de ele não ter à mão o bombeiro que o salvou (porque estaria com certeza a fazer o que lhe compete que é apagar fogos e não a salvar ditadorezecos de 3ª de sufocos pela gula) e assim já não era tudo perda.

Ass.
ocanhoto !

trepadeira disse...

O crime é dele e dos compinchas.

Um abraço,
mário

Antuã disse...

Com festas e bolos se enganam os tolos. O Povo Madeirense há-de libertar-se dos copos do chefe.

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

"...crimonosa incúria"; a quem é que ainda deixa dúvidas de que determinados incêndios não são nada ocasionais? Porque não se cumpre a Legislação em todas as suas vertentes, que digam respeito a este gravíssimo assunto?. Depois somos todos nós que mais uma vez seremos penalizados...

Graciete Rietsch disse...

Um sentimento de grande desgosto pelo sofrimento do Povo Madeirense e, ao mesmo tempo, uma grande revolta pela incúria de um governo que cotinua a ser eleito pelo Povo que destói. Porquê?

Um beijo.

Pintassilgo disse...

E agora vão acabar com com os entraves à plantação dos eucaliptos.