terça-feira, 13 de julho de 2010

Ministério da Cultura – Avanço... à retaguarda



Ora aí está! Afinal, o Governo já não vai “congelar” 10 por cento das verbas destinadas às várias áreas da actividade cultural. Afinal, parece que, pelo menos algumas vezes, a luta e a unidade dão frutos... mesmo que incompletos, ou provisórios.

Claro que não se trata de uma vitória dos trabalhadores da cultura! Segundo a Ministra, é uma vitória do Ministério. Claro que, ainda segundo a Ministra, não se treta de um recuo do Governo de Sócrates! Claro que não! Trata-se de um dos já célebres “avanços para trás”...

O que importa é que, pelo menos este ano, os criadores e fazedores de produtos culturais não vão passar ainda por mais dificuldades de que aquelas a que os sucessivos orçamentos de miséria do Ministério da Cultura os sujeita. O que importa é que não pegou o “argumento” demagógico daqueles que querem fazer passar a ideia de que os artistas portugueses são uma classe privilegiada, coalhada de milionários.

Irremediavelmente prostrada por um ataque de tristeza incontrolável, deve estar a deputada do PS, Inês de Medeiros, a qual ainda há dias, defendendo o projecto governamental, vociferava inflamada em pleno Parlamento na direcção dos deputados que contestavam os cortes na cultura, que, e cito de memoria, “os artistas seriam os primeiros a ficarem tristes se não pudessem contribuir com o seu sacrifício extra para a resolução da crise”.

Os artistas (pelo menos alguns) devem estar tristes, sim, mas por terem tal “representante” no Parlamento.

11 comentários:

Maria disse...

Tenho esperança que a min. da cultura ainda me explique esta língua portuguesa, tão difícil de entender...
Não, não falo do teu post. Falo do que a mulher disse ontem...

:)))
Abreijo.

svasconcelos disse...

Que lata! Este tipo de argumentos devia ser sujeito a coimas de 10% para cima!!
Olha os artistas felizes por serem salvadores de um país cuja crise foi desencadeada precisamente pelso governantes que agora lhes pedem sacrifícios!... "Ele há cada um!!!"
beijos,

Op! disse...

Uma tristeza é a visão que os portugueses têm da arte, como se admirar ou produzir uma obra artística fosse algo supérfluo... é claro que a concepção capitalista de «arte» só sobrevive de tal forma.

cão sem raiva disse...

A Medeiros não é a tal que foge aos impostos e tem viagens pagas para Paris todas as semanas?...

samuel disse...

cão sem raiva:
De impostos não sei... mas a mordomia das viagens, foi-se! Pelo menos é a versão oficial...

O Puma disse...

Vale a pena lutar

Graciete Rietsch disse...

Sim, vale a pena lutar. O caso da cultura é um exemplo embora modesto, mas outros têm acontecido. As pessoas têm memória fraca!

Um beijo.

Antuã disse...

A Inês Medeiros pode pensar com qualquer coisa,menos com a cabeça.

Fernando Samuel disse...

Eu acho que a deputada tem razão: os artistas andam todos numa tristeza desgraçada porque acham que o governo da ministra não lhes pede os sacrifícios todos que deveria pedir para resolver a crise...

Um abraço.

Anónimo disse...

Passei por aqui e não fico com vontade de voltar. Cambada de comunas que nunca mais aprende. Não chega o mal que já fizeram a este País? Chulos!!!

samuel disse...

Anónimo (23:23):
Esta deve ser, provavelmente, a primeira boa ideia da sua triste vida de anónimo "anónimo": não voltar aqui!

Vá pela sombra...