Aos 93 anos, morreu José Hermano Saraiva, um comunicador que até ao fim da vida demonstrou um grande jeito para contar estórias. Muitas inventadas... outras, providencialmente "esquecidas".
Não tendo quaisquer estados de alma quanto ao desaparecimento do eficaz comunicador de televisão, resta-me a curiosidade de ver quantos órgãos de comunicação social e comentadores lhe vão chamar “Historiador”... e quantos vão branquear o seu passado fascista e de mandante de cargas policiais e de PIDE sobre estudantes.
14 comentários:
Oh! Já hoje ouvi dizer que era "politicamente controverso"
Parece que é o que chamam agora aos fascistas acabados
Beijinhos
Olá Samuel. Vocè tem um link sobre a palavra "sobre" na última linha do texto que nos aponta uma página de publicidade. Foi algum "boicote" ao seu texto ou é de sua iniciativa?
Para além do seu largo passado ligado ao regime fascista, como historiador "minha culpa", efectivamente desconheço a sua obra... . Li sómente a "História concisa de Portugal".
A História sem povo de H. Saraiva era como a Agricultura sem Reforma Agrária de Sousa Veloso.
Ambos ajudaram na campanha de branqueamento do fascismo.
Ao menos que haja memória. Obrigado e deixe-me dizer que reproduzi o seu comentário com os devidos créditos nessa treta do Facebook, que pouco utilizo.
Obrigado
Augusto Freitas de Sousa, jornalista
É um daqueles com quem não quero gastar cera.
Um abraço,
mário
Vítor Fernandes:
Deve ser uma "partida" informática que não aparece no meu computador.
Seja como for, obrigado pela informação!
Vamos esperar para ver quantos antigos estudantes gabarolas vão aparecer para mostrar as nódoas negras dos bastões da PIDE.
É que os priveligiados que iam para a universidade eram tão poucos e tão felizes que eles não se queixam, gabam-se.
Até ficam com invejam dos que apanharam mais que eles.
O branqueamento deste facho anda a fazer-se há anos!
Mas a gente não esquece.
Abreijos
Era um bom comunicador, mas não deixou de apoiar e colaborar com o regime fscista.Eu tinha um livinho do irmão(António José Saaraiva)da coleção Saber, sobre História da Literatura Portuguesa, de que gostava muito e que ofereci a um colega meu, bastante mais velho,mas antifascista, quando era professora novata no Inst. Ind. do Porto. Mas esse também virou, apesar de ter colaborado com Óscar Lopes.Lá estava o vírus.
Um beijo.
Realmente o homem era muito rural. E eu até tive sorte com ele. Não vos vou dizer como.
Em 69 eu era finalista voluntária num curso da Fac. de Letras de Coimbra.Faltavam-ma 2 cadeiras para acabar.Não vivia o mundo académico como os não voluntários,mas senti que não podia traí-los com a minha presença nos examese.Para melhor me informar.fui Á sede da aSSOCIAÇÃO ACADÉMICA para ouvir e apreciar os argumentos dos meus colegas que,afinal,me emprestavam oa apontamentos para o meu curso,pois vivia em Leiria e estava empregada.Ainda hoje guardo um conjunto de desenhos que traçam a caricatura da situação.Disse na entrevista o Dr. Hermano Saraiva ,se bem enrendi,que alunos queriam estar presentes a exames,mas seriam pressionados para não irem.Pois eu,quietinha em minha casa.recebi os salvo-condutos emitidos pela Fac.para me apresentar aos examos em segurança.
Ó Sr. Dr Hermano Saraiva,lá onde está poupe-me por favor
Kinkas
Adenda:Fui reprovada na prova oral das ditas cadairas nos exames de Setembro.Kinkas
Para a fgeneralidade da comunicação social e para os nossos "governantes" o homem foi um historiador e um ministro da educação. Quando haverá uma informação livre?
Enviar um comentário