O Sérgio Ribeiro faz uma série de (in)pertinentes perguntas sobre quais os reais beneficiários da “pesada ajuda” europeia que aí vem. À questão sobre se a “ajuda” se destina aos desempregados, aos pensionistas a quem cortaram as pensões, aos funcionários públicos a quem cortaram os vencimentos, aos doentes a quem tiraram as credenciais para os transportes e os centros de saúde na sua terra, às famílias a quem prometeram a facilidade de casa, carro e férias a crédito... para agora os terem presos pelo pescoço e de garrote bem apertado... o Sérgio Ribeiro responde aquilo que só não vê quem não quer: a “ajuda” é para beneficiar em primeiro lugar... e em segundo, em terceiro, em quarto, quinto... ... os credores de toda esta gente. Os bancos!
A crua realidade não demorou a confirmar esta “má vontade” do economista comunista. As notícias não tardaram: mesmo antes de acontecer seja o que for... os bancos portugueses já estão a ganhar muito dinheiro, com as cotações das suas ações a subir no mercado de capitais. Sobretudo, os bancos dos dois banqueiros que mais engrossaram a voz para ordenar a Sócrates que pedisse a “ajuda”, a saber, Carlos Santos Ferreira, pelo BCP e Ricardo Salgado, em nome da família Espírito Santo e do BES, cujos títulos, em apenas um dia valorizaram cerca de 5 por cento.
É assim como que uma espécie de recompensa pela sua intransigente defesa dos “valores” nacionais... o que, particularmente no caso do Dr. Ricardo Salgado é um desígnio que já inspira a família há muitas décadas. Pelo menos desde o tempo em que o avô Espírito Santo, também ele Ricardo, trabalhava estreita e diretamente com Oliveira Salazar e colaborava ativamente com os nazis, simpatia essa que lhe valeu muitos negócios e muito, muito dinheiro.
10 comentários:
'Ajudar' os bancos, pois claro! Não foram eles mesmo que disseram ser imprescindível pedir auxílio ao FMI? E o governo lá o fez, atento, venerando e obrigado...
Abreijos.
Gostei... e mais que acertivo.
:))
E... continua o baile do fartar vilanagem.Já não há quem consiga, dar-lhes com o banco nas trombas!
Tenho a arma do voto, mas é uma arma com cada vez menos poder de fogo!
Chiça!
Nao sao esses os bancos que patrocinam tudo, seleçoes, campeonatos de futebol, e que ao final do ano apresentam lucros milionarios... como é que a crise chegou ate eles?... este nosso País está muito mal entregue... dass!
Em cheio !
E isto para não falar dos ambientes de trabalho, também eles verdadeiramente Nazis, que esses Srs. têm promovido (e premiado) nos seus Bancos.
Tudo isso a confirmar que o «interesse nacional» pode ser tão bem defendido no capitalismo servido por uma ditadura fascista, como no capitalismo servido por uma democracia burguesa...
Um abraço.
A lembrança do fascismo é muito oportuna, pertinente. Tanto mais que tantos, e tanto..., se esforçam por o fazer esquecer.
Quando começamos a ouvir o patrioteiro "a bem da Nação" e suas glosas temos o capitalismo a escorregar para os seus extremos.
E depende tudo de nós... com uma resposta patriótica e de esquerda, isto é, do povo.
Grande abraço
Tudo acaba por ir dar ao fascismo salazarista. E ainda há quem fale nos saneamenos do 25 de Abril.
Eles, por nosso mal, ficaram lá todos.
Um beijo.
Que nojo!!
Contra esta agiotagem, marchar, marchar!!
bjs,
Hão-de fugir aos berros!
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