Cavaco Silva foi para as Festas do Povo de Campo Maior debitar as habituais banalidades sobre a crise, contribuindo e entrando também na encenação demagógica dos ricaços que “querem” pagar mais impostos. Como se não fosse evidente que o que eles querem é evitar parte do asco que as suas abjectas fortunas provocam na maioria dos cidadãos, numa altura de tantas dificuldades. Como se não fosse evidente quem é que provocou e quem lucra sempre com essas dificuldades. Como se não fosse evidente que nenhum deles pensa pagar o que quer que seja que vá para além de ninharias para enganar tolos. Como se o “lombo” das suas fortunas não estivesse bem fora do alcance do fisco.
Sobre estas tolices, não se cansou Cavaco de falar durante a visita a Campo Maior. Já quando lhe perguntaram o que achava sobre o escândalo da venda de informações e escutas ilegais dentro das secretas portuguesas... aí danou-se! Baldou-se! Fugiu com o rabo à seringa!
«Hoje, o que o presidente da República deve fazer, além de associar-se à festa, é convidar os portugueses a visitarem Campo Maior» – esquivou-se Cavaco, recusando falar sobre o assunto.
Confesso que, independentemente das diferenças que me separam de Cavaco Silva, gostaria, mesmo assim, que o Presidente da República de Portugal fosse conhecido pelas suas posições frontais e corajosas... e não por estas “gincanas” verbais, mais ou menos pusilânimes e gelatinosas.
Assim, francamente... é uma vergonha!
3 comentários:
Pois pode ele tirar o cavalinho da chuva que a Campo Maior não vou...
Sinceramente, Samuel, estavas à espera que ele falasse de escutas ilegais? Ou de algo mais 'delicado'?
:-D
Abreijos.
E a vergonha ainda estava no seu melhor.
Um abraço,
mário
Trata-se da resposta-tipo de um xico-esperto sem ponta de coragem nem de vergonha...
Um abraço.
Enviar um comentário