sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ao serviço de Sua Majestade


(Fernando Botero)

Chegou ao fim um inquérito longo, longo, muito longo... sobre o assassinato de um prisioneiro por militares de Sua Majestade a Rainha Isabel II.
Em 2003, depois de encarcerado e indefeso, o jovem cidadão iraquiano Baha Mousa, na condição de (apenas) suspeito do fabrico de bombas, não teve tempo nem de negar, nem de confessar fosse o que fosse. Os soldados de Sua Majestade, enquanto iam fazendo apostas sobre quem o pontapeava com mais força (segundo testemunhos), levaram apenas dois dias a assassiná-lo durante as sessões de tortura.
Quem julgou o que aconteceu, não poupa adjectivos para classificar as condições abjectas em que este crime se deu e a morte horrenda deste homem.
Como vem sendo hábito, os verdadeiros mandantes do crime declaram-se chocados, abalados e inconsoláveis, por mais esta mácula na sua imagem de bondade e cristianismo, ferido por esta notícia. Principalmente porque se soube – digo eu.
O problema é que os soldados de Sua majestade têm sempre mais presentes os princípios de violência e culto da morte que lhes são injectados na instrução militar, do que os piedosos suspiros sensibilizados dos mandantes destes crimes de guerra.
Mas vejamos (mais) este caso pelo seu lado “positivo”: o jovem Baha Mousa, que a vida se encarregou, alegadamente, de levar para os braços do radicalismo islâmico... não morreu sem antes ter, mesmo que apenas por dois dias, visto e experimentado a “democracia”.

9 comentários:

trepadeira disse...

Este capitalismo terrorista de estado fabrica cada besta.
Não tardará que as próprias bestas se voltem contra os criadores.

Um abraço,
mário

do Zambujal disse...

... principalmente porque se soube, dizes tu!
E dizes muito bem. E muito bem o fazes para que se diga e saiba. Para que, pelo silêncio, não sejamos cúmplices.

Um grande abraço

Fernando Samuel disse...

Dois dias que chegaram e sobraram para que ele conhecesse a «democracia, a liberdade e os direitos humanos»...

Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Terrível conhecimemto!!!!
Mas quem usa estes exemplos quando fala da "democracia ocidental"?

Um beijo.

Anónimo disse...

Lá está, criticar os actos criminosos parece corajoso e louvável. Só um probleminha: As críticas são sempre envolvidas mencionando um determinado ponto geográfico como autor. Ainda não se percebeu que o medo de mexer em esqueletos mais a Oriente vos tira qualquer credibilidade na denúncia de atropelos humanos? Já sei, vocês falam em circuito fechado para se auto alimentarem. Uma espécie de ritual de qualquer igreja com um Deus de bigode e estrela nas pontas?

samuel disse...

Anónimo (16:28):

Não sei o que o cavalheiro anda a fumar... mas deve ser uma merda bem forte!!! :-)))

Um Deus o quê?! :-))) :-)))

Anónimo disse...

Que a merda fumada por esse lado é forte já nem é notícia! Avante então que erva não vos faltará. Há até alguns "ervanários" laranja que vos agradecem a ajuda.
O das 16:25

Anónimo disse...

Mais uma vez é a "democracia" americanizada, eles os "senhores" outros uns pobres diabos. Mas quem são gente reles, escroques? Pois! Pois! Aqueles "senhores".
Felizmente que existe este blog para se conhecer certas verdades que a muitos custam a aceitar como tal!!!...
Avante!
Vicky

Dona Sra. Urtigão disse...

Sem comentarios. O que deveria ser dito, foi.