Só falta saber se foi o ministro quem pagou o jantar. Vão ver que o próximo emprego do sr pinho vai se mecânico na autoeuropa ou então vai posar como novo modelo do zé povinho na bordalo pinheiro
Para Chora era mais fácil não ser sujeito ao enxovalho. Mostrou que pensa pela sua cabeça. Que é um pessoa livre e não hipócrita. Chora encontrou razões para agradecer ao ministro Pinho pelo que considera ser o apoio na defesa dos postos de trabalho na Auto-Europa. Como Chora não tem idade, jeito, vontade, para retirar benefícios desta posição, no seu partido, no sindicato, na CGTP, apenas posso entender esta posição como de uma pessoa muita digna, reconhecida, aliás pela maioria dos trabalhadores da Auto-Europa que lhe têm dado em todas as eleições a maioria da CT (e não é a primeira vez que a CT vê recusadas propostas em plenário). Ainda agora apesar de não ter tido acolhimento o "seu" pré-acordo com a administração, os trabalhadores deram-lhe, em plenário, uma vez mais, a confiança para negociar a aplicação do lay-off, quando seria de esperar que quem recusou o acordo (em especial aqueles trabalhadores, membros do partido líder da classe operária) tivesse apresentado propostas alternativas.
Como é evidente não é apenas uma pergunta, mas na linha de outros teus posts sobre sindicalismo e sobre a auto-europa em concreto, mais uma provocação. Chora cometeu o “pecado mortal” de ter abandonado o PCP, mas por muito que te custe Samuel, a verdade é que a caravana vai passando e, imperdoável, a maior concentração operária do pais elegeu uma CT fora da orbita do PCP. Vocês não perdoam ao Chora ter saído do PCP e ter liderado uma lista para a CT da Auto-Europa que ganhou democraticamente as eleições. Foi democrática a vitória, não foi?
Atenção que não tenho nada contra quem abandonou o PCP, per se. São opções. Mas isso não deve ser impeditivo de criticar as atitudes destes indivíduos.
Claro, nada impede que se critique, era o que faltava! Mas, cadê as criticas, só vejo lanças... A verdade é que o Chora tem merecido a confiança dos seus camaradas, não ganhou qa liderança da CT por truque ou batota, foram os camaradas de trabalho que o elegeram e não apenas uma vez. Critiquem, pois então. Mas sejam sérios. Façam um combate político na base da política e não do insulto gratuito.
Dizer que situação me deixou "de queixo caído" obriga-me a fazer um historial ou uma tese daquilo que acho do Chora?
Até podia fazer, e tenho a minha opinião sobre António Chora razoavelmente formada, mas hoje não me apetece, pronto! Apeteceu-me fazer um comentário rápido.
Noutra altura poderemos debater, mas tenho um exame amanhã e hoje não tenho tempo!
Pois , sindicalismos... não entro nessas guerras.Mas devo dizer que a opinião deste senhor, foi no mínimo hilariante.E claro que uma boa jantarada, só veio a confirmar o pior.quero esperar para ver, não gosto de tomadas de posição à priori.em relação a este senhor, que não sabia ter pertencido ao PCP, penso(à posteriori) que foi infeliz e que deixou claro para que lado pende.ou não? como já aqui disse tenho amigos bloquistas,sim, mas são pragmáticos.E pelo andar da carruagem, depressa mudam. abraço do vale
Susete Evaristo: Dada a cidade... estará cheio de sorte!
Alex Campos: Já, já, adiante se verá!
Poesianopopular: Mas em “pequenino”...
Fernando: Tenho a maior dificuldade em ver isso tudo nesta gaffe fantástica do António Chora. Vejo apenas um dirigente de uma CT, ligado ao BE, a ir plantar-se num jantar de homenagem do ministro que até há pouco disputava com Mário Lino o lugar de figura mais ridícula do Governo, fazendo brindes e tecendo elogios a um ministro em quem o próprio BE não se cansou de assentar bordoadas. Há alturas em que aquilo a que chamas “pensar pela própria cabeça” não é uma grande qualidade. É mais fiasco!
JotaCê: Já percebi que para ti não passo de um provocador... mas respondendo aos teus comentários na modalidade económica de três em um, quando é que alguma vez mostrei alguma pena ou ressabiamento por o Chora ter saído do PC, coisa que até há pouco nem sabia (a malta do PC não tem por costume telefonar-me a dizer quem sai de lá...), ou quando é que achei que as votações da CT da Autoeuropa são más (ainda há dias gostei de uma...)? E já agora, se realmente não subscreves a opinião do Chora sobre o papel de Manuel Pinho, por que raio é que este post, onde apenas acho muito estranho que ele tenha exactamente dito sobre o ministro (entre brindes e elogios) o que não subscreves, constitui uma provocação?
Miguel Jeri: Pessoalmente, já me aconteceu várias vezes, ao longo dos anos, pensar exactamente o quanto seria bom que certas pessoas saíssem... Por vezes, a sorte ditou que isso acontecesse...
Duarte: Mais um que não sabia... ☺ Fazes muito bem em ter os amigos que tens. Como diz o Milton Nascimento, “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”. A diferenças, conversam-se, discutem-se, limam-se, vivem-se.
Caro Sr Samuel, sabe que ser-se militante de um partido, não obriga ninguem a não ter opiniões proprias.
Quando Carvalho da Silva confrateniza com o patronato, isso tem que me levar a pensar que ele é um vendido....
Quando Jeronimo de Sousa, e os restantes deputados fizeram um minuto de de silêncio, de pé, em memória do conego bombista Melo,na Assembleia da Republica, pode-se tirar a conclusão , que o PCP estava a homenagear um dos responsaveis pelo incêndio de sedes de partdos de esquerda entre elas do PCP em 75 , e de agressões a militantes?
Se como membro da CT da AutoEuropa , e foi nessa qualidade que ele esteve nesse jantar, tal como trabalhadores da Fabrica de Cerâmica Bordalo Pinheiro, da Quimonda, etc,Antonio Chora quis com o seu gesto, frisar que o Manuel Pinho se tinha empenhado na vinda de um novo modelo de carro para a Fabrica,isso só o dignifica.
Eu tenho péssima impressão do Manuel Pinho, pelas muitas afirmaçóes , como a do crescimento da China como exemplo para Portugal, , ou a do investimento estranjeiro ser atractivo em Portugal por causa dos baixos salários.
Mas entendo que podem haver empresas em que o esforço do ministro pode ter ajudado a resolver alguns problemas.
Certamente que o Bloco de Esquerda , não tem uma opinião favorável sobre a actuação do ex-ministro Manuel Pinho, basta lembrar o último debate na Assembleia da Republica , e a questão dos mineiros de Aljustrel, que esteve na genese do processo que conduziu á demissão do ministro.
Mal vai o país e a democracia se para se ser militante de um partido, tem-se de se abdicar de ter opiniões próprias, e de as assumir publicamente.
Anónimo: Caro. Sobre as suas opiniões no corpo do comentário, são suas, acarinhe-as, que algumas até o justificam. Já sobre as primeiras linhas, que basicamente, repeta nas últimas, estou completamente de acordo... tirando o pormenor do Sr., que "não havia necessidade". :-)))
Já em diversos comentários tive oportunidade de apontar a subtileza com que insinuas, lanças achas, pequenas ou grandes provocações, sobre o António Chora e sobre o partido em que ele milita. Depois, os comentadores, encarregam-se de alimentar o rastilho e em pouco menos de nada temos uma fogueira de insultos ressabiados sobre Chora e o Bloco. Tu, no contexto do combate ao Chora e ao Bloco, usaste uma expressão dura e inadmissível que foi chamar-lhe “canalha”, e isso é indesculpável mesmo tendo em conta que o calor da luta é propenso a excessos. Não tenho nenhuma simpatia pelo Chora, para alem da que advém de militarmos no mesmo partido – talvez essa seja a sua grande riqueza do Bloco, a pluralidade… adiante – porem, não aceito que a coberto de algumas opiniões nem sempre bem apresentadas, se tente denegrir um homem, um líder operário e por arraste o partido de que foi deputado, no caso o Bloco. Por outro lado ainda não percebi se é o Chora o alvo ou se pelo contrário se pretende atingir o Bloco. Eu sou, no interior do Bloco adversário do Chora, como sou no sindicalismo adversário do PCP. Jamais porem me atreveria a chamar a um e a outro “canalha”. Canalhas são pessoas infames, indignas, cretinas, sacanas… em bom alentejano, canalhas são os filhos da puta, nomeadamente aqueles que nos destruíram aquele inolvidável sonho de termos a posse da terra.
Por ultimo questionas-me: «(…) se realmente não subscreves a opinião do Chora sobre o papel de Manuel Pinho, por que raio é que este post, onde apenas acho muito estranho que ele tenha exactamente dito sobre o ministro (entre brindes e elogios) o que não subscreves, constitui uma provocação?»
Constitui uma provocação na medida em que, naquele jantar em “representação de trabalhadores” ou em nome próprio não estava apenas o António Chora, estavam entre outros os responsáveis da Comissão de Trabalhadores da Bordalo Pinheiro. Eis como uma pequena omissão faz toda a diferença.
Sabes Samuel, eu ainda me lembro de um certo refazer da história, por omissão ou pelo silêncio. Como também me lembro de uma certa recuperação de heróis e mitos… Lembro-me por exemplo de a China, o PC Chinês serem condenados pelo PCP, no âmbito do seu alinhamento com Moscovo contra o maoismo e de hoje, a China e o PC Chinês serem amigos. Lembras-te Samuel, de ver o PC ML do Eduino Vilar, nas manifestações do PPD e do PS durante o PREC, a agitarem a bandeira foice e do martelo? Pois, o Partido do Vilar era reconhecido pelos chineses como comunista, enquanto o PCP era para os chineses revisionista e lacaio de Moscovo. Mas também me lembro de um tal Ernesto não ser muito apreciado no leste e entre os Partidos Comunistas alinhados com Moscovo e hoje ser o ícone mais presente na Festa do Avante. Como me lembro das críticas que esse tal Ernesto fez ao “internacionalismo socialista” de Moscovo.
Voltando ao Chora, que de facto é o cerne desta questão, sou declaradamente crítico do seu pensamento político. Porem no concreto, isto é na Auto-Europa tenho duvidas se seria possível fazer diferente, até porque de um modo geral a classe está com ele. As sucessivas votações, mesmo quando as posições da CT são derrotadas, assim o demonstram.
Por ultimo quero ressalvar que não tenho relutância nenhuma em aplaudir a posição de um militante do PCP, ainda que de base como gosta de dizer, refiro-me a Manuel Carvalho da Silva, em detrimento do aplauso a Chora como deixei expresso neste post.
Acho que estão bem um para o outro embora se afirmem: o ex, de "independente"(!?); o sindicalista do B. E.. Com tanto recíproco carinho na "valsa dos cumprimentos de despedida, de contacto institucional", tanto desvelo até quase vontade ... chorar. Agora essa dos trabalhadores da AutoEuropa, abdicarem de direitos adquiridos, porque não esse senhor e mais dois pelo menos, membros da CT, darem o exemplo e abdiquem eles de algumas regalias incomuns para os restantes trabalhadores.
Manuel Norberto Baptista Forte diz lá à gente que regalias incomuns são essas que “usufrui o Chora e mais dois pelo menos” que os demais trabalhadores não têm. A gente gostava de saber, mas demonstra que assim é, caso contrario entras num nível que não me atrevo a classificar fora de casa, mas na minha dir-te-ei o que penso. Não me digas que estão a tempo inteiro ao serviço da CT?! Se for isso explica-me como funcionam os sindicatos, quem paga aos camaradas, a boa parte dos que estão a tempo inteiro, ao serviço dos Sindicatos. Se me falas em viagens, diz-me quem paga o “internacionalismo sindical” dos dirigentes sindicais, se os viajantes ou os sindicatos que o mesmo é dizer, os associados ou se são até as empresas como já aconteceu na PT. Se porventura há outros casos, de corrupção inclusive, ou mordomias especiais para o Chora e para os tais “dois pelo menos” não insinues, faz a demonstração, eu pelo menos quero saber quais são e o contexto em que decorrem. Se o não fizeres entras no rol dos desprezíveis provocadores.
Chora no jantar de homenagem a Pinho: o homem certo, no lugar certo, no momento certo, com o discurso certo. A propósito: imagino a dor lancinante, a amargura profunda, a angústia dilacerante dos militantes comunistas pelo facto de Chora ter saído do PCP...
JotaCê: Caro. O facto de estarem no jantar do “brilhante e saudoso” ministro representantes das louças das Caldas e de mais outra qualquer empresa, não me afecta nada. Poderia até dar-se o caso de serem todos militantes do PS... não sei. O Chora também não me interessa nada, mas pôs-se a jeito. Não tenho grande apreço pelo que ele faz ou deixa de fazer no trabalho, mas quando o ouvi dizer em directo na televisão que alguns sindicalistas, sob indicações do PC, radicalizavam as lutas, apenas para poderem aparecer nos noticiários em mais manifestações de protesto pelo fecho de empresas e o despedimento dos trabalhadores, acrescentando logo a seguir que alguns desses sindicalistas eram até apoiados pelos patrões pois estes assim tinham mais facilidade em despedir e deslocalizar as empresas... como disse, pôs-se a jeito. Mas lá está... se calhar é provocação minha... Antes que pareça que estou a desculpar-me seja do que for, repito o que disse antes. Essas declarações do Chora, nessa entrevista, foram uma perfeita canalhice. Se isso não transforma o declarante automaticamente num canalha, pelo menos deixa-o muito mal na fotografia.
Caro "JotaCê", exemplo(s) do que me é pedido !?. Basta acompanhar desde principio: o nascer da Empresa; os anos favorávelmente conjunturais, mas mal geridos internamente (a nível do Governo Central,e também da Administracção); o início da crise; os interlocutores junto das sucessivas Administracções; as decisões, e como foram tomadas; as mordomias (viagens, viaturas, por ex.); a crise na AutoEuropa. Penso que por agora, basta, mas quem tiver memória e não queira ser só, "provocador de opinião", certamente entenderá bem o processo da AutoEuropa. Agora, que não sejam sempre os mesmos e neste caso especifico,os trabalhadores, a abdicarem dos seus mais elementares e consagrados direitos, há muito e com muito sacrificio, adquiridos.
Caro "Abraão", e não só chora ... . Como se entende que (nomeadamente) a pessoa em questão seja também Deputado Municipal no Concelho da Moita, Deputado (em regime de substituição, na A. R.), assíduo escriba de um jornal regional, "chefe" da C.T. da AutoEuropa, trabalhador (!?) da mesma empresa, e ... cidadão activo, normalmente?. É que o dia para alguns, só tem 24h.
Samuel Nada a comentar para além do que já escrevi, estamos no domínio da opinião e essa ainda somos livres de a ter e manifestar. É claro que também aí, no domínio da ideia a honestidade intelectual e o sentido de ética, aconselha alguma contenção verbal, essa porem não foi a tua opção. Paciência, quem sou eu para te chamar à razão? Ou, quem de nós tem razão? E temos que ter? Uma coisa dou como adquirido, neste particular tens o inimigo na mira e não desarmas (desarma), espero que tanta certeza não te ofusque a pontaria.
Não Manuel não basta, és mal intencionado e falas demais, vens na onda e de repente lembras-te de dizer que o Chora “e mais dois pelo menos, membros da CT” têm regalias incomuns, depois quando és confrontado com o desafio de provares o que dizes, arranjas umas trapalhadas e nada dizes. Essa pratica, essa e exclusivamente essa consubstancia aquilo que o Samuel chamou ao Chora, mas já percebi que não tens argumentos, funcionas na tona da onda, continua aí que estás bem. Essa postura é de homem, de revolucionário e de comunista, pois claro!
Abraão, “o Chora tem o futuro garantido mesmo que a Auto-Europa feche”, dizes. Provavelmente julgas que são todos iguais, todos da mesma laia… julgas que todos asseguram lugar no, por exemplo, movimento sindical unitário, quando as fabricas fecham. Quando olhas ao espelho julgas ver o Chora, não Abraão, és tu reflectido ou como se diz na minha terra, as avessas.
JotaCê: Azar dos diabos, companheiro! Logo foste dar como adquirida a única coisa que não está nem "apalavrada", a ideia de o meu inimigo ser o BE (e o António Chora, por arrasto). É que nem principal, nem secundário... nem inimigo. Os NOSSOS inimigos moram noutras paragens! Ah... e não vale a pena insistir no meu passado "excesso de linguagem". Primeiro, porque não, esse não é o meu caminho. Segundo, porque assim não fazes justiça aos extraordinários "mimos" quase diariamente produzidos pelos blogs de malta do BE e até dos seus próprios dirigentes, disparados para o lado dos comunistas. Terceiro, porque tanta "sensibilidade" de parte a perte, está a tornar-se algo cansativa. Quarto, porque tudo isto deve dar um grande gozo a algum leitor "às direitas" que passe por aqui. Finalmente, para citar um poeta que talvez não aprecies, Ary dos Santos, "O passado é já bastante, vamos passar ao futuro."
Diz-me lá onde está o teu comentário a repudiar o sucedido, que teria mil vezes mais cabimento que neste post.
Já agora, eu vi perfeitamente a situação em que Samuel realçou a canalhice do Chora. E diga-se passagem, naquela situação específica (acusar os comunistas de quererem que os trabalhadores perdessem os seus empregos) eu nãi teria encontrado adjectivo mais brando.
Essa do cantar não deve ser para mim, é que se para tocar não tenho jeito, no que ao cantar diz respeito vou de mal a pior. Cantigas são para o Samuel. Alegrar-te, confesso que não é minha intenção, contador de histórias é arte que não domino. Quanto à condenação que reclamas, dois links que apontas, lamento, não só não condeno como não tenho relutância em subscrever. Aquilo que se passou com o Vital Moreira na manifestação, é absolutamente lamentável. Simplesmente deplorável. Até porque também já fui insultado e até agredido, mormente no verão quente, por parte da “organização das manifestações unitárias”. Insultado porque não sou autómato e recuso algumas palavras de ordem, umas por estarem desajustadas e outras por estarem esgotadas. Neste ultimo caso está o “CGTP unidade Sindical, CGTP…” Aquilo já enjoa. Imaginação precisa-se. O pé, já me está a fugir para o chinelo…. Vou ficar-me por aqui. Lamento, lastimo muito mas não condeno o que me pedes. E porque em casa manda o dono, por mim acabo os comentários sobre este post aqui, tal como sugere delicadamente o Samuel.
Coloquei os exemplos acima porque foi uma atitude do DO amplamente repudiada nos meios bloquistas, por isso estranhei agora a tua reacção.
Concordas em culpar os comunistas (e particularmente o PCP enquanto partido) sobre os lamentáveis incidentes com Vital Moreira? Concordas em, tal como fez Daniel Oliveira, condenar um partido e ignorar/omitir que esse mesmo partido tinha saído com um comunicado na sua página condendando os incidentes, à semelhança do que tinha feito a sua eurodeputada na comunicação social? Pois bem, estás no teu direito.
Mas, sinceramente, não vejo porque tanto te queixas com um post que nem sequer ataca o Bloco como partido, mas a atitude de António Chora, um dos seus militantes...!
O post de DO é, muito mais do que este, um post que insinua fortemente ter sido o PC a protagonizar o sucedido.
Mas esse, estando do lado certo, já não merece a mesma crítica certeira, não é? Esse já merece uma subscrição total.
Percebes a imagem que dás? É esta imagem que passam muitos bloquistas. Falta-lhes espírito crítico para o próprio lado.
Só um PS: não tenho nada contra militantes do bloco; tenho amigos meus nesse partido.
Tanta conversa... à conversa responde-se com conversa... E respostas para os milhares de desempregados, que hão-de ser cada vez mais de longa duração? E respostas para salários miseráveis em troca dos empregos precários? Os trabalhadores da Auto-europa estiveram bem ao renunciar ao tal "acordo". A seguir ao "acordo" virão muitos outros. A fábrica da Texas Instruments aqui no Norte é disso exemplo. Era a melhor do mundo em produtividade (mas não em lucros) e foi-se para a Malásia. O que estamos a discutir é aceitar trabalhar com as "condições" dos malaios. Terão de se encontrar outras respostas. E as pessoas devem rejeitar os "amaciadores" do tipo dois em um: Linguagem de esquerda, mas muito úteis aos piranhas (de que o Pinho faz parte). Uma boa resposta à interpretação dos "choras" é este artigo que podem ler aqui. É preciso não desarmar, e muito menos ir em cantigas modernas...
Será? Mas eu continuo a ver-vos empenhados nestas discussões, PCP X BE e vice-versa. Entretanto ainda hei-de ver, com muita tristeza minha, a direita a aproveitar-se da divisão da esquerda e a unir-se em defesa dos seus interesses (grande capital!): Já andam em conversações num "Bilderberg à saloia" (ver Esquerda Desalinhada!) para ver como hão-de juntos segurar o poder e dividir o milho pelos pardais (PS/PSD), caso nenhum deles tenha uma maioria confortável. Neste momento a mim parece-me que a linha de separação devia ser: ou és pelo capitalismo ou és contra ele e lutas em unidade.
Unidos venceremos!
(para quando a unidade da esquerda construída com base numa alternativa séria de poder?)
"...regalias incomuns...". Caro JotaCê, jamis até no deserto entrarei em determinados tipos de linguagem quase provocatórias, pessoalmente. Eu respeito a opinião dos outros, quando a exprimem (o que não é o seu caso), mas só lhe digo que informe-se melhor porque existe hipóteses de se saber, e encontrará respostas para aquilo que quer ouvir da minha boca; pesquise, fale, oiça, visite, e talvez assim encontre respostas. Desprezível, nunca pedi nem pedirei a ninguém que me faça favores, a QUALQUER NÍVEL para assim ficar bem instalado na vida. Provocador, indo à essência verdadeira da palavra, gosto imenso de "provocar" e fazer parte de uma boa e conclusiva conversa, seja onde fôr, e sempre alimentada pelo espirito de salutarmente se passar um bom bocado. No sentido "rasca" da palavra, chegado a esta idade e pensando com racionalidade estou de consciência tranquila pois, acho que nunca ofendi ninguém.(ponto final, digo eu)
Nada tenho contra a "conversa" aqui tida, mas muita dela parece-me pouco elevada intelectualmente falando. A questão é só uma: deve ou não um dirigente de uma CT ir ou não a um jantar de HOMENAGEM a determinado ministro? E só vai a um e a todos? Independentemente da força partidária que esteja no poder? E pode ou não tal jantar OBJECTIVAMENTE constituir uma manifestação de apoio político, pois de politica se está a tratar? E como é que deve ser lido o ataque infantil ao PCP, quando diz que "lá só ensinam a odiar", não estara a esconder a existência de uma luta de classes, a escamotea-la? Com que objectivos? O BE admite diversas ideias no seu seio, defende até à exaustão não ser um partido dos "ismos", palavras "ipsis verbis" de Miguel Portas, pelo que pressuponho estar a ideologia, seja qual for, afastada! A ser verdade, e eu considero que NUNCA tal afirmação é verdadeira, o que se esconde por detrás nada mais é que a ideologia social-democrata. Para terminar: fui militante do PCP (ML), da UDP/PCP(R) e hoje milito como elemento sem partido na CDU. Mas pelo andar da carruagem, qualquer dia vou solicitar a minha admissão no PCP. É que com tantos inimigos, alguma razão TEM que ter!
38 comentários:
Bastante pertinente
Estou de queixo caído!!! Mas também nem sei porque estou assim, já devia saber!!!
Abreijos,
Mas já agora, será uma aproximação ao PS?...Enfim...
Só falta saber se foi o ministro quem pagou o jantar. Vão ver que o próximo emprego do sr pinho vai se mecânico na autoeuropa ou então vai posar como novo modelo do zé povinho na bordalo pinheiro
É o sindicalismo tipo ugt. O bloco cola-se cada vez mais ao ps com a ânsia de ir para o poder, que começa a não conseguir disfarçar.
um abraço
Este é o sindicalismo da AFLO-CIO!
Comem todos da mesma gaméla!
Abraço
Para Chora era mais fácil não ser sujeito ao enxovalho. Mostrou que pensa pela sua cabeça. Que é um pessoa livre e não hipócrita. Chora encontrou razões para agradecer ao ministro Pinho pelo que considera ser o apoio na defesa dos postos de trabalho na Auto-Europa. Como Chora não tem idade, jeito, vontade, para retirar benefícios desta posição, no seu partido, no sindicato, na CGTP, apenas posso entender esta posição como de uma pessoa muita digna, reconhecida, aliás pela maioria dos trabalhadores da Auto-Europa que lhe têm dado em todas as eleições a maioria da CT (e não é a primeira vez que a CT vê recusadas propostas em plenário). Ainda agora apesar de não ter tido acolhimento o "seu" pré-acordo com a administração, os trabalhadores deram-lhe, em plenário, uma vez mais, a confiança para negociar a aplicação do lay-off, quando seria de esperar que quem recusou o acordo (em especial aqueles trabalhadores, membros do partido líder da classe operária) tivesse apresentado propostas alternativas.
Chora não é nenhum um canalha!
Como é evidente não é apenas uma pergunta, mas na linha de outros teus posts sobre sindicalismo e sobre a auto-europa em concreto, mais uma provocação.
Chora cometeu o “pecado mortal” de ter abandonado o PCP, mas por muito que te custe Samuel, a verdade é que a caravana vai passando e, imperdoável, a maior concentração operária do pais elegeu uma CT fora da orbita do PCP.
Vocês não perdoam ao Chora ter saído do PCP e ter liderado uma lista para a CT da Auto-Europa que ganhou democraticamente as eleições.
Foi democrática a vitória, não foi?
Por acaso também estou de queixo caído.
Atenção que não tenho nada contra quem abandonou o PCP, per se. São opções. Mas isso não deve ser impeditivo de criticar as atitudes destes indivíduos.
Claro, nada impede que se critique, era o que faltava! Mas, cadê as criticas, só vejo lanças...
A verdade é que o Chora tem merecido a confiança dos seus camaradas, não ganhou qa liderança da CT por truque ou batota, foram os camaradas de trabalho que o elegeram e não apenas uma vez.
Critiquem, pois então. Mas sejam sérios. Façam um combate político na base da política e não do insulto gratuito.
e vão três
Para que conste não subscrevo a opinião de António Chora, sobre o papel de Manuel Pinho.
Caramba, mas eu insultei?!
Dizer que situação me deixou "de queixo caído" obriga-me a fazer um historial ou uma tese daquilo que acho do Chora?
Até podia fazer, e tenho a minha opinião sobre António Chora razoavelmente formada, mas hoje não me apetece, pronto! Apeteceu-me fazer um comentário rápido.
Noutra altura poderemos debater, mas tenho um exame amanhã e hoje não tenho tempo!
Abraço
Pois , sindicalismos...
não entro nessas guerras.Mas devo dizer que a opinião deste senhor, foi no mínimo hilariante.E claro que uma boa jantarada, só veio a confirmar o pior.quero esperar para ver, não gosto de tomadas de posição à priori.em relação a este senhor, que não sabia ter pertencido ao PCP, penso(à posteriori) que foi infeliz e que deixou claro para que lado pende.ou não?
como já aqui disse tenho amigos bloquistas,sim, mas são pragmáticos.E pelo andar da carruagem, depressa mudam.
abraço do vale
Amigona:
Vá lá saber-se...
Susete Evaristo:
Dada a cidade... estará cheio de sorte!
Alex Campos:
Já, já, adiante se verá!
Poesianopopular:
Mas em “pequenino”...
Fernando:
Tenho a maior dificuldade em ver isso tudo nesta gaffe fantástica do António Chora. Vejo apenas um dirigente de uma CT, ligado ao BE, a ir plantar-se num jantar de homenagem do ministro que até há pouco disputava com Mário Lino o lugar de figura mais ridícula do Governo, fazendo brindes e tecendo elogios a um ministro em quem o próprio BE não se cansou de assentar bordoadas.
Há alturas em que aquilo a que chamas “pensar pela própria cabeça” não é uma grande qualidade. É mais fiasco!
JotaCê:
Já percebi que para ti não passo de um provocador... mas respondendo aos teus comentários na modalidade económica de três em um, quando é que alguma vez mostrei alguma pena ou ressabiamento por o Chora ter saído do PC, coisa que até há pouco nem sabia (a malta do PC não tem por costume telefonar-me a dizer quem sai de lá...), ou quando é que achei que as votações da CT da Autoeuropa são más (ainda há dias gostei de uma...)?
E já agora, se realmente não subscreves a opinião do Chora sobre o papel de Manuel Pinho, por que raio é que este post, onde apenas acho muito estranho que ele tenha exactamente dito sobre o ministro (entre brindes e elogios) o que não subscreves, constitui uma provocação?
Miguel Jeri:
Pessoalmente, já me aconteceu várias vezes, ao longo dos anos, pensar exactamente o quanto seria bom que certas pessoas saíssem...
Por vezes, a sorte ditou que isso acontecesse...
Duarte:
Mais um que não sabia... ☺
Fazes muito bem em ter os amigos que tens. Como diz o Milton Nascimento, “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito”.
A diferenças, conversam-se, discutem-se, limam-se, vivem-se.
Brindes e discursos generalizados!
Este Chora é um nojo... nem sequer é insulto...
abreijos
Caro Sr Samuel, sabe que ser-se militante de um partido, não obriga ninguem a não ter opiniões proprias.
Quando Carvalho da Silva confrateniza com o patronato, isso tem que me levar a pensar que ele é um vendido....
Quando Jeronimo de Sousa, e os restantes deputados fizeram um minuto de de silêncio, de pé, em memória do conego bombista Melo,na Assembleia da Republica, pode-se tirar a conclusão , que o PCP estava a homenagear um dos responsaveis pelo incêndio de sedes de partdos de esquerda entre elas do PCP em 75 , e de agressões a militantes?
Se como membro da CT da AutoEuropa , e foi nessa qualidade que ele esteve nesse jantar, tal como trabalhadores da Fabrica de Cerâmica Bordalo Pinheiro, da Quimonda, etc,Antonio Chora quis com o seu gesto, frisar que o Manuel Pinho se tinha empenhado na vinda de um novo modelo de carro para a Fabrica,isso só o dignifica.
Eu tenho péssima impressão do Manuel Pinho, pelas muitas afirmaçóes , como a do crescimento da China como exemplo para Portugal, , ou a do investimento estranjeiro ser atractivo em Portugal por causa dos baixos salários.
Mas entendo que podem haver empresas em que o esforço do ministro pode ter ajudado a resolver alguns problemas.
Certamente que o Bloco de Esquerda , não tem uma opinião favorável sobre a actuação do ex-ministro Manuel Pinho, basta lembrar o último debate na Assembleia da Republica , e a questão dos mineiros de Aljustrel, que esteve na genese do processo que conduziu á demissão do ministro.
Mal vai o país e a democracia se para se ser militante de um partido, tem-se de se abdicar de ter opiniões próprias, e de as assumir publicamente.
Maria:
Vá lá... não fiques assim!
Anónimo:
Caro. Sobre as suas opiniões no corpo do comentário, são suas, acarinhe-as, que algumas até o justificam. Já sobre as primeiras linhas, que basicamente, repeta nas últimas, estou completamente de acordo... tirando o pormenor do Sr., que "não havia necessidade". :-)))
Saludos múltiplos!
Samuel
Já em diversos comentários tive oportunidade de apontar a subtileza com que insinuas, lanças achas, pequenas ou grandes provocações, sobre o António Chora e sobre o partido em que ele milita. Depois, os comentadores, encarregam-se de alimentar o rastilho e em pouco menos de nada temos uma fogueira de insultos ressabiados sobre Chora e o Bloco.
Tu, no contexto do combate ao Chora e ao Bloco, usaste uma expressão dura e inadmissível que foi chamar-lhe “canalha”, e isso é indesculpável mesmo tendo em conta que o calor da luta é propenso a excessos.
Não tenho nenhuma simpatia pelo Chora, para alem da que advém de militarmos no mesmo partido – talvez essa seja a sua grande riqueza do Bloco, a pluralidade… adiante – porem, não aceito que a coberto de algumas opiniões nem sempre bem apresentadas, se tente denegrir um homem, um líder operário e por arraste o partido de que foi deputado, no caso o Bloco.
Por outro lado ainda não percebi se é o Chora o alvo ou se pelo contrário se pretende atingir o Bloco.
Eu sou, no interior do Bloco adversário do Chora, como sou no sindicalismo adversário do PCP. Jamais porem me atreveria a chamar a um e a outro “canalha”. Canalhas são pessoas infames, indignas, cretinas, sacanas… em bom alentejano, canalhas são os filhos da puta, nomeadamente aqueles que nos destruíram aquele inolvidável sonho de termos a posse da terra.
Por ultimo questionas-me: «(…) se realmente não subscreves a opinião do Chora sobre o papel de Manuel Pinho, por que raio é que este post, onde apenas acho muito estranho que ele tenha exactamente dito sobre o ministro (entre brindes e elogios) o que não subscreves, constitui uma provocação?»
Constitui uma provocação na medida em que, naquele jantar em “representação de trabalhadores” ou em nome próprio não estava apenas o António Chora, estavam entre outros os responsáveis da Comissão de Trabalhadores da Bordalo Pinheiro.
Eis como uma pequena omissão faz toda a diferença.
Sabes Samuel, eu ainda me lembro de um certo refazer da história, por omissão ou pelo silêncio. Como também me lembro de uma certa recuperação de heróis e mitos… Lembro-me por exemplo de a China, o PC Chinês serem condenados pelo PCP, no âmbito do seu alinhamento com Moscovo contra o maoismo e de hoje, a China e o PC Chinês serem amigos. Lembras-te Samuel, de ver o PC ML do Eduino Vilar, nas manifestações do PPD e do PS durante o PREC, a agitarem a bandeira foice e do martelo? Pois, o Partido do Vilar era reconhecido pelos chineses como comunista, enquanto o PCP era para os chineses revisionista e lacaio de Moscovo. Mas também me lembro de um tal Ernesto não ser muito apreciado no leste e entre os Partidos Comunistas alinhados com Moscovo e hoje ser o ícone mais presente na Festa do Avante. Como me lembro das críticas que esse tal Ernesto fez ao “internacionalismo socialista” de Moscovo.
Voltando ao Chora, que de facto é o cerne desta questão, sou declaradamente crítico do seu pensamento político. Porem no concreto, isto é na Auto-Europa tenho duvidas se seria possível fazer diferente, até porque de um modo geral a classe está com ele. As sucessivas votações, mesmo quando as posições da CT são derrotadas, assim o demonstram.
Por ultimo quero ressalvar que não tenho relutância nenhuma em aplaudir a posição de um militante do PCP, ainda que de base como gosta de dizer, refiro-me a Manuel Carvalho da Silva, em detrimento do aplauso a Chora como deixei expresso neste post.
http://ribeirodafonte.blogspot.com/2009/06/visao-retrograda-dos-sindicatos-ao-pe.html
Saudações
Acho que estão bem um para o outro embora se afirmem: o ex, de "independente"(!?); o sindicalista do B. E..
Com tanto recíproco carinho na "valsa dos cumprimentos de despedida, de contacto institucional", tanto desvelo até quase vontade ... chorar.
Agora essa dos trabalhadores da AutoEuropa, abdicarem de direitos adquiridos, porque não esse senhor e mais dois pelo menos, membros da CT, darem o exemplo e abdiquem eles de algumas regalias incomuns para os restantes trabalhadores.
Manuel Norberto Baptista Forte diz lá à gente que regalias incomuns são essas que “usufrui o Chora e mais dois pelo menos” que os demais trabalhadores não têm.
A gente gostava de saber, mas demonstra que assim é, caso contrario entras num nível que não me atrevo a classificar fora de casa, mas na minha dir-te-ei o que penso.
Não me digas que estão a tempo inteiro ao serviço da CT?! Se for isso explica-me como funcionam os sindicatos, quem paga aos camaradas, a boa parte dos que estão a tempo inteiro, ao serviço dos Sindicatos. Se me falas em viagens, diz-me quem paga o “internacionalismo sindical” dos dirigentes sindicais, se os viajantes ou os sindicatos que o mesmo é dizer, os associados ou se são até as empresas como já aconteceu na PT.
Se porventura há outros casos, de corrupção inclusive, ou mordomias especiais para o Chora e para os tais “dois pelo menos” não insinues, faz a demonstração, eu pelo menos quero saber quais são e o contexto em que decorrem.
Se o não fizeres entras no rol dos desprezíveis provocadores.
Chora no jantar de homenagem a Pinho: o homem certo, no lugar certo, no momento certo, com o discurso certo.
A propósito: imagino a dor lancinante, a amargura profunda, a angústia dilacerante dos militantes comunistas pelo facto de Chora ter saído do PCP...
Um abraço.
JotaCê:
Caro. O facto de estarem no jantar do “brilhante e saudoso” ministro representantes das louças das Caldas e de mais outra qualquer empresa, não me afecta nada. Poderia até dar-se o caso de serem todos militantes do PS... não sei.
O Chora também não me interessa nada, mas pôs-se a jeito. Não tenho grande apreço pelo que ele faz ou deixa de fazer no trabalho, mas quando o ouvi dizer em directo na televisão que alguns sindicalistas, sob indicações do PC, radicalizavam as lutas, apenas para poderem aparecer nos noticiários em mais manifestações de protesto pelo fecho de empresas e o despedimento dos trabalhadores, acrescentando logo a seguir que alguns desses sindicalistas eram até apoiados pelos patrões pois estes assim tinham mais facilidade em despedir e deslocalizar as empresas... como disse, pôs-se a jeito.
Mas lá está... se calhar é provocação minha...
Antes que pareça que estou a desculpar-me seja do que for, repito o que disse antes. Essas declarações do Chora, nessa entrevista, foram uma perfeita canalhice. Se isso não transforma o declarante automaticamente num canalha, pelo menos deixa-o muito mal na fotografia.
Fica bem.
A natureza social do BE revela-se.Esta esquerda, afinal, não é de confiança.
Caro "JotaCê", exemplo(s) do que me é pedido !?.
Basta acompanhar desde principio: o nascer da Empresa; os anos favorávelmente conjunturais, mas mal geridos internamente (a nível do Governo Central,e também da Administracção); o início da crise; os interlocutores junto das sucessivas Administracções; as decisões, e como foram tomadas; as mordomias (viagens, viaturas, por ex.); a crise na AutoEuropa.
Penso que por agora, basta, mas quem tiver memória e não queira ser só, "provocador de opinião", certamente entenderá bem o processo da AutoEuropa. Agora, que não sejam sempre os mesmos e neste caso especifico,os trabalhadores, a abdicarem dos seus mais elementares e consagrados direitos, há muito e com muito sacrificio, adquiridos.
Caro "Abraão", e não só chora ... .
Como se entende que (nomeadamente) a pessoa em questão seja também Deputado Municipal no Concelho da Moita, Deputado (em regime de substituição, na A. R.), assíduo escriba de um jornal regional, "chefe" da C.T. da AutoEuropa, trabalhador (!?) da mesma empresa, e ... cidadão activo, normalmente?. É que o dia para alguns, só tem 24h.
Samuel
Nada a comentar para além do que já escrevi, estamos no domínio da opinião e essa ainda somos livres de a ter e manifestar. É claro que também aí, no domínio da ideia a honestidade intelectual e o sentido de ética, aconselha alguma contenção verbal, essa porem não foi a tua opção. Paciência, quem sou eu para te chamar à razão? Ou, quem de nós tem razão? E temos que ter?
Uma coisa dou como adquirido, neste particular tens o inimigo na mira e não desarmas (desarma), espero que tanta certeza não te ofusque a pontaria.
Não Manuel não basta, és mal intencionado e falas demais, vens na onda e de repente lembras-te de dizer que o Chora “e mais dois pelo menos, membros da CT” têm regalias incomuns, depois quando és confrontado com o desafio de provares o que dizes, arranjas umas trapalhadas e nada dizes. Essa pratica, essa e exclusivamente essa consubstancia aquilo que o Samuel chamou ao Chora, mas já percebi que não tens argumentos, funcionas na tona da onda, continua aí que estás bem. Essa postura é de homem, de revolucionário e de comunista, pois claro!
Abraão, “o Chora tem o futuro garantido mesmo que a Auto-Europa feche”, dizes. Provavelmente julgas que são todos iguais, todos da mesma laia… julgas que todos asseguram lugar no, por exemplo, movimento sindical unitário, quando as fabricas fecham. Quando olhas ao espelho julgas ver o Chora, não Abraão, és tu reflectido ou como se diz na minha terra, as avessas.
JotaCê:
Azar dos diabos, companheiro!
Logo foste dar como adquirida a única coisa que não está nem "apalavrada", a ideia de o meu inimigo ser o BE (e o António Chora, por arrasto). É que nem principal, nem secundário... nem inimigo.
Os NOSSOS inimigos moram noutras paragens!
Ah... e não vale a pena insistir no meu passado "excesso de linguagem". Primeiro, porque não, esse não é o meu caminho. Segundo, porque assim não fazes justiça aos extraordinários "mimos" quase diariamente produzidos pelos blogs de malta do BE e até dos seus próprios dirigentes, disparados para o lado dos comunistas. Terceiro, porque tanta "sensibilidade" de parte a perte, está a tornar-se algo cansativa. Quarto, porque tudo isto deve dar um grande gozo a algum leitor "às direitas" que passe por aqui.
Finalmente, para citar um poeta que talvez não aprecies, Ary dos Santos, "O passado é já bastante, vamos passar ao futuro."
Abraço!
Jotacê, cantas bem mas não me alegras.
Para quem se sente tão incomodado com as "insinuações" do Samuel, gostava de ver os teus comentários a repudiar isto e isto:
http://arrastao.org/sem-categoria/assim-se-ve-a-forca-do-pc/
Ou então isto:
http://arrastao.org/sem-categoria/o-sectarismo-do-pcp-prejudica-os-trabalhadores/
Diz-me lá onde está o teu comentário a repudiar o sucedido, que teria mil vezes mais cabimento que neste post.
Já agora, eu vi perfeitamente a situação em que Samuel realçou a canalhice do Chora. E diga-se passagem, naquela situação específica (acusar os comunistas de quererem que os trabalhadores perdessem os seus empregos) eu nãi teria encontrado adjectivo mais brando.
Saúde
Daniel
Essa do cantar não deve ser para mim, é que se para tocar não tenho jeito, no que ao cantar diz respeito vou de mal a pior.
Cantigas são para o Samuel.
Alegrar-te, confesso que não é minha intenção, contador de histórias é arte que não domino.
Quanto à condenação que reclamas, dois links que apontas, lamento, não só não condeno como não tenho relutância em subscrever. Aquilo que se passou com o Vital Moreira na manifestação, é absolutamente lamentável. Simplesmente deplorável.
Até porque também já fui insultado e até agredido, mormente no verão quente, por parte da “organização das manifestações unitárias”. Insultado porque não sou autómato e recuso algumas palavras de ordem, umas por estarem desajustadas e outras por estarem esgotadas. Neste ultimo caso está o “CGTP unidade Sindical, CGTP…” Aquilo já enjoa. Imaginação precisa-se.
O pé, já me está a fugir para o chinelo…. Vou ficar-me por aqui. Lamento, lastimo muito mas não condeno o que me pedes.
E porque em casa manda o dono, por mim acabo os comentários sobre este post aqui, tal como sugere delicadamente o Samuel.
JotaCê
Coloquei os exemplos acima porque foi uma atitude do DO amplamente repudiada nos meios bloquistas, por isso estranhei agora a tua reacção.
Concordas em culpar os comunistas (e particularmente o PCP enquanto partido) sobre os lamentáveis incidentes com Vital Moreira? Concordas em, tal como fez Daniel Oliveira, condenar um partido e ignorar/omitir que esse mesmo partido tinha saído com um comunicado na sua página condendando os incidentes, à semelhança do que tinha feito a sua eurodeputada na comunicação social? Pois bem, estás no teu direito.
Mas, sinceramente, não vejo porque tanto te queixas com um post que nem sequer ataca o Bloco como partido, mas a atitude de António Chora, um dos seus militantes...!
O post de DO é, muito mais do que este, um post que insinua fortemente ter sido o PC a protagonizar o sucedido.
Mas esse, estando do lado certo, já não merece a mesma crítica certeira, não é? Esse já merece uma subscrição total.
Percebes a imagem que dás? É esta imagem que passam muitos bloquistas. Falta-lhes espírito crítico para o próprio lado.
Só um PS: não tenho nada contra militantes do bloco; tenho amigos meus nesse partido.
Tanta conversa... à conversa responde-se com conversa...
E respostas para os milhares de desempregados, que hão-de ser cada vez mais de longa duração? E respostas para salários miseráveis em troca dos empregos precários? Os trabalhadores da Auto-europa estiveram bem ao renunciar ao tal "acordo". A seguir ao "acordo" virão muitos outros. A fábrica da Texas Instruments aqui no Norte é disso exemplo. Era a melhor do mundo em produtividade (mas não em lucros) e foi-se para a Malásia. O que estamos a discutir é aceitar trabalhar com as "condições" dos malaios.
Terão de se encontrar outras respostas. E as pessoas devem rejeitar os "amaciadores" do tipo dois em um: Linguagem de esquerda, mas muito úteis aos piranhas (de que o Pinho faz parte).
Uma boa resposta à interpretação dos "choras" é este artigo que podem ler aqui.
É preciso não desarmar, e muito menos ir em cantigas modernas...
«Os NOSSOS inimigos moram noutras paragens!»
Será? Mas eu continuo a ver-vos empenhados nestas discussões, PCP X BE e vice-versa. Entretanto ainda hei-de ver, com muita tristeza minha, a direita a aproveitar-se da divisão da esquerda e a unir-se em defesa dos seus interesses (grande capital!): Já andam em conversações num "Bilderberg à saloia" (ver Esquerda Desalinhada!) para ver como hão-de juntos segurar o poder e dividir o milho pelos pardais (PS/PSD), caso nenhum deles tenha uma maioria confortável. Neste momento a mim parece-me que a linha de separação devia ser: ou és pelo capitalismo ou és contra ele e lutas em unidade.
Unidos venceremos!
(para quando a unidade da esquerda construída com base numa alternativa séria de poder?)
Um abraço
Daniel:
Não apreciaste aqueles posts do "arrastão"?! Que pena! Eram tão objectivos, tão honestos política e intelectualmente, tão éticos, tão...
Carlos Duarte Magalhães:
Bom link... e a minha provecta idade já não puxa, de facto, para grandes modernices. :-)))
Kaótica:
Citando os nossos amigos americanos... "essa é a pergunta do milhão de dólares!"
Abreijos colectivos!
"...regalias incomuns...". Caro JotaCê, jamis até no deserto entrarei em determinados tipos de linguagem quase provocatórias, pessoalmente. Eu respeito a opinião dos outros, quando a exprimem (o que não é o seu caso), mas só lhe digo que informe-se melhor porque existe hipóteses de se saber, e encontrará respostas para aquilo que quer ouvir da minha boca; pesquise, fale, oiça, visite, e talvez assim encontre respostas.
Desprezível, nunca pedi nem pedirei a ninguém que me faça favores, a QUALQUER NÍVEL para assim ficar bem instalado na vida. Provocador, indo à essência verdadeira da palavra, gosto imenso de "provocar" e fazer parte de uma boa e conclusiva conversa, seja onde fôr, e sempre alimentada pelo espirito de salutarmente se passar um bom bocado. No sentido "rasca" da palavra, chegado a esta idade e pensando com racionalidade estou de consciência tranquila pois, acho que nunca ofendi ninguém.(ponto final, digo eu)
Nada tenho contra a "conversa" aqui tida, mas muita dela parece-me pouco elevada intelectualmente falando. A questão é só uma: deve ou não um dirigente de uma CT ir ou não a um jantar de HOMENAGEM a determinado ministro? E só vai a um e a todos? Independentemente da força partidária que esteja no poder? E pode ou não tal jantar OBJECTIVAMENTE constituir uma manifestação de apoio político, pois de politica se está a tratar? E como é que deve ser lido o ataque infantil ao PCP, quando diz que "lá só ensinam a odiar", não estara a esconder a existência de uma luta de classes, a escamotea-la? Com que objectivos?
O BE admite diversas ideias no seu seio, defende até à exaustão não ser um partido dos "ismos", palavras "ipsis verbis" de Miguel Portas, pelo que pressuponho estar a ideologia, seja qual for, afastada! A ser verdade, e eu considero que NUNCA tal afirmação é verdadeira, o que se esconde por detrás nada mais é que a ideologia social-democrata.
Para terminar: fui militante do PCP (ML), da UDP/PCP(R) e hoje milito como elemento sem partido na CDU. Mas pelo andar da carruagem, qualquer dia vou solicitar a minha admissão no PCP. É que com tantos inimigos, alguma razão TEM que ter!
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