sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Manuel Alegre... e a flor frágil


Talvez para compensar a traiçãozeca barata de Correia de Campos, que apoia publicamente a cavacal estabilidade” – vê-se que o ressabiado ex-ministro nunca perdoou a Alegre os reparos à sua ofensiva contra o Serviço Nacional de Saúde – parece que, finalmente e mesmo na recta final, a candidatura do poeta de Águeda tem o impulso que lhe estava a faltar. Chegou sob a forma do fantástico e avassalador apoio do PCTP-MRPP... um apoio entusiástico... daqueles militantes e simpatizantes que ainda não arranjaram “colocação” em altos cargos no PPD-PSD ou no PS... obviamente!
Com este novo impulso, Alegre encontrou inspiração para produzir e declamar mais uma daquelas frases que vale a pena recordar: 

«A Democracia é uma flor frágil!»...  ágil...  ágil...  ágil...  (as frases de Alegre têm sempre muito eco).
Pois é, caro Manuel Alegre. Isso é bem verdade... e pouca ajuda têm dado os destratos cometidos pelas várias levas de políticos e, sobretudo, as suas políticas, que tens apoiado e com as quais tens privado bem de perto ao longo das últimas décadas.
Tens razão, poeta. A Democracia é, o mais das vezes, uma flor frágil, pontapeada por gente que não é flor que se cheire!

14 comentários:

Maria disse...

O homem é dos primeiros a espezinhar a democracia enquanto deputado, na AR.
Ganda lata!!!!

Abreijos.

Pata Negra disse...

logo, a candidatura de Alegre é frágil!
Ia para dizer alguma coisa mas não digo, estou pouco alegre!
Um abraço sólido

Antuã disse...

O Alegre não é um cravo, muito menos vermelho.

Anónimo disse...

Em todos os partidos, inclusive no PCP, se criaram oportunistas.

Zita Seabra, Pina Moura só para citar dois.

Justine disse...

Ah se fosse frágil, onde é que ela já ia, com os tratos que lhe têm dado...
Bom trabalho, amigo. Vamos lá tratar bem a democracia:))

Fernando Samuel disse...

Ainda bem que não te esqueceste do eco...eco...eco...

Um abraço.

do Zambujal disse...

Pois é. São os alegremente frágeis que fazem frágil a democracia por que outros lutam para que nasça e cresça, forte e sadia. Mas há tanta epidemia e contaminação!
E não me falem em eco... eco... eco... que me lembram (também!) o economista que é financista e muito háb(g)il em negócios privadose e virtudes públicas.

Abraço

Maria de Lourdes disse...

É curioso como começas a "esquecer" o teu candidato. Um dos favoritos aliás...

Nota: Estou indeciso entre o representante do Baixo Alentejo e o Coelho. Que animal me aconselhas, Samuel?

samuel disse...

Ó "Maria de Lurdes",

Se assina "maria de lurdes" e depois diz "estou INDECISO"... esqueça lá o animal e consulte antes um psicólogo. Já existem intervenções cirúrgicas para tratar disso... :-)))

António Vaz disse...

"as frases de Alegre têm sempre muito eco"... ou a referência ao "eco...eco...eco...", numa sua resposta, é uma link quebrada. Agradecia-lhe que a repare...
Quanto ao resto do seu texto, bom, já alguém aqui recordou os seus "traidores", por isso deixo essa passagem em branco; quanto ao "que tens apoiado e com as quais tens privado bem de perto ao longo das últimas décadas", imputado a MA, seria exigir um pouco demais da sua parte, se criasse um comentário aonde as enumerasse para sabermos do que fala? É que se não, V. acaba por estar a falar para os que fazem o seu "eco...eco...eco...".

samuel disse...

Caro António Vaz:

1. Tinha razão quanto ao link da “flor frágil”. Já está reparado. Obrigado pelo reparo a aconselhar a sua reparação.

2. ??? pois.

3. O país tem sido governado, ao longo dos últimos 36 anos e em regime de “alterne”, pelo PS e pelo PSD, com uma mãozinha esporádica do CDS, tanto ao PS como ao PSD... como deve ter reparado.
Durante todos esses anos, Manuel Alegre foi deputado do PS. Exceptuanto uma ou outra rara “rebeldia” parlamentar, que curiosamente, nunca colocou em causa o resultado das votações, Alegre sempre apoiou as medidas, programas e Orçamentos de Estado propostos pelo Governo... pelo menos, quando este foi do seu partido.

Terei mesmo que fazer a tal lista das políticas que Manuel Alegre apoiou e que, na legítima opinião de muitos, são responsáveis, juntamente com as dos “outros”, pelo estado em que nos encontramos? É que desde a liquidação da Reforma Agrária (com assassínio de trabalhadores), passando pela devolução de tudo aquilo que dá lucro aos privados, etc., etc., etc., até chegar à miserável governação de Sócrates... a lista arrisca-se a ser absurdamente longa... e eu agora... confesso que estava a pensar em ir ver do jantar... :-))) :-)))

Saudações.

António Vaz disse...

Caro “cantigueiro”, não tinha percebido a relação entre o ataque que MA faz ao passado de CS, e de sugerir que como futuro PR poderá ter o mesmo tipo de comportamento, e aquilo que afirma quer no comentário colocado no seu blogue, quer na lista de “culpas” que atribui a MA. Daí lhe ter pedido que as enumerasse. Evidentemente, fiquei a saber que janta cedo e que afinal, a repressão em tempos de contestação social, tem a ver com «a liquidação da Reforma Agrária (com assassínio de trabalhadores), passando pela devolução de tudo aquilo que dá lucro aos privados, etc., etc., etc., até chegar à miserável governação de Sócrates...» e com o apoio que MA deu(dá) a tudo isso. Ah, para além de ser “culpado” de a sua «“rebeldia” parlamentar (...) curiosamente, nunca coloc(ar) em causa o resultado das votações»... é o que se diz ser preso por ter cão e por não o ter.

Cumprimentos

samuel disse...

António Vaz:

Caro António Vaz, "não tinha percebido"... e parece que continuou a não perceber... :-)))
Ou então, sou eu que não percebo nada deste seu comentário.
Seja como for, votos de um bom resultado para o seu candidato, pois apesar de tudo, irrita-me que a manobra suja de Soares, arremessando-lhe com o pobre Nobre, surta o efeito planeado.

Saudações.

Graciete Rietsch disse...

Democracia é frágil, mas os cravos vermelhos dão-lhe a força necessária para que ela se mantenha e fortaleça.
Só que já não aguento ler e ouvir certos comentários. Esses sim são contra a democracia escondendo-se, muitas vezes, sob a capa do anonimato.

Um beijo.