O facto de o secretário-geral demissionário do PS se ter despedido dos seus companheiros de aventuras com um comovente «Adoro-vos!», não altera a realidade. E a realidade é que esses companheiros estão com um problema sério nos braços.
Afastada a hipótese de António Costa pegar no estandarte que Sócrates deixou cair, dando a “atendível” justificação da fidelidade ao seu projeto na Câmara de Lisboa... e assim se livrando do pesadelo de ir passar os próximos meses, ou talvez anos, à frente de um PS a tentar fazer oposição a si próprio, quer dizer, às consequências das suas políticas miseráveis dos últimos anos e ao verdadeiro “programa de governo” que deixou em herança ao PSD, ficam em cima da mesa (ou do muro) as possíveis candidaturas de António José Seguro e de Francisco Assis.
Não me atrevo a fazer sugestões... até porque considero as duas soluções igualmente interessantes.
Com António José Seguro, teremos a oportunidade de, todos os dias, ficar a saber mais um pouco sobre a sempre fascinante “teoria do vácuo”.
Com Francisco Assis (que já se posiciona na corrida), teremos a oportunidade de assistir à reedição, com vários anos de intervalo, dessa espécie de “socialismo de direita” que ficou ligado à (lamentável) figura de Tony Blair, mas numa versão portuguesa... e muito mais despenteada.
Nenhuma das hipóteses beliscará no que quer que seja o prévio acordo de submissão com a “troika”.
9 comentários:
O PS não tem hipóteses de mudar de rumo. Tem monstros a mais nas suas fileiras.
Eu cá, assis por assis, seria capaz de apostar pelo seguro.
Mas não aposto nada porque não jogo esses joguinhos de azar!
Abraços
Samuel
O AJS é aquele que antes de ser já era e o FA é a picareta falante. De qualquer modo são ambos de direita por isso vamos ficar no mesmo.
Vitor sarilhos
Sabes que mais? Venha o diabo e escolha! Parece uma matilha de cães esfaimados à volta de uns ossitos...
Samuel,
deixa-me acrescentar ao despenteado, o termo, oleoso.
O gajo tem alturas em que escorre óleo daquela cabeçorra, pá !
Tem cá um aspecto de "desabanhado" que é obra !
Gostei da fotografia escolhida para o texto. Parecem três autênticas figuras de banda desenhada. Três caricaturas. Até dá vontade de lhes chamar "Flip", "Flap" e o "Flop".
(Jorge)
O PS é o PS . Não há,a secretário geral que o salve.
Assim o quis Mário Soares quando chamou o seu amigo Carlucci,para evitar os"desvios" que parecia estrarem a acontecer.
Um beijo.
Olhe, e eu, que sou uma PS assumida desde 75, até lhe dou razão!
Infelizmente...
O acordo de submissão é uma questão arrumada: por um dever de honra estilo PS é para cumprir por qualquer deles...
Um abraço.
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