quarta-feira, 15 de junho de 2011

União Europeia – Fosse eu uma pessoa desconfiada...


Fosse eu uma pessoa desconfiada... começaria a suspeitar que o senhor Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu, recebe por fora uns “robalos” para, nas vésperas de pedidos de empréstimos no mercado por parte de países como Portugal, lançar para o ar dúvidas sobre a capacidade de alguns países cumprirem com os seus compromissos, acenando com a “solução” mais estúpida possível, mas pelos vistos, a única que conhece: pesadas sanções.
Fosse eu uma pessoa desconfiada... pensaria que isso é dito propositadamente para fazer subir em flecha os juros agiotas que especuladores e banqueiros impõem aos Estados mais vulneráveis, numa jogada de casino em que, embora todos sabendo que tais juros são, a prazo, mortais para as economias desses estados, mesmo assim apostam nas verdadeiras fortunas que, entretanto e enquanto tal for possível, vão extorquindo aos contribuintes e trabalhadores em geral dos países que escolheram como vítimas.
Como disse (com graça) há um par de dias um “Frei” que está na moda, já (quase) toda a gente percebeu que a União Europeia não foi um casamento por amor. Não passa de um casamento de conveniência... e ainda por cima (a ver pelas atitudes de Angela Merkel) com uma noiva histérica. Acrescentaria eu, que a ver pelas atitudes deste Jean-Claude Trichet e dos seus cúmplices, os padrinhos são da Máfia.
Agora a sério... atendendo à histeria insuportável da “noiva”, ao banditismo dos “padrinhos” e restante família, atendendo à falta de união e solidariedade entre os seus membros, substituída pela constante tentativa de domínio, controlo e roubo dos mais pequenos, pelos vários e poderosos brutamontes... direi que começa a ser hora de considerar a hipótese de pôr tal “família” com dono.
Pelo andar da carruagem, desconfio mesmo que dentro de pouco tempo já poderei dizer isto no café, no blog, ou em qualquer parte, sem que fiquem a olhar para mim... como se me tivesse nascido de repente um chifre de unicórnio bem no meio da testa.

6 comentários:

salvoconduto disse...

Vais ver que ainda terás a surpresa de os ouvir dizer o que tu dizes mas que eles sempre o disseram e que tu sempre disseste o contrário... Confuso? Acredita, eles sabem-na toda e lata não lhes falta.

Anónimo disse...

O que a dita precisa é ...

Eduardo Miguel Pereira disse...

Belo post, Samuel.
Revejo-me na integra e há que tempos que defendo que a (inevitável) saída de Portugal da UE deveria ser feita pelo próprio pé, e não empurrado por alguma histérica ou padrinho "camorrano".

Antuã disse...

Teremos que levar a julgamento os que nos enfiaram na UE.

Fernando Samuel disse...

E daqui por uns tempos ouvirás esses que hoje se espantam com o que dizes, dizer-te: «eu não lhe dizia que isto não tinha pés para andar?»...

Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Não sei, não sei se poderás dizer isso no café sem atraires olhres mais confiados.
Tu não és desconfiado mas lá que tens razão,lá isso tens.

Um beijo.