Leio que o governo vai estudar portagens à entrada das cidades. Independentemente de a notícia ser ou não verdadeira, devo dizer que em abstrato e em condições ideais, seria mais uma forma de “convencer” os automobilistas inveterados a optarem tendencialmente pelos transportes públicos nas suas deslocações aos grandes centros. Seria uma forma de preservação do ambiente e da qualidade de vida nas cidades, poupança de combustíveis, diminuição das emissões poluentes para a atmosfera, etc. É uma ideia discutível...
Mas assim, em Portugal e agora, exatamente quando o governo neoliberal de Passos e Portas aumentou selvaticamente os preços dos poucos transportes públicos disponíveis, que mesmo antes dos aumentos já não eram grande alternativa ao transporte individual... a medida não serviria nenhum objectivo que não fosse o continuado assalto aos bolsos dos cidadãos.
Perante tal profusão de taxas, taxinhas, portagens e derivados, pergunto-me se não seria mais prático colocar “portagens” nas portas dos prédios. As várias entradas e saídas, ou, pelo menos, uma de manhã e outra ao fim da tarde, seriam contabilizadas e descontadas no ordenado ou na pensão de reforma...
É melhor não me pôr aqui a dar ideias... mas fica – se ainda fosse necessária – a confirmação de que o neoliberal é um indivíduo que não tendo a menor noção de serviço público, tem, em contrapartida, total à-vontade e descaramento para servir-se em público.
6 comentários:
E um imposto sobre o ar que respiramos?...
Um abraço.
Opá, Samuel, e se eles gostam da tua sugestão? Estamos feitos...
:)))))
Abreijo.
E ainda falta colocar-nos um contador no nariz para pagarmos o ar que respiramos.
ainda bem que não sabem o que são "ucags"!!! :))))...
nem "témis"!!! :)))...
vovómaria
E com o aumento do preço dos transportes, estes ainda se tornarão mais raros e menos eficazes quando,como serviço público, deveriam substituir com vantagem o transporte particular.
A pouco e pouco lá nos vamos apercebendo do fosso colossal em que nos meteram.E não tardaremos a ver a total privatização dos transportes públicos.
Portugal tansformar-se-à numa coutada dos poucos grandes senhores.
Um beijo.
Os rolos da imagem serviam,só não sei onde havemos de lhes pôr a cerca.
Um abraço,
mário
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